quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Calor e conversa alheia

CASCAVEL - Fazia um calor infernal, sem trocadilhos, durante aquele almoço de meio de novembro no autódromo Campo Grande, refeitório sob lona anexo à lanchonete atrás dos boxes, uns trezentos graus àquela sombra. Era o que havia, e ali eu fazia, por volta das duas da tarde, minha primeira refeição no dia, um tanto angustiado, ou qualquer coisa perto disso, porque era aniversário do meu filho e eu estava ali, tão longe de casa, almoçando sozinho.

Sozinho, claro, é eufemismo. Dezenas de pessoas dividiam aqueles poucos metros quadrados sob a escaldante sombra sob a lona, que instantes antes eram disputados quase a tapa por umas duas centenas – detesto filas, por isso deixei para almoçar comer mais tarde, quando quase não havia mais tempo. Alguns pilotos daquele evento adotaram igual estratégia, e me causava agonia vê-los fervendo dentro daqueles macacões grossos.

Na mesa ao lado, um desses pilotos batia papo com um sujeito que imperdoavelmente não sei quem é. Deveria saber, claro, parecia figura importante no contexto de alguma das várias organizações que compunham a festa do fim de semana. E que parecia bastante atualizado quanto às coisas da Fórmula 1, detalhes técnicos e situações de mercado incluídos na lista.

A conversa não era comigo e nela não meti o bedelho. Não me interessava, a bem da verdade, eu queria mesmo era poder ver a cara do meu moleque em casa quando abrisse seu presente de aniversário, que hoje nem lembro qual foi (o presente, no caso; moleque eu só tenho um). Só um trecho daquela conversa alheia me chamou atenção: “O Razia corre na Fórmula 1 no ano que vem”. Ano que vem, claro, é 2013. “Será?”, reagiu o piloto. “Corre, já está tudo certo”. “Qual equipe?”, quis saber o interlocutor, repetindo a mesma pergunta que lhe fiz mentalmente. “Não posso dizer. Só sei que vão demorar pra anunciar, mas já está certo”.

Isso aconteceu em 17 de novembro, momentos antes de Wilson Fittipaldi Júnior - era o comentarista da vez - e eu abrirmos a transmissão de uma corrida do Brasileiro de Gran Turismo pela internet. O que tenho lido nos sites especializados é que Luiz Tadeu Razia Filho assinou hoje cedo seu contrato com a Marussia.

Parece que a água do Razia foi mesmo abençoada.

A temporada da Truck

CASCAVEL - Faltam exatos 39 dias para a abertura da 18ª temporada da Fórmula Truck. A corrida que devolve a categoria à pista de Tarumã vai marcar, no dia 10 de março, o início da disputa pelos dois títulos, dos campeonatos Brasileiro e Sul-Americano.

Téo José, que vai para seu 12º ano como narrador da categoria, esteve nesta semana na sede da Truck, em Santos, e falou um pouco sobre o que acha e o que não acha para os campeonatos que vêm aí. Está aí, em vídeo.

Quem faz a entrevista é o peixe (mas corintiano!) Vytor Zeidan, que a partir deste ano passa a atuar nas transmissões das corridas da Truck pela Rede Bandeirantes. Transmissões que assumem um novo formato, com mais espaço e mais informação.

Sucesso ao Vytão, claro, nessa nova fase da carreira.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Superbike 2013

CASCAVEL - E o Bruno Corano, piloto e organizador do Superbike Series Brasil, convidou as moças e rapazes das duas rodas para amanhã à noite no Espaço ABM, em São Paulo. Lá, além da premiação aos campeões e vices de todas as categorias dos campeonatos que formam o SBK Series, ele vai comandar a apresentação da temporada de 2013.

O SBK Series Brasil é, em termos práticos, a soma de dois campeonatos distintos. Um, em 2012, foi batizado Pirelli Mobil Superbike, com seis categorias. Outro foi o ELF Superbike, que integrou a programação dos eventos do Brasileiro de GT, organizados pela SRO Latin America. O campeão geral da última temporada foi Diego Faustino, aí ao lado pilotando a BMW da Spiga Racing.

Para quem vai ao evento de hoje, a chegada ao Espaço ABM é facilitada por esse mapinha aqui, publicado pelo Bruno em seu perfil no Facebook.

Genz na Stock

CASCAVEL - Quem sempre traz esse tipo de informação é o Nei Tessari, em seu blog, mas o coitado do Nei ainda está sofrendo com o jet lag da última viagem que fez, despendeu o dia buscando ajuda psicológica e não pitaqueou a respeito.

Enfim, segundo o que me contou um pássaro róseo, Vitor Genz estreia na Stock Car em 2013.

Genz, em 2012, conquistou o título da última temporada de existência do Mini Challenge e também defendeu o BMW Team Brasil no Brasileiro de Gran Turismo, pela categoria GT4. Ele vai competir pela equipe Gramacho Racing, cujo outro carro será pilotado pelo paulista Rodrigo Pimenta.

O Nei publicou hoje cedo no "Bobo da Corte" a lista dos pilotos já confirmados para 2013, ainda sem o nome do Vitor.

A Stock Car vai abrir sua 35ª temporada no dia 3 de março, em Interlagos.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Instantâneos

CASCAVEL - Imagem das mais expressivas que já contemplei, que está pipocando nas redes sociais. Quem gosta um pouquinho que seja de corridas há de captar a essência. Obra de arte.

A obra é do fotógrafo argentino Fabio Vignolles. Foi feita em 2011 numa corrida do Turismo Carretera e faz sucesso pelo mundo desde então. Há há versões que a batizam como "Emoção sem limites" e como "A paixão sem limites".

domingo, 27 de janeiro de 2013

F-Uno em Cascavel

CASCAVEL - Resgataram via Facebook. Corrida de 20 anos atrás aqui em Cascavel, abrindo a temporada da Copa Onyx Jeans de Fórmula Uno com 36 carros na pista. Xandy, Waltinho, Toninho, Ingo, Leonel, Ângelo, Chico... A safra de pilotos ajudava, é claro.

A Rede Bandeirantes transmitia ao vivo, no "Show do Esporte". A narração era do Luiz Carlos Largo, hoje na ESPN - Pedro Muffato e o campeão da temporada anterior Flávio "Nonô" Figueiredo comentavam como convidados especiais. Largo, aos que não sabem, é aqui de Cascavel. Na reportagem, o Gelson Negrão.

Pista interessante, essa, desde sempre. Alguém aqui esteve nessa corrida?

