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sábado, 7 de julho de 2012

Eu e a Super Máquina

SÃO PAULO - Terminar um dia movimentado como o de hoje conversando com um carro não é coisa de gente normal, claro. Seria para um bêbado, mas não bebi nada hoje. Até beberia uma Itaipava ali na lanchonete, apesar da lata custar seis pratas, mas consumir cerveja não é algo que eu faça enquanto vestindo qualquer uniforme. No hotel, mais tarde, abro uma. Ou mais.

Enfim, terminei o dia conversando com um carro. Explico, antes que me internem. Lembram do Ronaldo Gonçalves, que atuou por vários anos como locutor de arena da Fórmula Truck? Pois é, apareceu aqui em Interlagos hoje. Veio com seu carro, um Mitsubishi Eclipse ano 1992 que oferece bem mais que a boa aparência de seus quase vinte e poucos anos.

Ronaldo – é aquele do “cadê a galera, cadeeeeeeeeê?” – tem como sonho de infância ser dono da Super Máquina. Ou Knight Rider, pelo nome original, um carro com inteligência artificial que incorporava o computador Kitt e que conversava com seu dono, interpretado por David Hasselhoff, e fazia proezas mil.

Pois foi o próprio Ronaldo quem projetou o sistema que permite suas conversas com Kitt. Um sistema que atende por “Denise” e que foi desenvolvido em Jundiaí, sua cidade, pela Sport Sound. “Preparar ignição”, manda o Ronaldo, e a ignição põe-se a postos. “Ligar motor”, e o carro liga. “Abrir meu vidro”, e zás!, a janela se abre. Pelo que contei, são mais de 30 comandos que, num ambiente menos ruidoso que o de um autódromo num sábado à tarde, são atendidos a dezenas de metros. Kitt, ou Denise, tem bom senso democrático e obedece às ordens específicas de qualquer pessoa, seja homem, mulher, criança, um papagaio. Ordenei algumas tarefas a Denise, que sabia com quem estava lidando e não titubeou para me atender rapidamente. “Apresente-se”, ordenamos, e vem a mesma gravação que Michael Knight ouvia de seu carro no início de qualquer ação em um dos 90 episódios da década de 80. A inteligência artificial de Denise, ou Kitt, já não sei, foi desenvolvida pela Guile3D.

A Super Máquina de Michael Knight não era um Eclipse, claro. Era um Pontiac Firebird Trans-Am. “Ainda quero importar uma Super Máquina de verdade”, avisou o Ronaldo.

Que ma mostre, quando importar.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Velhoses e furiosos

CASCAVEL - Sei lá de quem foi a ideia, nem sei se é nova, mas o trocadilho que reproduzi no título aí acima está na chamada que o Niltão Amaral preparou para a terceira etapa da Copa Classic, marcada para domingo agora no Velopark.


"Velhoses e furiosos". Ou seria "velhozes", mesmo? De qualquer forma achei sensacional. Já faz valer a presença no Velopark.

ATUALIZANDO EM 4 DE JULHO, ÀS 11h18:
Mensagem que a Copa Classic gaúcha me enviou pelo Twitter: "O trocadilho 'Velhozes e Furiosos' foi criado pelo Perna e cia e há anos é designado para se referir à Copa Classic RS!". Perna, para quem não sabe, é o mítico locutor de automobilismo do Rio Grande do Sul. Ele também atende por Ademir Moreira.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Os carros do meu tempo

SÃO JOSÉ DOS PINHAIS - Aí temos a Larrousse-Lamborghini que Aguri Suzuki pilotou no histórico pódio do GP do Japão de F-1 em 1990, aquele da não menos histórica - mais, até - dobradinha brasileira Piquet-Moreno. Pilotado pelo próprio Suzuki na semana passada, no evento festivo que marcou o cinquentenário do autódromo de Suzuka.











