quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Mais um membro no 'clã'

CASCAVEL - Tudo indica que os Sperafico, maioria deles de Toledo, cidade a uns 40 km daqui, formam a família de pilotos mais numerosa do mundo. Talvez mereçam, ou já tenham merecido, uma aparição no Livro dos Recordes por isso.

Recorde ou não, fato é que a representatividade dos Sperafico no automobilismo está aumentando. Desta vez é o Natan Sperafico quem está se preparando para estrear, em 2013, no Metropolitano de Marcas & Pilotos daqui. Aos 19 anos, vai disputar também o Paranaense com o Ford Ka da equipe do Eduardo Ferrari, a Sérgio Ferrari Racing Team – mesmo carro e mesma equipe que levaram Daniel Kaefer aos títulos do ano passado.

Natan, no último fim de semana, cumpriu uma bateria de treinos de adaptação que o levou a 85 voltas pelo autódromo de Cascavel, a melhor delas cronometrada em 1min20s005, segundo o próprio Eduardo. Um começo digno de observação.

A saga dos Sperafico no automobilismo começou nos anos 70, com Elói, Dilso e Milton disputando provas de Divisão 3. Milton foi destaque da Fórmula Ford na década de 80 e conquistou o título da classe B no Sul-Americano de Fórmula 3 em 1993. Seu filho Guilherme é, atualmente, um dos destaques da Sprint Race.

Os gêmeos Ricardo e Rodrigo, filhos de Dilso, são os Sperafico que foram mais longe no automobilismo, chegando à Fórmula 3000 internacional depois de uma carreira bem costurada em categorias de base, quando existiam categorias de base por aqui. Rodrigo foi ao topo do pódio na F-3000, inclusive. Ricardo testou carros de F-1 e correu na finada Fórmula Mundial – Alexandre Sperafico, primo dos dois, também correu na extinta categoria da Cart. Nos últimos anos, os dois têm-se dedicado à Stock Car, por onde também passou seu outro primo Rafael, o gente-fina da foto aí ao lado, morto em um acidente na etapa final de 2007 em Interlagos.

Teve ainda Fabiano, irmão mais novo do Elói, que participou da Fórmula Truck entre 2004 e 2005 (e mandava bem na pilotagem daquele Fordão, o Djalma Fogaça há de concordar comigo). E, além de todos esses, outro primo, Arlei, que tomou um caminho diferente do restante da família e foi atuar em competições de motocross no Centro-Oeste brasileiro. Dilseu Sperafico, pai de Natan, destoou do envolvimento da família com o automobilismo e optou pela carreira política.

A foto aí de baixo tem quase 11 anos. Foi tirada pelo Sérgio Sanderson no kartódromo de Interlagos, num raro momento em que todos os pilotos da família estavam reunidos para acompanhar os gêmeos na inédita etapa brasileira da F-3000. A partir da esquerda, e eles foram posicionados atrás do carro por ordem crescente de idade, aparecem Guilherme, Rafael, Ricardo (o titular do carro), Rodrigo, Alexandre, Fabiano, Milton, Elói e Dilso.

O colega Luiz Aparecido, que acompanhou como jornalista toda a saga dos Sperafico no automobilismo, costumava defini-los como clã. Vou na onda. Que o clã não pare no Natan.

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