ATUALIZANDO EM 28 DE JANEIRO, ÀS 11h08:

A corrida cascavelense da F-Uno marcou um momento histórico nas transmissões do gênero no Brasil. Foi a primeira vez em que uma categoria nacional contou com o recurso da câmera onboard ao vivo, segundo relata o Jorge Guirado, que é um dos sujeitos que fizeram a coisa acontecer nesse meio de televisionamento de grandes eventos. O que reporta o Jorge:

“On board caseiro, barato e funcional. Dois sinais simultâneos sem mesa apropriada. Boa lembrança para ver o quanto éramos bons e o quanto regredimos. Voltaremos a criar e evoluir pode estar certo disto. Em São Paulo o Angelo Giombelli falou ao vivo no meio da corrida, muito antes daquela gravada do Senna no plim – a do Senna foi gravada e GB disse que era ao vivo. Colocamos até telespectador falando com piloto da Truck ao vivo. Nosso time era espetacular e voltará a ser.”

Jorjão, desde há muito e até os dias de hoje, é o chefão da Master TV, empresa responsável pela geração de imagens de várias das categorias do automobilismo nacional que tem nova direção a partir de 2013 - o capitão operacional continua sendo o Jorge. Nem poderia ser outro.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Instantâneos

CASCAVEL - Largada à Le Mans nas 24 Horas de Interlagos, em 1970. Dá só uma olhada no naipe dos carros. Por que não nasci pelo menos uns 20 anos antes?

ATUALIZANDO EM 28 DE JANEIRO, ÀS 11h03:

Fui alertado pelo catedrático Paulo McCoy Lava, sempre gentil, de que a foto em questão remete às 24 Horas de Interlagos de 1966, e não a de 1970, como supus. Reproduzo as argumentações do McCoy, quase sempre irrefutáveis:

"A julgar pela fotos dos carros (DKWs, Gordinis, etc), penso que a imagem é de 1966 (edição '24 Horas SP disputada no dia 28/05/1966). Lembro ter visto imagem similar na revista Quatro Rodas do mês junho ou julho de 1966. Outra coisa: na 24 Horas SP de 1970, os carros 'modernos' formavam o grid: Opalas, Corceis, TLs e, claro... fuscas. Muitos Fuscas."

ATUALIZANDO DE NOVO EM 29 DE JANEIRO, ÀS 21h42:

Mesmo quem pede sem jeito é atendido, como não? O "Anônimo" dos comentários aí abaixo (sempre aparece o "Anônimo") confirma que a foto é de 1966, conforme nos havia alertado o McCoy. Ainda segundo o "Anônimo", a foto foi produzida por Rogério Brandão - alguém teria elementos para confirmar a informação? É difícil atestar o que alega o "Anônimo", afinal.

Aliás, amigo "Anônimo", onde está escrito ou dito que a foto é do McCoy?

Ademais, será o próprio Rogério, a quem não conheço, postando comentários grotescos, apócrifos e mentirosos? Sim, mentirosos. Ninguém furtou nada de ninguém, essa foto me foi enviada por e-mail em 2012. Mas a lei está aí, à disposição do "Anônimo", ou do Rogério, ou de quem quer que seja. Que cada um procure seus direitos. A postagem está aqui e não será removida.

E, se sempre defendi que os anônimos merecem ter voz, por que não lhe daria o espaço pedido, não é mesmo?

Gallo

CASCAVEL - Se existe mesmo um céu, um paraíso, um lugar bacana pra gente desopilar depois de passar por esse purgatório aqui, a farra já está rolando solta por lá com a chegada do João Carlos Gallo.

Parceiro dos bons, pessoa das melhores, humorista dos geniais. Gallo era assim. É assim. Espirituoso como poucos, devoto da vida que soube aproveitar com maestria, a seu modo.

Gallo deu-me a satisfação de integrar a equipe do “Telefone Pirata” na última versão, por lá fiquei o quanto a agenda das corridas me permitiu. Agenda de corridas que ele próprio experimentou nos anos 80 e 90, como repórter de pista de praticamente todas as categorias que tinham transmissão de tevê à época - numa dessas, extraiu alguns segundos do já célebre Ayrton Senna.

Qualquer um que tenha desfrutado da divertida convivência com ele terá episódios memoráveis a relatar, bons causos a contar. Que sejam contados e recontados. Abri esse post, aliás, com o propósito de relatar algum episódio desses, talvez aquele envolvendo o saldo de seu rápido papo com Senna. Desisti em poucas linhas. Não tenho esse dom de compartilhar alegria na tristeza.

O Gallo tinha. De sobra.

ATUALIZANDO EM 26 DE JANEIRO, ÀS 16h24:

Fui há pouco me despedir do amigo, um costume que as pessoas têm. Notei que, apesar da dor da perda, havia sorrisos cercando aquele corpo inerte. Sim. Mesmo tristes, as pessoas sorriam. Acho que é coisa para poucos, o Gallo conquistou isso.

Exposto sobre determinada bancada, um mosaico de fotos montado pelo próprio Gallo a tesoura e fita adesiva resumia sua vida bem melhor que qualquer livro que se ousasse escrever. Invariavelmente sorrindo, único jeito que parecia conhecer para viver, lá estava ele em várias eras, maioria dos casos de microfone à mão, ou no estúdio onde desde moleque virou disc-jóquei, e noutros com a esposa e os filhos, e também de chapéu fazendo pose de coronel a bordo de alguma aeronave, e com os colegas e amigos de trabalho, e entrevistando Senna e Piquet, e montado em um burrico, e em várias outras situações que traduziam com simplicidade uma vida de irreverência.

A dado momento, um rapaz interrompeu seu momento de contemplação de boas memórias e veio falar comigo. "Você é o Luciano?", perguntou. À resposta óbvia, reagiu: "Sou o filho do Gallo. Meu pai falava muito de você". Era o Alexandre, a quem eu não conhecia. Gallo me falou muito dele, também, voltou há três anos da Europa, onde morou por vários, para auxiliar no que fosse possível o pai que já apresentava sinais de que a saúde não estava lá tão boa.

E ouvi o simpático rapaz falar não só dos últimos dias de vida do pai, mas também do meu antigo fusquinha, das minhas paródias, das corridas que eu narrava e que ele, Gallo, acompanhava pela tevê. Parecia me conhecer bem pelos relatos que ouviu do pai. Sorri também. O Gallo me deu esse momento de alegria, mais um, mesmo depois de partir. Isso também é para poucos. Gallo era um cara privilegiado.

Hoje, pela última vez na vida, participei de um "Telefone Pirata". Edição especial que a Capital FM preparou em homenagem ao amigo que se vai. Vai ao ar daqui a pouco, às sete da noite, e quem está fora do alcance dos 102,7 pode acompanhar pelo site da emissora.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Fla-Flu beneficente

CASCAVEL - Camisas oficiais utilizadas por jogadores do Flamengo e do Fluminense. Estão com o Jorge Guirado, que prometeu há pouco, em seu perfil no Twitter, entregá-las a quem se dispuser a fazer doações ao Lar dos Bebês.

Aliás, o Jorjão vem dando expediente filantrópico no Twitter hoje. Vale acompanhar.