Foi o Daniel Gimenes, jornalista brasileiro que vive no Japão, quem me mandou as fotos. A festa no autódromo rolou entre o sábado e o domingo, enquanto eu fritava na Fórmula Truck sob o calor microôndico do Velopark. Na pista, em meio a um catatau de eventos paralelos, muitos carros da minha primeira época vendo F-1 na tevê. Satoru Nakajima pilotou sua Lotus-Honda de 1988. Outra Lotus do japa, a de 1989, foi pilotada anteontem por Jean Alesi. O motor Judd daquele ano foi uma bomba tão grande que a menção foi apagada da carenagem.











E teve mais. A McLaren do tri Prost em 1989 e a Williams de Mansell de 1987, entre outras máquinas e milhares de japoneses, imigrantes e turistas fascinados com aquilo tudo. "O legal foi ter entrado na pista sagrada, nos boxes, e fotografado máquinas como essas", exagerou o Gimenes, no e-mail que mandou. Ele publicou uma matéria a respeito da festa no Alternativa Online.

Pra fechar, a Minardi da primeira temporada de Christian Fittipaldi na categoria. Quer dizer... O número 24 era do Gianni Morbidelli, seu companheiro de time, mas o nome indicado na lateral do cockpit é do brasileiro. Tanto faz, era evento festivo. Essa pintura enfaixadona em preto, branco e amarelo, que vinha desde os anos 80 e foi substituída por um branco insosso em 93, foi a mais linda de toda a história da F-1. Disparado.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Legendary Routes

Recebi do Tiago Mendonça, jornalista e meu parceiro nas transmissões do Itaipava GT Brasil pela Band e pelo Speed Channel, o material sobre uma iniciativa interessante do polivalente Marcello Sant'Anna.

Por não haver o que acrescentar ou suprimir, reproduzo o press-release do Tiago tal qual pingou na caixa de mensagens, ainda na semana passada.

MARCELO SANT'ANNA LANÇA COLEÇÃO LEGENDARY ROUTES COM LIVRO E DOCUMENTÁRIO DA ROTA 66

Piloto e apresentador recebeu convidados na X-Treme Motorsports para falar sobre o projeto das rotas lendárias, na noite desta quinta-feira (17), em São Paulo


Marcello Sant’Anna lançou na noite desta quinta-feira, no estande da Auto+ no X-Treme Motorsports, a coleção Legendary Routes. O projeto é um sonho antigo do piloto e apresentador e vai mostrar as histórias, os personagens, as curiosidades por trás das estradas mais famosas do mundo - começando pelo livro e documentário em DVD apresentados no Centro de Exposições Imigrantes, que detalham uma viagem de pouco mais de vinte dias pela Rota 66 ao volante do histórico Corvette 1960.

"Eu sempre tive muita vontade de percorrer a Rota 66 e conforme o tempo foi passando pensei em ir mais longe, em registrar tudo, e deste sonho nasceram um livro e um documentário em DVD, a primeira parte da coleção Legendary Routes", conta Marcello Sant’Anna, que corre na categoria Itaipava GT4 e comanda o programa Auto+, aos domingos, na Band. "É o início de um projeto que ainda vai nos levar a outras rotas famosas, como a Mille Miglia, nosso próximo destino", acrescenta Marcello Sant’Anna.

O livro, em capa dura e 270 páginas coloridas, vem acompanhado pelo documentário em DVD e será vendido inicialmente nas lojas da U|Racer.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Wacky Races

Correr em Londrina uma vez por ano é ritual sagrado para a galera da Classic Cup, simpaticíssima categoria de São Paulo que devolveu à pista vários dos modelos que permearam o passado do mundo do automobilismo. A edição de 2011 vai acontecer neste fim de semana, uma bateria no sábado e outra no domingo, na programação preliminar da etapa final do Brasileiro de Marcas.

Dois anos atrás, por conta da passagem da categoria pela cidade, escrevi para a Folha de Londrina, embora seja de Cascavel, a matéria aqui reproduzida, chamada de capa de caderno aí acima, matéria logo abaixo - se estiver com paciência para lê-la, é só clicar na foto. Nunca consegui esse jornal, quem me mandou o material escaneado, à época, foi o Dú Cardim.

