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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Highlights

CASCAVEL - Imperdoavelmente, eu jamais assisti ao GP do Brasil de 1988. Vou fazer isso agora, não sem antes compartilhar aqui para os outros presumíveis dois ou três fãs de automobilismo que ainda não viram a corrida.


Os primeiros minutos do vídeo, instante em que dei-lhe uma pausa para trazê-lo ao blog, já foram suficientes para dar saudades do bom e velho circuito antigo do hoje finado Jacarepaguá. Que foi onde minha carreira de narrador de corridas começou.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O ex-autódromo

SÃO PAULO - Material enviado pelo Diego Ximenes, que diz tê-lo copidescado da edição de hoje d'O Globo. Contracapa e página 9, ele indicou.

Vila Autódromo: remoção só em 2014

Condomínio para reassentar famílias começa a ser erguido na próxima semana

LUIZ ERNESTO MAGALHÃES

luiz.magalhaes@oglobo.com.br

O Parque Carioca, condomínio que será construído na Estrada dos Bandeirantes, em Jacarepaguá, para reassentar as famílias que vivem hoje na favela de Vila Autódromo começa a ser construído na semana que vem. A informação é do Secretário municipal de Habitação, Pierre Alex Domiciano Batista. Segundo ele, os moradores da Vila Autódromo serão removidos para o conjunto que está sendo construído pelo projeto Minha Casa Minha Vida, no primeiro semestre de 2014.

A favela de Vila Autódromo fica ao lado do futuro Parque Olímpico, principal complexo esportivo a ser construído para 2016, que ocupará parte do terreno do antigo autódromo Nelson Piquet, fechado em outubro do ano passado. A Vila Autódromo será removida porque boa parte das casas foi construída em terrenos não edificáveis. Além disso, parte da área está no traçado do futuro BRT Transolímpico, que ligará a Barra à Penha.

ÁREA TERÁ 900 APARTAMENTOS

Um sobrevoo feito ontem na região mostra uma situação curiosa. De um lado da Lagoa de Jacarepaguá, é possível observar que o autódromo já teve praticamente toda a sua infraestrutura demolida. No segundo semestre deste ano, começam as obras das arenas olímpicas. Do outro, a Vila Autódromo ainda está de pé. Em 2011, um cadastro prévio para remoção feito pela Secretaria de Habitação encontrou 537 famílias de baixa renda no local. Na comunidade ainda existem casas de classe média à beira da lagoa cujos moradores serão retirados sem ganhar novas casas.

O Parque Carioca contará com cerca de 900 apartamentos de dois quartos (40 metros quadrados) e três quartos (55 metros quadrados), além de área de lazer e escolas. Para o condomínio, além dos moradores da Vila Autódromo, irão outras famílias beneficiadas pelo programa Minha Casa Minha Vida. O custo total do projeto chega a R$ 105 milhões, sendo R$ 38 milhões da prefeitura e o restante da Caixa Econômica Federal.

A remoção da Vila Autódromo vem sendo cercada de polêmica. A prefeitura defende que ela é indispensável para o projeto olímpico. Mas ONGs ligadas a movimentos sociais afirmam que a remoção teria interesse apenas econômico, já que terrenos no entorno se valorização ainda mais com as Olimpíadas. Moradores mais antigos lembram que em 1995 as famílias chegaram a receber do governo do estado títulos de posse válidos por 99 anos.

Apesar de tudo, o prefeito Eduardo Paes acredita que o desfecho será tranquilo: — Temos tempo. Quando as obras estiverem mais adiantadas, montaremos um show room no terreno, mostrando detalhes do projeto. O novo condomínio terá uma estrutura melhor do que o local onde (as pessoas) vivem – disse Paes.

***

Aqui, depois da matéria, volto eu. Dá dó ver o ex-autódromo assim, é impossível negar. E fica claro que, se interessar aos especuladores do mercado imobiliário, até o bondinho e o Cristo vão para o depósito.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Moeda de barganha


CASCAVEL - Pessoal que resiste na defesa do autódromo de Jacarepaguá carregou nas tintas, não sem perder tanto contato com a razão, nesse vídeo que começa a circular pela internet.

Queria compartilhar sem juízo de valor, mas não dá. São sonhadores, batalhadores, apaixonados, os que tentam manter Jacarepaguá, falo do autódromo, que respira por aparelhos. É de uma inocência sem tamanho imaginar que essa paixão toda possa se sobrepor aos interesses de quem vai encher os bolsos com toda a jogada político-imobiliária envolvendo o autódromo.

Não somos o país do futebol, nem do automobilismo, nem da Olimpíada, nem de nada. Saudade do tempo em que éramos o país do jeitinho. Hoje somos o país da corrupção, condição acentuada na última década.