Para muitos, uma chance única. Quando rolar a do Corinthians o Jorjão já sabe a quem mandar a cobrança.

Na Sprint, 10 confirmados

CASCAVEL - O estafe do Thiago Marques arregaçou as mangas faz tempo para a segunda temporada da Sprint Race. Os carros estão passando por uma reconfiguração na oficina da categoria, anexa ao autódromo de Curitiba, em Pinhais, e virão para o campeonato de 2013 com entre 15 e 20 hp a mais de potência, além de algumas outras novidades.

Conversei há pouco com o Thiago a respeito. Dez pilotos já assinaram contratos com a organização da Sprint Race e estão confirmados no grid das oito rodadas duplas. Sem a menor cerimônia, digo quem são: Adeodatto Volpi Neto, Caito Vianna, Daniel Kaefer, Eduardo Serratto, Gustavo Trunci, João Braga, João Venturin, Marcelo Maiolli, Marcelo Rodriguez e Marco Garcia. A lista deverá ter mais quatro nomes na semana que vem.

A temporada de 2013 da Sprint Race vai manter o formato de duas provas por etapa. O calendário disponível no site da categoria indica os seguintes locais e datas: 16 de março – Curitiba; 13 de abril – Interlagos; 18 de maio – Londrina; 15 de junho – Curitiba; 13 de julho – Interlagos; 24 de agosto – Cascavel; 19 de outubro – Curitiba (essa, no anel externo); 14 de dezembro - Interlagos. Para essa última etapa, espera-se mudança da sede ou da data, já que está prevista para o fim de semana da etapa de encerramento da Stock Car. De qualquer forma, o calendário é provisório e uma versão definitiva deverá ser divulgada nas próximas semanas.

A etapa final da temporada de 2012 foi exibida na semana passada pelo Bandsports no programa "Sport Brazil" - que está reproduzido nesse link aqui, com minha narração.

Crash!

CASCAVEL - Acidente em corrida do último fim de semana no kartódromo de Goiânia. A imagem foi trazida ao Twitter pelo jornalista Amauri Garcia, da Rádio 730 AM.

"Acidente flagrado pelo amigo Weslei Damas no Kartódromo de Goiânia. Como disse ele, no final salvaram-se todos...", escreveu Garcia.

Esse negócio machuca, infelizmente. Já vi acidentes bem parecidos com o de Goiânia.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Na íntegra: Copa Marshal, 8/10

CASCAVEL - Não vamos deixar que a temporada de 2013 comece sem que o blog traga todas as corridas de 2012 da Copa Marshal de Marcas & Pilotos.

Hoje vamos aqui com a oitava e antepenúltima etapa, disputada há meses lá em Interlagos. A transmissão, tal qual exibida pela TV Aberta e pela All TV em São Paulo, está no site da categoria, disponível nesse link aqui.

Com a minha narração, como sempre. A nona etapa deve pingar por aqui nos próximos dias. O campeonato de 2013, não custa lembrar, vai começar no dia 24 de fevereiro.

ASSISTA TAMBÉM:

Copa Marshal: primeira etapa

Copa Marshal: segunda etapa

Copa Marshal: terceira etapa

Copa Marshal: quarta etapa

Copa Marshal: quinta etapa

Copa Marshal: sexta etapa

Copa Marshal: sétima etapa

Fogacinha na Stock

CASCAVEL - Fábio Fogaça acaba de ter sua participação confirmada na Copa Caixa Stock Car em 2013. Aos 21 anos, ele será o companheiro de Allam Khodair na Vogel Motorsport.

Os últimos carimbos que faltavam para definir sua participação foram aplicados minutos atrás, segundo acaba de me confidenciar o Djalma Fogaça. "Fui campeão brasileiro duas vezes com o Mauro Vogel e, depois de 20 anos, o meu menino está lá, correndo com ele. É a realização de um sonho meu", emocionou-se o "Caipira Voador".

Fogacinha, que vai competir com apoio de Sata Ferramentas e Case, disputou o Brasileiro de Marcas em 2012. Foi o único a ganhar corrida com o Mitsubishi Lancer. Depois, estreou na Stock Car na última etapa de 2012, a Corrida do Milhão, pela equipe de Carlos Alves. Neste ano, claro, terá seu carro inscrito sob o número 72.

Mais um membro no 'clã'

CASCAVEL - Tudo indica que os Sperafico, maioria deles de Toledo, cidade a uns 40 km daqui, formam a família de pilotos mais numerosa do mundo. Talvez mereçam, ou já tenham merecido, uma aparição no Livro dos Recordes por isso.

Recorde ou não, fato é que a representatividade dos Sperafico no automobilismo está aumentando. Desta vez é o Natan Sperafico quem está se preparando para estrear, em 2013, no Metropolitano de Marcas & Pilotos daqui. Aos 19 anos, vai disputar também o Paranaense com o Ford Ka da equipe do Eduardo Ferrari, a Sérgio Ferrari Racing Team – mesmo carro e mesma equipe que levaram Daniel Kaefer aos títulos do ano passado.

Natan, no último fim de semana, cumpriu uma bateria de treinos de adaptação que o levou a 85 voltas pelo autódromo de Cascavel, a melhor delas cronometrada em 1min20s005, segundo o próprio Eduardo. Um começo digno de observação.

A saga dos Sperafico no automobilismo começou nos anos 70, com Elói, Dilso e Milton disputando provas de Divisão 3. Milton foi destaque da Fórmula Ford na década de 80 e conquistou o título da classe B no Sul-Americano de Fórmula 3 em 1993. Seu filho Guilherme é, atualmente, um dos destaques da Sprint Race.

Os gêmeos Ricardo e Rodrigo, filhos de Dilso, são os Sperafico que foram mais longe no automobilismo, chegando à Fórmula 3000 internacional depois de uma carreira bem costurada em categorias de base, quando existiam categorias de base por aqui. Rodrigo foi ao topo do pódio na F-3000, inclusive. Ricardo testou carros de F-1 e correu na finada Fórmula Mundial – Alexandre Sperafico, primo dos dois, também correu na extinta categoria da Cart. Nos últimos anos, os dois têm-se dedicado à Stock Car, por onde também passou seu outro primo Rafael, o gente-fina da foto aí ao lado, morto em um acidente na etapa final de 2007 em Interlagos.

Teve ainda Fabiano, irmão mais novo do Elói, que participou da Fórmula Truck entre 2004 e 2005 (e mandava bem na pilotagem daquele Fordão, o Djalma Fogaça há de concordar comigo). E, além de todos esses, outro primo, Arlei, que tomou um caminho diferente do restante da família e foi atuar em competições de motocross no Centro-Oeste brasileiro. Dilseu Sperafico, pai de Natan, destoou do envolvimento da família com o automobilismo e optou pela carreira política.