Não conhecia ninguém além do Flavio Gomes na Classic Cup quando escrevi essas linhas, motivo pelo qual tomei-o como personagem. Sou mau jornalista, na maioria das vezes, debite-se isso à maldita preguiça de correr atrás das coisas.

Desde então fiz muitos amigos no ambiente da categoria, o contato com maioria deles começou aqui pela internet. Hoje, sairia uma materinha um pouco mais completa e abrangente. Queria estar em Londrina no fim de semana, mais pela farra que por qualquer outra coisa. Não é dessa vez que vai dar certo.


Ainda vou convencer esse povo todo a vir fazer uma corridinha cá em Cascavel. A categoria converteu-se numa daquelas maluquices que dão certo. Pouca coisa é tão "Wacky Races" quanto a Classic Cup.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Mundo sobre rodas

Quando o assunto são carros, Cascavel tem se mostrado um bom reduto para preciosidades.

Dia desses topei ali no centro da cidade com esse Camaro Type LT. Não faço a mínima ideia de quem seja o feliz proprietário, mas não imagino que vá me condenar por ter registrado alguns instantâneos de seu belíssimo carro, motivo pelo qual não vou me dar o trabalho de esconder a placa. Entre outros motivos, para mostrar que é placa preta.











Recorri ao bom blog Garagem do Bellote, onde vi que o Type LT teve 48.963 exemplares produzidos a partir de 1973, cada um custando perto de 3,4 mil dólares, opcionais não incluídos. Sou totalmente alheio a esse mercado, mas não me passa pela cabeça que uma joia rara como essa possa valer menos que 10 ou 15 mil dólares. Corro o risco óbvio de estar chutando baixo. Fosse meu, não teria preço, como não deve ter para seu proprietário, cujo nome deve ter as iniciais H.I.S.

Se não alertei antes, digo agora: não esperem aqui muita erudição sobre o assunto. Não entendo absolutamente nada sobre carros antigos. Só os acho bonitos.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Mundo sobre rodas

Vá lá que não seja pelo motivo mais nobre possível, mas fato é que o carrinho novo está na garagem, enfim. Novo, claro, é eufemismo. Digamos que tenha sido o mais aguardado.

Ainda faltavam algumas coisinhas, os menos desatentos já terão percebido que não há um único espelho retrovisor instalado. Não sei guardar segredo, então já revelo que também não há, ainda, cintos de segurança. Vou providenciar tudo isso até o fim da semana. Seria amanhã ou depois, prazo que sairá comprometido pelo feriado.

O tubarãozinho veio para a família há quase quatro anos. Tem lá sua história, quisera ter aqui para publicar, também, as fotos feitas pelo antigo proprietário, Paulo, que veio de uma cidadezinha do Rio Grande do Sul para Cascavel trazendo sua mudança no Chevettinho. Duvidei quando ele contou e, de pronto, as fotos saltaram da gaveta de seu pequeno comércio lá no bairro Faculdade. Até fogão veio aí dentro.

A compra do tubarãozinho foi algo estranho. Primeiro pela pronta concordância da Juli. As esposas, em horas assim, sempre olham de um plano diferente, consideram ressalvas, ponderam. Pentelham, às vezes. Naquela visita à bicicletaria do Paulo, a reação dela foi "olha, esse está bem bom, não dá para perder". Não estava barato, mas já havíamos olhado cada caco que dava dó.

Pintura externa, regulagens, pequenos acessórios e outros pequenos cuidados depois, tudo isso distribuído sem maiores atropelos num espaço de quase quatro anos, e está aí o tubarãozinho. Veio umas duas semanas antes do previsto, prematuridade que atribuímos aos amigos do alheio - a esse exato momento, duas e pouco da manhã, devo estar completando uma exata semana do sumiço do caçula da família motor.

Mas que estou indo pro serviço e pro boteco de carro novo, isso estou.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Mundo sobre rodas

Uma providência que tem sido cada vez mais comum entre donos de automóveis é a de envelopá-los. Não, caro amigo do ABC paulista, não se trata de despachar o carro por correio para Nenhures, mas de substituir uma pretensa pintura pela aplicação de adesivos especiais.