Não deixa de ser bem-feito a quem escolhe a escória máxima como representação de um povo. Mas que é foda ver um autódromo tão bacana ser posto como moeda de barganha pela turma da mão no jarro, isso é.

domingo, 5 de agosto de 2012

As pizzas do Camilo

RIO - Era terça ou quarta-feira, não lembro e não importa, quando falei pro Thiago Camilo que ele venceria a segunda corrida da etapa de hoje da Copa Petrobras de Marcas, aqui no Rio. "Pô, só a segunda?", ele reclamou. Falei que a primeira era por conta dele, a segunda estava garantida. Valia uma pizza, embora eu não seja exatamente um apreciador de pizzas, prefiro nhoque, sushi e costela assada, não necessariamente nessa ordem, mas não acho convencional apostar uma pratada de nhoque com alguém.

Thiago perdeu a terceira pizza a fio, as outras duas vieram em placares do futebol, ele é péssimo para escolher times e o Corinthians é uma potência insuperável. Largando lá de 15º, posição em que ficou no resultado da primeira corrida, sem tê-la concluído, venceu. Mesmo tendo de lidar com o prejuízo de uma rodada no asfalto molhado de Jacarepaguá, onde a chuva chegou quando a placa indicando cinco minutos para a volta de apresentação já tinha sido levantada. Foi a primeira vez que narrei uma etapa da Copa Petrobras para a Rede TV!, mesma casa onde transmito as corridas do Mercedes-Benz Grand Challenge e do Brasileiro de GT. Gostei da brincadeira, tenho de admitir. E ampliou seu recorde de vitórias na categoria, o Thiago. Agora tem oito em 23 corridas disputadas - a categoria foi relançada em 2011, depois de uns bons 15 anos fora do calendário. Na primeira corrida no Rio, a vitória tinha sido do Denis Navarro, a primeira dele na categoria.










Falamos, é claro, da possível despedida do autódromo para provas nacionais, embora ainda haja um calendário regional de Turismo e de arrancadas a ser seguido, e o Moto 1000 GP também tem uma etapa agendada para lá. Há muito tempo eventos são anunciados como despedida do autódromo, e já começo a duvidar que o de hoje tenha sido, mesmo, o de despedida. Francisco Marques, o intrépido locutor Chicão, improvisou um pronunciamento ao fim do evento, pelo sistema de som do autódromo, que emocionou muita gente. Coisa de quem conhece do riscado. E a Vicar, promotora do campeonato, até encomendou um painel homenageando o autódromo. Tomara que voltem a usar o tal painel, esse da foto aí embaixo.

Curti bastante o fim de semana e a missão de última hora em Jacarepaguá, mesmo longe da festa da Fórmula Truck lá no bairro onde eu moro, que tem alguém que eu adoro, ela é minha paixão.

Teria um pouco mais a comentar com vocês, mas chegou a hora do embarque. Comento com quem sentar ao meu lado. Dormi bem à noite, vou trocar o habitual cochilo do voo por um papo com um desconhecido qualquer.

domingo, 22 de julho de 2012

Um tchau a Jacarepaguá

RIO - Não sou exatamente um habitué de Jacarepaguá, falo do autódromo. Longe disso, devo ter estado ali um pouco menos ou um pouco mais de dez vezes, a primeira delas em maio de 2003, uma etapa da Stock Car que teve dois cariocas no pódio, o Sandro Tannuri e o Duda Pamplona, com vitória do meu conterrâneo cascavelense David Muffato. Aquele foi o fim de semana em que ouvi uma das histórias mais incríveis da minha vida, e essa nada tem a ver com automobilismo, mas com vassouras e bistecas, então deixo-a para outra ocasião.

Foi em Jacarepaguá, em dezembro daquele mesmo 2003, que comecei minha carreira de locutor de corridas, na última etapa da Pick-up Racing. Foi no dia em que capturaram o Saddam Hussein, foi a última corrida da vida do Gerson Marques, criador da categoria. Um trabalho que está indo longe, já, quase nove anos, hoje mais voltado a transmissões de tevê e internet que à comunicação com público das arquibancadas. Tenho isso pra contar, é um legado, afinal.

Durante a transmissão do Brasileiro de GT para a Rede TV!, horas atrás, o Kaká Ambrósio, que é da gema e assina nossa reportagem de box, fez um relato apaixonado de algumas de suas experiências em Jacarepaguá, falo sempre do autódromo e não do bairro, a primeira entrevista que ali fez em 1981 com o Raul Boesel numa corrida de Fórmula 1, a vitória de André Ribeiro que presenciou, citou mais alguma coisa. Tudo que o Kaká vai acompanhar agora é a demolição do autódromo.