A foto aí de baixo tem quase 11 anos. Foi tirada pelo Sérgio Sanderson no kartódromo de Interlagos, num raro momento em que todos os pilotos da família estavam reunidos para acompanhar os gêmeos na inédita etapa brasileira da F-3000. A partir da esquerda, e eles foram posicionados atrás do carro por ordem crescente de idade, aparecem Guilherme, Rafael, Ricardo (o titular do carro), Rodrigo, Alexandre, Fabiano, Milton, Elói e Dilso.

O colega Luiz Aparecido, que acompanhou como jornalista toda a saga dos Sperafico no automobilismo, costumava defini-los como clã. Vou na onda. Que o clã não pare no Natan.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Pachenki, oito anos depois

CASCAVEL - A Fórmula Truck confirmou há pouco, via assessoria de imprensa – e a assessoria deles é um colosso!... –, a estreia de Diogo Pachenki na categoria. Piloto aqui de Cascavel, Diogo tem 29 anos e, de 2002 a 2012, esteve envolvido com as várias categorias da Stock Car, inclusive a principal.

Acompanho a carreira do Diogo desde o início, em 1993. Nas segundas-feiras pós corridas do Paranaense de Kart ou da Fórmula Pakalolo, os telefonemas do Jairo, pai dele, lá para a redação do jornal eram praticamente sagrados. “O Diogo ganhou ontem”, era como invariavelmente o JP abria a conversa, quase sem gaguejar. Em tempos pré-internet, era uma contribuição e tanto, com a qual eu podia contar mesmo nas etapas – parcas, é verdade – que Diogo não ganhava.

Um repórter de luxo, por assim dizer.

Foi uma carreira bem sucedida, a do Diogo. Colecionou títulos no kart e no automobilismo. Só o que demorou foi a estreia na Truck. Demorou exatamente oito anos. Explico.

Em 2004, Diogo teve uma campanha arrebatadora na Stock Car V8 Light. Disputou 17 das 18 corridas e ganhou oito. Foi campeão com certa sobra. Apresentado por amigos em comum a Aurélio Félix – quase certeza que foi o Orlei Silva quem fez esse meio-de-campo –, ouviu de Aurélio a proposta dos sonhos de qualquer piloto profissional. Vem correr pra mim na Truck, foi o que ouviu.

Um convite não tão irrecusável quanto parece. Diogo, repito, havia acabado de se tornar campeão da Stock Light pela PowerTech, equipe pertencente à empresa para a qual trabalhava desde a adolescência. Alexandre Abreu, o proprietário, viabilizara-lhe a temporada do título e preparava um carro para sua estreia na categoria principal da Stock Car, em 2005. Havia uma dívida de gratidão a ser quitada na pista.

Alexandre, conta hoje o Diogo, foi-lhe um pai no automobilismo. Trabalhou e torceu sempre para que as coisas dessem certo. “Eu não disse não ao Aurélio. Ele entendeu perfeitamente minha situação. Mas eu sabia que em outro momento, mais cedo ou mais tarde, daria certo a minha vinda para a Fórmula Truck”, falou-me, há pouco.

Hoje deu. Vai ser companheiro de equipe de Paulo Salustiano na ABF Racing Team, equipe que em 2012 conquistou os títulos do Brasileiro e do Sul-Americano com Leandro Totti. A dupla promete bastante.

SKB ao vivo

CASCAVEL - O Super Kart Brasil, visto por quem é do ramo como única iniciativa realmente viável no primeiro escalão do kart brasileiro, chega nesta semana à sua nona edição. Serão 28 corridas entre sábado e domingo no kartódromo de Interlagos, nas categorias Super Cadete, Júnior Menor, Thrustmaster Júnior, Graduados, Sénior, Super Sênior e KZ2 – logo, duas de cada categoria por dia.

Uma das novidades da edição desta semana fica por conta da transmissão ao vivo de todas as corridas pela internet, nos sites do Mundo Motor e da Rádio Digital Brasil. Coube ao Ricardo Fávaro, parceiro dos bons, operacionalizar a coisa toda, com parceria da AmericaNET. O comandante Sérgio Rodrigues - que semana passada ralou um bocado na produção técnica dos shows de Luc & Juli e Everton & Alex em São Paulo - também está no time da transmissão, que vai contemplar entrevistas e reportagens ao longo do fim de semana.

A programação do Super Kart Brasil 9 está nesse link aqui. Pena eu estar longe - vou poder ver pelo site, pelo menos.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Chute: GT com 24 carros

CASCAVEL - Ontem citei aqui que não há qualquer indicativo de que o Brasileiro de GT vá acabar. Há quem ache que vá. Eu acho que segue forte em sua sétima temporada no país. A alegação de quem tem dúvida ou torce contra é a de que o grid minguado inviabilizaria uma temporada atrativa. De fato, já que o BMW Team Brasil está fora do campeonato. Quatro carros a menos na pista – no campeonato do ano passado a equipe teve duas unidades da Z4 na categoria GT3 e outras duas da M3 na classe GT4.

Mas, especulando aqui e ali, surgem pistas de que dois Lamborghini e um Corvette da categoria GT3 e dois Ginetta da categoria GT4 estão sendo trazidos de volta ao Brasil para reinclusão no grid.

Além disso, há sempre que se considerar o Aston Martin de Xandy Negrão e a Ferrari de Chico Longo, carros da GT3 que ano passado foram reservados à Top Series, competição que deixou de existir. Nenhum deles confirmou que volta ao Brasileiro de GT, mas há um grande número de passarinhos rondando suas séries.

Ninguém perguntou. Mas, se perguntarem, e como palpite não custa nada, o meu é de que a primeira etapa, marcada para dias 13 e 14 de abril em Interlagos, vá ter 24 carros.

O palpite de vocês é outro? Digam aí.

Os Porsche brasileiros

CASCAVEL - Em casa, enfim, o que é sempre bom, sobretudo depois de tantos dias longe, dando pitacos aqui e acolá.

E, consultando os e-mails, vejo que o Luiz Alberto Pandini acabou de distribuir à imprensa material revelando o layout dos carros com que a Dener Motorsport, equipe responsável por todos os carros do Porsche GT3 Cup Challenge Brasil, vai disputar entre sábado e domingo as 24 Horas de Daytona.

A pilotagem dos dois modelos 911 Cup da equipe será revezada nos treinos e na corrida, em mera ordem alfabética, por Clemente Lunardi, Constantino Júnior, Felipe Giaffone, Marcel Visconde, Nonô Figueiredo, Ricardo Maurício, Rubens Barrichello e Tony Kanaan.

