Pouco mais de um mês atrás, o site Grande Prêmio publicou uma matéria em que Tony Kanaan admitia a disposição de Rubens Barrichello de financiar sua participação na temporada 2011 da Indy. “Estou precisando dos meus amigos. O resto eu vou atrás e vou trabalhar”, foi o que disse Kanaan ao jornalista Victor Martins, editor-chefe da casa. Àquela altura, já se havia anunciado que o baiano, dispensado pela Andretti Autosport, iria defender a De Ferran-Luczo Dragon.
Ocorre que, todos sabem, Tony Kanaan não vai mais correr pela De Ferran-Luczo Dragon. Nem a equipe deve correr na Indy, essa é a verdade. É perfeitamente compreensível a posição do piloto de agradecer e dispensar a ajuda que lhe foi oferecida pelo irmão, amigo, colega de trabalho. Que, depois de duas décadas na Fórmula 1, vê-se numa posição confortável o suficiente, do ponto de vista financeiro, para prover um apoio desta envergadura.
Tony Kanaan está entre os profissionais mais competentes do ofício que escolheu para viver. Teria lugar certo em praticamente qualquer categoria a que se oferecesse. Mas sua paixão é a Fórmula Indy, não faz questão de esconder. Mesmo com o título de 2004, falta-lhe uma vitória nas 500 Milhas de Indianápolis, uma lacuna cujo preenchimento lhe parece ser questão de honra.
Eles, Barrichello e Kanaan, tratam-se como irmãos, e é um sentimento que nada tem de jogo de cena. Mantêm a amizade sólida há décadas, abraçaram em parceria a criação de instituto filantrópico, vivem disputando provas festivas de kart juntos. Rubens já confessou, tempos atrás, que a Indy lhe atrai, e admitiu que não considera a possibilidade de encarar a categoria, citando o receio latente de Silvana, sua esposa, quanto aos ovais norte-americanos. Rubens, aos 38 anos, aproxima-se da aposentadoria na Fórmula 1, embora evite o assunto – a mim, disse há algum tempo que a hora certa de parar é “quando o (preparo) físico for para o brejo”, o que pode avalizar sua permanência lá por mais algumas temporadas.
Diante dos fatos, Rubens há de nos dar licença para supor que manter – talvez chefiar, inclusive – uma equipe na Indy lhe poderia ser uma opção de negócio para o futuro, talvez o futuro que o aguarda antes mesmo de dizer tchau à F-1. Se um dia fizer isso, eu tenho o nome de um piloto para indicar a ele. O de um baiano que, apesar do conturbado momento profissional, parece estar de bem com a vida.
8 comentários:
Em se tratando de negócio, acredito que o Rubens sabe muito bem! Para quem veio de veio e onde chegou, o cara manda bem!
ele gosta bastante do esporte, gosta dos EUA e parece ter bom trânsito na terra dos ianques, + ñ tenho fé nisso.
o próprio Kanaan, disse em entrevista ao GP que Barrichello ofereceu grana a ele se precisasse, não seria a hora dele aceitar?
acredito q sim, e pq n tony e rb numa sociedade na indy?
eu acredito que sim!!!
se junta-se mais algumas pessoas talvez sim..mas sera que ele nao tava no meio alem da itaipava com o kanaan??
Excelente análise e visão dos fatos,até porque com a imagem do Rubinho,a captação de patrocinadores para a equipe e consequentemente para o Tony seria um pouco menos difícil.
Abs
Só não consigo entender uma coisa. Como o Gil e o filho do Roger Penske mais o Tony não conseguem arrumar patrocinio?
Equipe IndyBrasil c/Gil ,Tony e Bia c/prova no Brasil até 2019 (acho) e APEX + nosso etanol parece uma ótima plataforma de mkt p/nossas empresas, pensem aí, pode ñ ser p/já, quem sabe 2012?! #tamojunto, ABS!
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