Começou pelos donos de supercarros importados cujos preços de tabela passam dos seis dígitos, centavos excluídos. E virou moda, a ponto de contemplar carros cujos preços de mercado equiparam-se ao orçamento do serviço. Não é exagero.

Dia desses, cá ao lado do escritório, topei com um carrinho quase cinquentenário. Um Karmann-Ghia, devidamente convertido ao preto fosco da onda.

Imagino que o Flavio Gomes deva ter mandado envelopar uns três dos 15 exemplares do Karmann-Ghia que mantém em sua garagem. E estou pensando em envelopar meu Chevette tubarão, também.

Por falar nisso, tenho de ligar pro Cláudio Deitos lá na Speed Car. Por motivos de força maior, estou precisando daquele carrinho.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Mundo sobre rodas

No posto de gasolina em frente ao hotel em Santa Cruz do Sul, além da rapaziada reunida para a cervejinha de começo de noite, alguns exemplares que deveriam ser itens obrigatórios na garagem de qualquer um que goste de carros.

E o Chevettinho ali, pequenino e imponente, dizendo a todos que tamanho não é documento. Tenho um desse, bem mais bonito. E meu, o que é melhor.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Máquinas quentes

O título aí de cima até que tem impacto. Mas, como dizem os jornalistas, é chupado. Resgatei-o da promoção que uma marca de chicletes promoveu há uns 30 anos, quando eu ainda era um fedelho de bolso. Você comprava o chiclete e levava uma figurinha de coleção com fotos de carros capazes de satisfazer todos os gostos.

O evento, em si, não chega a ser nada que se aproxime das farras feitas pela turma do Flavio Gomes em torno de carros antigos, mas é um dos programas que vou lamentar perder por não passar o fim de semana em Cascavel.

Falo de um Encontro de Carros Antigos que vai movimentar o Shopping West Side entre sábado e domingo. Uma denominação errada, já que quem vai se encontrar são os colecionadores de Cascavel e de várias outras cidades aqui de perto, e não os próprios. Enfim, soa compreensível a todos. Os organizadores anunciam 80 exemplares de diversos gêneros.

Entre os destaques listados pela comissão está um modelo octagenário, e até agora ninguém que eu tenha consultado soube explicar qual é o modelo do carrinho fabricado em 1928. Um Chevrolet Bel Air de 1951 é outro convidado especial. A lista contempla ainda Aero-Willys, Maverick, Corvette e um sem-número de caminhonetes que, mesmo com suas características modificadas, mantêm o aspecto nostálgico de suas épocas. Para quem tem pouco conhecimento de causa, ou nenhum, como eu, não deixa de ser uma interessante viagem ao passado do mundo automotivo. Esse, aliás, é um quase jargão meu, já o apliquei em várias situações em locuções de automobilismo. Preciso me reciclar.

Já confirmaram participação e presença os colecionadores dos grupos Facção 8, Antigos de Cascavel, Fusca Ar Club Cascavel – essa rapaziada deu um show no autódromo daqui há duas semanas, desfilando relíquias e mais relíquias entre as baterias do Regional de Marcas & Pilotos –, Chevetteiros Cascavel, Opaleiros e Catarautos, este de Foz do Iguaçu. A festa também terá um palco montado ao ar livre para que os presentes possam apreciar os repertórios das bandas de rock Black Sabbath Cover e Matilia Sideral.

Vai ser a terceira edição do evento, que pela primeira vez também abrirá espaço para os primos mais novos Chevette e Opala. Se fosse ficar por aqui durante o fim de semana, eu seguramente apareceria por lá com meu “tubarão” 77.

Vendo as fotos de algumas das máquinas que vão expor no, até penso que Gomes, que costuma rechear seu blog com histórias, eventos e curiosidades sobre carros antigos, quereria dar uma rápida passada pelo shopping. Até porque há tempos está devendo uma visita a Cascavel, o baixinho.