O público brasileiro poderá acompanhar a corrida na cobertura do canal Fox Sports, ex-Speed Channel. Em horários daqui, os treinos de quinta-feira terão início às 16h15, já servindo para definição do grid. A largada, no sábado, será dada às 18h30.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

GT, sétima temporada

SÃO PAULO - Uma das perguntas que mais ouvi durante os três dias em que acompanhei o encerramento do Paulista de Automobilismo de 2012, no último fim de semana, não tinha nada a ver com as atrativas categorias que movimentaram Interlagos. “E a GT, sai ou não sai?”.

Honestamente, até então, isso não me era dúvida. Sem exagero, devo ter respondido umas 20 vezes, por minha conta e risco, que o Campeonato Brasileiro de Gran Turismo continua normalmente no calendário. Com tanta gente perguntando, resolvi tirar o telefone do gancho há pouco e conversei com a Dalila Vendrame, diretora da SRO Latin America, empresa que promove a competição. A minha chefe, enfim.

Enfim, tudo como dantes no quartel de Abrantes, expressão chula que usei na primeira vez que narrei uma corrida nacional de automobilismo, dez anos atrás, coisa que o Lito Cavalcanti nunca esqueceu. A SRO Latin America voltou à carga normal de trabalho no pós-férias ajeitando a casa e a papelada, preparando planilhas, seguindo com a negociação com patrocinadores e parceiros, andando devagar porque já teve pressa e levando esse sorriso mesmo sem ter chorado demais.

E continua-se trabalhando com o calendário de corridas divulgado em dezembro. A temporada de 2013 será a sétima do Brasileiro de GT.

Nossas modas

SÃO PAULO - O plano era simples. Ficar quietinho, fazer cara de paisagem e fingir que nada aconteceu.

Mas aí apareceu a Rita Queiroz, com seu celular, e gravou alguns flagras comprometedores do show que fizemos terça-feira passada no Adega Original, em São Paulo, no "Sertanejo rodada dupla" que também apresentou à galera paulistana o trabalho dos ótimos Everton & Alex.

Já que a Rita postou na rede, não há mais o que esconder. Arcaremos com as consequências. Enquanto isso, numa rima inesperada, vamos de "Evidências".

Com Luc & Juli.

Livres para voar

SÃO PAULO - Antes de receber a opinião dos dezenas de pilotos de motovelocidade que conheço, já deixo a minha: o que temos aqui é banditismo.

A matéria desse vídeo aqui foi mostrada pelo MGTV, da Globo mineira.

É mais um caso, o mostrado na reportagem, daqueles em que faço questão de diferenciar motociclistas de motoqueiros. Os que a matéria mostrou são motoqueiros. É mais um caso, sobretudo, que comprova ser o Brasil um país onde tudo que é errado é certo. Somos o país da impunidade. A única função real da lei é servir como material para advogados encontrarem brechas.

Deve ser prazeroso, isso no meu caso é mera suposição, pilotar uma moto dessas a 150, 200, 300 km/h. Vejo bastante isso nas corridas do Moto 1000 GP, organizadas pelo Gilson Scudeler, e do Superbike Series, pelo Bruno Corano, eventos que frequento com certa assiduidade. Eventos que proporcionam ambiente e condições aos pilotos para extravasarem. É isso que piloto de moto faz, afinal. Mais que dar show e mostrar que é bom e que o esporte é bom o bastante para fazer quem está fora da pista roer as unhas, pilotos usam suas máquinas e sua habilidade para extravasar em treinos e corridas. Todo mundo precisa extravasar, afinal. E quando algo sai errado num treino ou numa corrida, lá está toda uma equipe de profissionais e um aparato de segurança para minimizar consequências. Que em alguns poucos casos acabam sendo trágicas. Velocidade implica risco, desde sempre.

Nas vias públicas é diferente. E não se trata, aqui, de preocupação com as fuças dos motoqueiros. Se querem arriscar suas vidas em nome do prazer, o problema deveria ser inteiramente deles, aliás, sem que blogueiros do interior do Paraná se metessem com isso. Não é o caso. Arriscando suas vidas, arriscam também a de todo mundo que usa as mesmas vias públicas convertidas por eles em pistas de corrida.

Antes que apareça o tosco argumento "corrida é só para ricos", não são as corridas e clínicas de pilotagem em autódromos as únicas opções para o exercício sadio da paixão pelo mundo sobre duas rodas. Enquanto motoqueiros fazem baderna nas ruas e nas rodovias, motociclistas organizam-se pelo Brasil inteiro em eventos bem organizados, encontros que atraem apaixonados de todos os cantos do país - alguém já disse que são quatro, os cantos -, sempre recheados de bons atrativos, bem organizados e pautados no que permitem as regras de boa conduta, que nada têm a ver com a escrotidão proposta pela deputada estadual carioca Myrian Rios. Cascavel, onde vivo, foi referência por alguns anos com o "On The Road", organizado por um grupo liderado pelo Augusto Bittencourt. Quem é do ramo diz que jamais houve nada igual. Quanto à baderna nas vias públicas, somo não se fiscaliza e não se pune, vai continuar tudo como está. Em Minas, onde não há pistas de corridas, e no país todo.

sábado, 19 de janeiro de 2013

Automobilismo de verdade

SÃO PAULO - No Paulista em Interlagos, automobilismo para todos os gostos. Talvez o Cleyton Pinteiro, reeleito na CBA, apareça por aqui no fim de semana para acompanhar as provas da última etapa do campeonato do ano passado. Eu, administrando um mundinho bem mais modesto, estiquei a passagem por São Paulo para estar perto dessa festa toda.

No exato momento em que escrevo do paddock, acontece a tomada de tempos da Copa Marshal de Marcas & Pilotos. 20 carros entre as categorias Super e Light. A Novatos tem mais uns 20 e tantos.

A Fórmula Vee, outro xodó do Paulista - que mantém esse blog aqui -, larga hoje com 26 carros, umas belezinhas como o da foto aí abaixo, de uma fila liderada pelo Adriano Griecco. Custo médio para disputar cada prova: R$ 3 mil. Automobilismo de verdade. Na Classic Cup, foram 29 carros na tomada de tempos, vão largar 31. Um mais bonito que o outro, os Chevette (ou "Chevettes"?) mais bonitos que todos eles.

E tem mais Força Livre, Spyder, Stock Paulista e, de quebra, o minguado Brazil Open de F-3, além do concorrido torneio de regularidade organizado pelo Jan Balder. A programação do evento é essa aqui. O show é bom. Falta só público para o circo. Falta de público que é problema crônico do automobilismo do Brasil como um todo. Não aprendemos a aprender com argentinos e americanos.

Não aprendemos a pensar na coletividade e trabalhar por ela, essa é a grande merda.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O ex-autódromo

SÃO PAULO - Material enviado pelo Diego Ximenes, que diz tê-lo copidescado da edição de hoje d'O Globo. Contracapa e página 9, ele indicou.