Havia um acordo judicial, costurado e anunciado aos quatro ventos pela Confederação Brasileira de Automobilismo, garantindo que as marretadas no Nelson Piquet, falo do autódromo, só seriam autorizadas quando um novo autódromo estivesse concluído. Não há novo autódromo, a área que apontaram para isso é inviável por centenas de razões. Não é a vinda dos Jogos Olímpicos a responsável pelo fim do autódromo. Não haverá Jogos Olímpicos ali. O velódromo é inviável. O parque aquático, a céu aberto, idem. Ali hoje há um centro de treinamentos onde ninguém treina, é o máximo a que vai chegar até que as marretadas definitivas deflagrem a inauguração de um pomposo condomínio de luxo, porque Jacarepaguá, falo do bairro, já consta como Barra da Tijuca nas tabelas de cotações imobiliárias desde há muito. Contas bancárias vão engordar, não deve haver lugar no mundo onde quem tem a faca e o queijo nas mãos não aprecie uma boa tábua de frios ou um bom sanduba.

Ouvi durante o fim de semana do GT em Jacarepaguá, falo do autódromo, que a prefeitura aqui do Rio reserva uma verba até considerável à manutenção do autódromo, que de manutenção não recebe nada, há eras não colocam um parafuso novo no autódromo. Há instalações precárias, muito precárias, e confesso meu acesso de curiosidade sobre onde vai parar essa, hã, verba de manutenção. Ficou na curiosidade, sou péssimo investigador, pecado imperdoável para um jornalista, além do que eu tinha coisa bem mais importante a fazer, como dar risada, e ri muito na sexta-feira, lá mesmo, no autódromo, ouvindo boa música sertaneja em companhia de gente do bem. Ninguém que participe do rateio da tal verba, asseguro-lhes.

É errado dizer que o automobilismo do Rio acabou. O automobilismo daqui é forte, tem tradição, despeja há décadas ótimos profissionais no mercado das corridas. Acabou, sim, o autódromo – ok, a pá de cal virá só daqui a duas semanas, com o Brasileiro de Marcas. Há etapa do Moto 1000 GP marcada para Jacarepaguá no começo de dezembro, duvido que os promotores do campeonato não vão transferi-la para outra vizinhança. Quem é daqui vai espernear um pouco mais que quem é de fora, com o tempo as coisas vão se encaixando – já expus esse senso-comum em quantas situações aqui mesmo no BLuc? –, quem trabalha com automobilismo aqui vai se ver trabalhando noutras cercanias, já falam até em transferir as competições do Campeonato Carioca para Interlagos e Belo Horizonte, e acho que nesse caso à alusão correta seria a Santa Luzia, onde existe a pista de corridas do Mega Space. As pessoas se adaptam às coisas, mesmo quando as coisas são ruins, isso é uma das qualidades das pessoas.

No fim, foi legal ter conhecido Jacarepaguá, falo do autódromo a que dei tchau quando de lá saí horas atrás, tenho dessas bobagens comigo. Lamento demais sua morte. Sem corridas aqui, que pretexto vou ter pra vir ao Rio e conhecer o boteco do Cacá Bueno, cuja existência só me foi revelada ontem? Como é que vou descobrir o que havia no subsolo da torre de controle (e também só soube hoje, vi, que a torre tem um subsolo)? Quando é que vou transmitir uma corrida de novo tendo o Rodrigo Mattar como comentarista, algo que armamos no total improviso ontem para os internautas? Quando é que vou voltar com o Fábio Seixas ao Barril 8000 pra terminar de pagar minha aposta futebolística, já que perdi pra ele duas caixas de cerveja e ele só aguentou tomar sete garrafas, com ajuda minha e do Pedro Rodrigo? Será que um dia venho com a Juli e o Juninho ao Rio de Janeiro para voltarmos ao Cristo e andarmos no bondinho, como fizemos duas vezes na carona do calendário de corridas? Se não vier mais ao Rio, estarei condenado a nunca mais me empanturrar dos biscoitos Globo?

E, mais importante que tudo isso: onde o Plotter vai morar?

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O fim está próximo

CASCAVEL - Como a fila está extensa, há tempo para mais um pitaquinho: vale a leitura do artigo que o Américo Teixeira Júnior publicou em seu Diário Motorsport sobre a lenda do novo autódromo em Deodoro.

É a pá de cal para o automobilismo no Rio de Janeiro. Lastimável.

Jacarepaguá 78

CASCAVEL - Com a iminente extinção do autódromo, vamos ter de nos habituar a tratar Jacarepaguá como coisa do passado que já quase é.