Vila Autódromo: remoção só em 2014

Condomínio para reassentar famílias começa a ser erguido na próxima semana

LUIZ ERNESTO MAGALHÃES

luiz.magalhaes@oglobo.com.br

O Parque Carioca, condomínio que será construído na Estrada dos Bandeirantes, em Jacarepaguá, para reassentar as famílias que vivem hoje na favela de Vila Autódromo começa a ser construído na semana que vem. A informação é do Secretário municipal de Habitação, Pierre Alex Domiciano Batista. Segundo ele, os moradores da Vila Autódromo serão removidos para o conjunto que está sendo construído pelo projeto Minha Casa Minha Vida, no primeiro semestre de 2014.

A favela de Vila Autódromo fica ao lado do futuro Parque Olímpico, principal complexo esportivo a ser construído para 2016, que ocupará parte do terreno do antigo autódromo Nelson Piquet, fechado em outubro do ano passado. A Vila Autódromo será removida porque boa parte das casas foi construída em terrenos não edificáveis. Além disso, parte da área está no traçado do futuro BRT Transolímpico, que ligará a Barra à Penha.

ÁREA TERÁ 900 APARTAMENTOS

Um sobrevoo feito ontem na região mostra uma situação curiosa. De um lado da Lagoa de Jacarepaguá, é possível observar que o autódromo já teve praticamente toda a sua infraestrutura demolida. No segundo semestre deste ano, começam as obras das arenas olímpicas. Do outro, a Vila Autódromo ainda está de pé. Em 2011, um cadastro prévio para remoção feito pela Secretaria de Habitação encontrou 537 famílias de baixa renda no local. Na comunidade ainda existem casas de classe média à beira da lagoa cujos moradores serão retirados sem ganhar novas casas.

O Parque Carioca contará com cerca de 900 apartamentos de dois quartos (40 metros quadrados) e três quartos (55 metros quadrados), além de área de lazer e escolas. Para o condomínio, além dos moradores da Vila Autódromo, irão outras famílias beneficiadas pelo programa Minha Casa Minha Vida. O custo total do projeto chega a R$ 105 milhões, sendo R$ 38 milhões da prefeitura e o restante da Caixa Econômica Federal.

A remoção da Vila Autódromo vem sendo cercada de polêmica. A prefeitura defende que ela é indispensável para o projeto olímpico. Mas ONGs ligadas a movimentos sociais afirmam que a remoção teria interesse apenas econômico, já que terrenos no entorno se valorização ainda mais com as Olimpíadas. Moradores mais antigos lembram que em 1995 as famílias chegaram a receber do governo do estado títulos de posse válidos por 99 anos.

Apesar de tudo, o prefeito Eduardo Paes acredita que o desfecho será tranquilo: — Temos tempo. Quando as obras estiverem mais adiantadas, montaremos um show room no terreno, mostrando detalhes do projeto. O novo condomínio terá uma estrutura melhor do que o local onde (as pessoas) vivem – disse Paes.

***

Aqui, depois da matéria, volto eu. Dá dó ver o ex-autódromo assim, é impossível negar. E fica claro que, se interessar aos especuladores do mercado imobiliário, até o bondinho e o Cristo vão para o depósito.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Na íntegra: Sprint Race, 17/18 e 18/18

SÃO PAULO - Dias corridos e gostosos, esses últimos, com os shows que Juli e eu e mais o Everton & Alex e a rapaziada da banda Rochel fizemos cá na terrinha. Falo disso depois.

Por ora, ficamos com o vídeo da última etapa da Sprint Race, disputada aqui ao lado, em Interlagos, no último fim de semana antes do Natal. Produção do Marcos Rossini e do Jorge Gomes, dois dos amigos internéticos que conheci pessoalmente nesta semana, a edição foi exibida ontem à noite no programa "Sport Brazil", no Bandsports. Eu narro, como sempre.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Tudo como dantes

NENHURES - Foi uma amiga de São Paulo, ainda um tanto inconformada com a escolha dos locais onde teremos nesta semana as duas edições do “Sertanejo rodada dupla” – ela mora na Zona Sul, onde desta vez nem vamos dar as caras –, quem chamou atenção para uma dúvida quanto à agenda do evento.

A amiga em questão mora em Interlagos. No bairro, não no autódromo, só quem mora no autódromo pelo que percebo quando estou lá são o Stuart e o Jacaré. Por morar em Interlagos, consultou os dois endereços e concluiu que para ela e a família seria mais prático irem quarta feira a’O Depósito Boteco Paulistano, mais perto da casa deles, ou de caminho mais viável, que o Adega Original, onde tocamos amanhã.

Aí, olhando postagens no Facebook, ela quase caiu de costas. Os shows de quarta-feira de Luc & Juli e de Everton & Alex estavam marcados para o Geninho’s Club. Por que a mudança? E os milhões de flyers? Alguém avisou às emissoras de televisão e aos sites de bisbilhotice da vida alheia que vão cobrir a festa? Essas seriam as minhas primeiras preocupações.

Mas não há preocupação, enfim. Só o que acontece é que o pessoal d’O Depósito vai, nas próximas semanas, mudar o nome da casa. Vai passar a se chamar Geninho’s Club, e o Geninho, um dos diretores, tratou de antecipar a atualização no evento do Facebook. A programação continua exatamente a mesma que vimos espalhando aos quatro ventos desde sempre. E a amiga que citei aqui é real, o causo também é real. Se quiser, ela própria se manifesta aí abaixo, com algum comentário.

E como os shows são só amanhã e quarta, nos dois dias com o repertório começando por volta das nove da noite, vamos aproveitar a segunda-feira aqui em Nenhures. Talvez voltemos pra cá na quinta, para emendar esse restinho de ano.

SERVIÇO

Show: “Sertanejo Rodada Dupla”, com Luc & Juli e Everton & Alex

Dias: 15 (Adega Original) e 16 (O Depósito) de janeiro de 2013

Adega Original - Avenida Luiz Dummont Villares, 790. Jardim São Paulo. São Paulo/SP. Fones (11) 2978-7853 e 2950-2492

O Depósito Boteco Paulistano - Rua Demetrio Ribeiro, 578. Tatuapé. São Paulo/SP. Fone (11) 2268-0677

Ingressos: R$ 20 para homens e R$ 15 para mulheres

sábado, 12 de janeiro de 2013

Uma palinha no DM

NENHURES - Não é por falta de apoio dos amigos que o "Sertanejo rodada dupla" vai morrer na praia. Agora foi o Américo Teixeira Júnior quem nos abriu seu cada vez mais lido Diário Motorsport para uma palinha dos eventos da semana que vem.

Sem abrir mão de seu estilo sempre gentil, Américo, já parceiro de longa data, publicou esse material aqui sobre os nossos shows em São Paulo.

Não foi a primeira vez, aliás, que saí no Diário Motorsport. Já apareci em outra ocasião, mais de três anos atrás, por um contexto tão agradável quanto uma animada festa que se faz para receber os amigos.

Tomara que o Américo também apareça, na terça ou na quarta.

Rodada dupla diferente na Copa Marshal

NENHURES - Bem, pelo menos a rapaziada de uma das categorias de automobilismo que eu atendo com narração das corridas vai ficar sabendo dos nossos shows da semana que vem em São Paulo.

Obra e graça do pequeno-grande-homem Vitor Garcia, está lá no site da Copa Marshal de Marcas & Pilotos a devida menção ao "Sertanejo rodada dupla".

A matéria que o Vitor postou e distribuiu aos pilotos e parceiros da Copa Marshal está nesse link aqui. Devo supor que vários dos mais de 60 pilotos da categoria vão aparecer para uma rodada dupla diferente das que eles próprios protagonizam dez vezes por campeonato - ou no Adega Original, ou n'O Depósito Boteco Paulistano. O que, apesar de ser uma satisfação, vai me trazer um problema: o único que conheço pessoalmente é o Ricardo Sargo, o que fatalmente vai me submeter a saias-justas diante de amigos com quem tenho contato até frequente via internet ou telefone.

Como a última etapa da Copa Marshal de 2012 vai ser poucos dias depois do show, pode ser que eu estique a estadia em São Paulo para acompanhar as duas baterias de domingo em Interlagos. Se já me sinto em casa com essa galera mesmo estando longe, um fim de semana de convivência no autódromo pode fazer bem.

Quanto ao "Sertanejo rodada dupla", serão dois shows por noite - o nosso e o de Everton & Alex.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Triste fim

NENHURES - Não me sinto ofendido, nem ultrajado, nem nada. Os promotores do Mini Challenge, afinal, não tomaram meu dinheiro. Não me fizeram pagar o salário astronômico de qualquer patife que dá de ombros ao fato de ter sido condenado à cadeia por roubar dinheiro dos outros. Não esfregaram nenhum método sujo na minha cara. Nada disso, quem faz essas coisas é a corja do PT.

Os promotores do Mini Challenge apenas decidiram que era hora de interromper uma iniciativa. Simples assim. Do modo como começaram um campeonato, deram fim a um evento, criado, bancado e viabilizado por eles próprios, sem nenhum custeio via caixa-dois do governo, sem que nenhum publicitário tivesse recebido seus vencimentos por remessas de dinheiro para paraísos fiscais, como faz a corja do PT.

Narrei uma única corrida do Mini Challenge, a que fechou a rodada tripla de Cascavel, em setembro último, na transmissão ao vivo da CATVE para as cidades da região. Campeonato interessante, que integrou o calendário brasileiro de automobilismo nos três últimos anos.

É pena as corridas do Mini Challenge terem acabado. Eram legais, bem movimentadas, mesmo. Lamúrias virão, é claro. Problema único e exclusivo de quem geria o campeonato.

Mas que dá dó ver o fim que levaram os simpáticos carrinhos, isso dá.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Sertanejão na veia

NENHURES - Primeiro leiam, sem fazer muitas perguntas. Continuo depois das linhas copidescadas que seguem:

A receita é simples: um ritmo vira moda. Exemplo: baladas rápidas, com solos de violão, arrocha, vanera falando de balada e filas que andam e... Puf!, todo mundo copia. A rádio e os donos de boate abandonam a diversidade da música e começam a fazer do “sertanejo” um modismo que eles mesmos intitulam universitário.

A mídia influencia todos a ouvirem as mesmas coisas e as tribos se intitulam todas como sertanejas. Sem cheiro de terra nem debaixo da unha. Aí se reúnem para beber vodka e whisky do Paraguai com Red Bull, uma merda que se tiver um por cento mais de corante vira veneno.

E tome arrocha!

E vamos falar de futilidades, e vamos bater nossos carros, e vamo pegá as mina porque elas pira quando a gente fala que elas não valem mais nada.

E tome arrocha. Facim entender o nosso tempo. Só queria que a classe musical não se vendesse por um litro, ou por um cachê miserável. Se é pra tocar o que os outros mandam, então recebam bem por isso.

E não pensem que seu contratante é seu amigo, cantores. Ele só elogia vocês porque está de bolso cheio. Se a lambada voltar, você pula. Se o forró se fortalecer, você está fora. Se o funk falar menos palavrões – e isso já está rolando –, você vai ter de descer até o chão.

Realismo, sertanejo é a cara do Brasil. E tem muito poeta compondo lendas e guardando no fundo do baú.

Por quê?

Porque nossos jovens rebeldes sem causa, hoje, preferem a net, o chiclete e os clichês da mídia manipuladora a abastecer o cérebro e o coração om a magia, a surpresa, a genialidade e a criatividade dos artistas brasileiros.

Bem, mas como eu também vivo disso, ‘bora tirá uns arrocha pa dá de cumê pros meus canarinhos do reino. Que, mesmo com o passar do tempo, não mudam o gosto pelas melodias lindas que fazem rir, emocionam, fazendo a gente sentir a vibe da verdade.

Se você me vir cantando modismo, é porque eu preciso, não porque gosto.

Bom-humor e bom senso. É isso.

O desabafo aí acima é do parceiro Flávio Aquino, compositor dos bons e intérprete de primeira. Qualquer um com um mínimo de afinidade com alguma causa musical do mundo real terá captado ao menos uma das várias mensagens do Flavinho nessas linhas - algumas delas sutilmente incluídas em "Menina correria".

O dono da "Mala pronta" atuou em dupla por muitos anos nos palcos e nos bares da vida. Agora segue carreira-solo lá pras bandas do Paraná. Uma das últimas modas da lavra do Flávio é "A gente vai se ver", que segue aí:

Boa moda, não?

domingo, 6 de janeiro de 2013

O filho do Brasil

NENHURES - “Lula, o filho do Brasil”. O símbolo maior da quadrilha acabou pintado como um deus, como o veem os súditos e servos do PT, foi um fiasco de bilheteria quando lançado, em 2010. Assim, a principal emissora de tevê do país tratou de socá-lo goela abaixo de milhões de brasileiros no primeiro dia útil do ano.

Gostei da iniciativa, honestamente. Até porque, como todo mundo, não o vi no cinema. Bonzinho, o filme. Quem venera o Lula adorou. Um sujeito de ótimo caráter foi mostrado na fita. Isso é o cinema, capaz de premiar com filmes legados importantes como os de Lula e Cazuza. Um, de mentiras e corrupção; outro, de apologia a drogas, à rebeldia e à homossexualidade. O filme do Cazuza, pelo menos, não foi custeado com dinheiro meu.

E vem aí “Lula, o filho do Brasil – 2”. As primeiras cenas, que não são inéditas e não constituem qualquer novidade, estão aí abaixo. Os petistas seguem idolatrando essa corja, claro. É uma doutrina interessante, essa que o PT aplica a seus servos.