Um bom exercício para isso está nesse vídeo garimpado pelo Du Cardim, com a íntegra do GP do Brasil de Fórmula 1 de 1978, aquele do histórico segundo lugar de Emerson Fittipaldi com o carro da Copersucar.

sábado, 14 de julho de 2012

Jacarepaguá, o fim

CASCAVEL - Em que pese a relevância do assunto, soa como falta de respeito aos promotores da Stock Car. O evento de hoje e amanhã no Rio de Janeiro, que também terá corridas da Copa Montana e do Mini Challenge, não tem sido tratado como sexta etapa da Stock, ou quarta da Montana, nada. Está sendo tratado, sim, como despedida da categoria de Jacarepaguá.

O autódromo vai ser demolido e acabou, tudo que se orou/implorou/apelou/alegou terá se tornado inútil a partir das marretadas mais contundentes da semana que vem. Há uma Olimpíada superfaturada, há uma especulação imobiliária, é tolice das grandes acreditar que há algum engravatado de caneta à mão com o mínimo de disposição para preservar o automobilismo no Rio de Janeiro.

Destoando da choradeira em voga, li há pouco as poucas palavras com que concordei a respeito do fim do Jacarepaguá. Foram escritas pelo parceiro Bruno Vicaria, repórter e colunista do Total Race.

Qualquer coisa além disso, infelizmente, terá sido papo de mesa de bar.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Árvores x corridas

SANTA CRUZ DO SUL - Embora tenha ido dezenas de vezes ao Rio de Janeiro, sempre para falar durante corridas ou escrever depois delas, conheço pouco a cidade. O itinerário de um fim de semana de corridas invariavelmente atém-se ao tradicional aeroporto-hotel-autódromo-hotel-autódromo-aeroporto, motivo pelo qual não sei picas do Rio. Sei que Jacarepaguá, onde ainda existe o autódromo, é Barra da Tijuca, porque um piloto de lá, para quem eu trabalhava e com quem não falo há eras, me contou.

Sem devaneios, fato é que não conheço o Rio. Mais que compreensível, portanto, que o nome Deodoro tenha sido de uma interrogação completa para mim quando surgiram os rumores, e não vão passar de rumos, da construção de um autódromo lá. Aí, dia desses, o Eduardo Homem de Mello fez e postou na internet um vídeo sobre a área onde as fadas garantem que vai haver uma pista de corridas. Publiquei o vídeo aqui no BLuc, inclusive.

Vendo-o, mesmo sem saber pra que lado aponta o sol em Deodoro, matei a charada sobre qual seria a desculpa oficial para o que todos já temiam, previam e sabiam: o ponto de fuga para os caciques do Rio estava, está, nas questões ambientais. Um sem-número de árvores iria abaixo caso alguém tivesse mesmo a intenção de construir o autódromo. Já estava, eu, escaldado com o argumento dos ecochatos, que travaram por 21 dias os trabalhos no autódromo de Cascavel porque o prefeito autorizou que derrubassem uma meia dúzia de pinheiros lá dentro para abrir espaço a boas áreas de escape. Dito e feito, as árvores já foram eleitas bode expiatório da questão.

Os defensores de causas automobilísticas não têm o hábito de aceitar com a devida naturalidade as fraquezas desse esporte, mas é de bom tom que se acostumem a mais essa: árvores são mais importantes que corridas de carros. E vai longe o tempo em que conviviam em plena harmonia, as árvores e as corridas.

terça-feira, 10 de abril de 2012

O "novo" autódromo do Rio

CASCAVEL - Vídeo indicado via Twitter pelo Eduardo Homem de Mello, que mostra o caminho de Jacarepaguá a Deodoro, onde duendes, gnomos e afins aguardam a construção do novo autódromo do Rio de Janeiro. Vale ver, primeiro.


Que me perdoem os entusiastas e defensores da causa "O Rio não pode ficar sem autódromo", mas minha modesta percepção vê fantasia demais na crença de que um novo autódromo seja construído em Deodoro. Pela área indicada no vídeo, um empecilho óbvio ao pretenso projeto seria a pentelhação dos ecochatos - basta ver a quantidade de árvores que seriam derrubadas para dar lugar à nova pista.

A menos que algum milagre preserve da sanha imobiliária o bom e velho autódromo de Jacarepaguá, que já não é lá tão bom desde que foi mutilado alguns anos atrás, o Rio deve mesmo ficar sem autódromo.

Normalmente erro quando dou pitacos sobre alguma coisa. Honestamente, espero manter essa média no caso de ora. Minhas reticências a respeito não me permitem sonhar mais que isso.