Sertanejão na veia

NENHURES - Sei lá o que foi que aconteceu naquela data, mas faz dez anos que alguma coisa levou Fernando Fakri, o Sorocaba, a escrever a música que lançou Thaeme & Thiago ao mercado de música sertaneja.

Ouvi dia desses, numa roda qualquer, que a música começou a ser escrita 12 horas antes do show em que seria apresentada. Não é de se duvidar - talvez isso explique por que Thaeme apresentou a música com Fernando, parceiro do Sorocaba.

Qualquer hora pergunto a um deles. Por enquanto, ficamos ao som de "6 de janeiro de 2003", Fernando Bonifácio e Thaeme Mariôto cantam.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Na íntegra: Mercedes-Benz Grand Challenge, 15/16

NENHURES - Outra corrida que fiquei devendo à audiência do blog foi a penúltima do Mercedes-Benz Grand Challenge, disputada quase três semanas atrás lá em Interlagos. Foi a da segunda vitória do Rubão Tilkian.

Transmitimos essa corrida ao vivo para os GTnautas - eu narrando, Mário Laffite comentando, Kaká Ambrósio de fuça colada na movimentação de grid e de boxes.

Ainda falta, pra fecharmos a temporada aqui no blog, a segunda corrida da rodada dupla de Cascavel, a que confirmou o bicampeonato de João Campos e Márcio Campos.

ASSISTA TAMBÉM:

Mercedes-Benz Grand Challenge: primeira etapa

Mercedes-Benz Grand Challenge: segunda etapa

Mercedes-Benz Grand Challenge: terceira etapa

Mercedes-Benz Grand Challenge: quarta etapa

Mercedes-Benz Grand Challenge: quinta etapa

Mercedes-Benz Grand Challenge: sexta etapa

Mercedes-Benz Grand Challenge: sétima etapa

Mercedes-Benz Grand Challenge: oitava etapa

Mercedes-Benz Grand Challenge: nona etapa

Mercedes-Benz Grand Challenge: décima etapa

Mercedes-Benz Grand Challenge: décima-primeira etapa

Mercedes-Benz Grand Challenge: décima-segunda etapa

Mercedes-Benz Grand Challenge: décima-terceira etapa

Na íntegra: Brasileiro de GT, 15/16

NENHURES - Tardei, mas não falhei. Aqui está a 15ª e penúltima etapa do Brasileiro de Gran Turismo do ano passado, a corrida que abriu a rodada dupla final em Interlagos.

Eram três os títulos em disputa, e nenhum deles foi definido nessa corrida. Ficaram todos para a etapa final, no dia seguinte.

Narração minha, comentário do André Duek, comentário do Kaká Ambrósio. Foi assim que transmitimos a corrida pelo Total Race, pelo Portal GT e pelo UOL TV.

ASSISTA TAMBÉM:
Brasileiro de GT, primeira etapa

Brasileiro de GT, segunda etapa

Brasileiro de GT, terceira etapa

Brasileiro de GT, quarta etapa

Brasileiro de GT, quinta etapa

Brasileiro de GT, sexta etapa

Brasileiro de GT, sétima etapa

Brasileiro de GT, oitava etapa

Brasileiro de GT, nona etapa

Brasileiro de GT, décima etapa

Brasileiro de GT, décima-primeira etapa

Brasileiro de GT, décima-segunda etapa

Brasileiro de GT, décima-terceira etapa

Brasileiro de GT, décima-quarta etapa

Boa, Zeca

NENHURES - É legal estar perto de heróis de vez enquanto. Encontrei um ano passado ou retrasado, não lembro quando, só lembro onde. Estava questionando alguém que não providenciou seu jornal no tempo esperado.

Era o Zeca Pagodinho. Que deve aparecer em todos os jornais de hoje por ter feito o que quem ganha pra fazer não faz.

Suponho que muita gente, políticos não incluídos, tenha se mobilizado em prol das vítimas de Xerém. Zeca, famoso, acabou sendo o representante de toda essa legião de voluntários.

Enquanto isso, a corja que assina papéis no Brasil aplaude a posse do condenado Genoíno e presta sua solidariedade à vereadora petista presa por forjar o próprio sequestro.

Deletem o Brasil e recomecem-no, por favor.

ATUALIZANDO EM 4 DE JANEIRO, ÀS 11h09:

Falou tudo, o Zeca: Dá nojo de político, dá nojo dessa gente bandida.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O rali de Nenhures

NENHURES - Não faço a mínima ideia de que dia seja, ou de quanto tempo falta para o jantar. Sequer tenho ideia se minha última refeição foi jantar ou almoço, e há pouco me deram uma substância que me deixou entorpecido.

Sem sustos, não estou sequestrado. Pelo contrário, dei um bico no calendário da mesa do escritório, catei a família pelos suspensórios e vim tirar uns dias de folga em Nenhures, nome com o qual nós mesmos batizamos o lugar onde estamos, e honestamente até agora não sei o nome da cidade onde viemos parar. Nem quero saber, a menos que tenha queixas e queira catar o prefeito pelos colarinhos. Não terei. E Nenhures não deve ter prefeito.

O caminho para Nenhures, pelo menos o que me falaram que era o certo, foi a primeira grande diversão de 2013. Deve haver outros caminhos mais civilizados, duvido que mais divertidos. Sobretudo porque trilhamos o nosso ontem, dia de chuva nos arredores nenhurenses (isso está ficando perigoso), isso me permitiu exercitar uma até então desconhecida habilidade na condução off-road.

A estreia como ralizeiro foi salva por dois cidadãos nenhurenses que por ali passavam, num veículo de tração animal, no instante em que a tração dianteira perdeu para a aderência do encharcado solo arenoso. Deram uma força, conseguimos movimento, parei em raro piso firme pra voltar a pé e agradecê-los pessoalmente. Um deles é corintiano, notei pela camiseta. Enfim, é pena o Rali Dacar começar já nesta semana, se fosse na outra eu iria ali pra cima do continente e tomaria parte com nosso modesto sedan.

A dupla do empurrão não foi nossa única companhia no desafiador trajeto entre sei lá onde e Nenhures. Antes, houve as vacas. Quanto riso e quanta alegria com as vacas. Do meio delas saí depois de longos instantes com um forte palpite no número 39 – sou um tanto afeito a jogatinas, vocês sabem –, mas em Nenhures não há casas lotéricas ou bancas do jogo do bicho. Uma constatação boa, afinal já detectamos um ramo inexplorado por aqui, pode ser a senha para darmos um bico em Cascavel e nesse negócio de corridas e música e virmos tocar a vida aqui em Nenhures.

Agora, se me dão licença, vou devolver o blog às moscas e correr ali tentar outra daquelas substâncias entorpecentes. São legais, vêm com um guarda-chuvinha ou uma rodela de limão na borda do copo, você pode escolher.