terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Sertanejão na veia

Ouvi no som de uma Saveiro que passou na rua. Uma das músicas que a gente sempre fazia nos botecos nos tempos das primeiras duplas, primeiro com o Reginaldo, depois com o Lobo. "Nem dormindo consigo te esquecer", com Gian & Giovani.


Foi com o Gian e o Giovani, ou Aparecido e Marcelo, que vi pela primeira vez, no jornalismo, como de um limão se faz uma limonada - embora nós três, eles e eu, tenhamos saído daquela saia-justa tomando suco de laranja. Qualquer hora eu conto aqui.

Trânsito infeliz

Está aqui a matéria do "Bom Dia Brasil" sobre motoqueiros fazendo arruaça numa rodovia goiana. Vi a exibição na tevê enquanto tomava um café ali no boteco da dona Martina.

É pena que esse tipo de abordagem não dê em nada - no caso da turminha goiana, rendeu umas multas, motos apreendidas, debite-se parte disso à presença da equipe da televisão. Como comentei no Twitter, ainda durante o café, esse tipo de gente caga pra vida. A merda disso tudo é que esse crime não põe em risco só as vidas dos irresponsáveis infratores.

Temos por aqui dois ótimos campeonatos nacionais de motovelocidade, o Superbike Series Brasil e o Moto 1000 GP. Os espertalhões das rodovias - não só os de Goiânia que viveram inglórios instantes de fama na Globo -, se tivessem colhões para tal, poderiam encarar um dos dois. Se.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Quem esse cara pensa que é?

Quem esse cara pensa que é?

Foi essa, repleta de indignação, minha primeira reação quando desliguei o telefone durante um horário de almoço em 1998. A ligação, com uns 15 ou 20 minutos de duração, talvez mais, consumava uma entrevista com Rubens Barrichello para o meu jornal, deu página inteira numa edição de domingo.

Tenho o hábito besta, alguém já me alertou que é bem besta, de fazer distinção entre o Rubinho da Jordan e o Rubens de a partir de quando estava na Stewart, mais ou menos a época daquela entrevista, e sobretudo da fase da Ferrari até a de agora.

A entrevista. Em resposta a dada pergunta, algo sobre críticas ou rejeição, ou qualquer coisa nessa linha, Rubinho havia acabado de me dizer que quem não gostava de vê-lo correndo deveria trocar de canal na hora das corridas. Logo a mim, que assistia às corridas torcendo por Hill contra Schumacher em 95, por Villeneuve contra Hill em 96, por Schumacher contra Villeneuve em 97, por Schumacher contra Hakkinen em 98. Vê-se que já naqueles tempos eu era um pé-frio dos diabos.

Quem esse cara pensa que é?

Nunca fui exatamente um torcedor fervoroso de Rubens. Ou de Rubinho. A temporada de 1998 era a minha sexta como profissional no automobilismo, embora até então jamais tivesse pisado num autódromo fora do Paraná ou visto um carro de Fórmula 1, exceção feita à Williams do Piquet na reinauguração do autódromo de Curitiba, dois anos antes.

Não que até aquela altura ele, Rubinho, não houvesse proporcionado momentos que eu relacionaria com facilidade entre os que aplaudi. O trabalho na F-3 inglesa e na F-3000 internacional, que acompanhava em VTs pelo “Esporte Espetacular”, a pole em Spa/94, a grande atuação em Donington/93, numa manhã em que eu e dois amigos nos enfiamos num fim de mundo onde sinal de TV era milagre e, entre churrasquinhos e cervejas, cantávamos “ê, ô, ê, ô, o Rubinho é um terror” que nem uns doidos, e quando o carro quebrou mudamos a cantoria, sem qualquer preocupação poética ou com rimas, para “ê, ô, ê, ô, o Rubinho se fodeu”.

Aquele domingo de 93 trouxe, talvez, o momento em que mais torci por uma vitória de Rubens em seus trezentos e não sei quantos GPs. Chegamos, meus amigos e eu, e até hoje não lembro por que fomos parar numa garagem quase fora da cidade pra ver a corrida, a torcer por uma dobradinha brasileira com ele à frente de Senna, que era o ídolo da época, o nosso ídolo. Quebrou, paciência, ainda havia carne e cerveja, era isso que mais nos importava.

O que foi a carreira de Rubens de 93 até agora todo mundo sabe. E quem não sabe é porque não está nem aí para isso. A mim, pouco importava o que ele conseguisse ou deixasse de conseguir. Até aquela entrevista em 98, que valeu a Rubens Barrichello, de minha parte, uma frenética torcida contrária.

Quem esse cara pensa que é?

É uma pergunta que talvez nem o próprio Rubens pudesse responder, nem em 93, nem em 98. Nem em 2000, quando já não era mais Rubinho e teve um domingo inspirado e deu aquele show na corrida maluca de Hockenheim. Show com xis maiúsculo, diria um ex-colega de faculdade. Quem esse cara pensa que é?, foi o que pensei, enquanto a Ferrari atropelava o que lhe surgia à frente. Devo ter pensado isso. Pensei mais algumas coisas, que publiquei aqui.

E seguiram-se anos de altos e baixos, e todo mundo sabe como terminou a história de Rubens na F-1, pelo menos a fase dos primeiros 19 anos, já que ele admite voltar. Não volta. Semana retrasada, foi dormir com a certeza do emprego mantido, “dentraço” da equipe, para aplicar um termo que é dele próprio. Acordou com um telefonema do patrão, ex-patrão, “sinto muito, vamos renovar”.

Dentraço da equipe? Certeza? Mas, afinal, quem esse cara pensa que é?

Escrevi algumas linhas sobre Rubens dias depois do telefonema internacional que o pegou de surpresa – sim, posso afirmar: pegou-o de surpresa. Não as publiquei. Não me acho tão importante assim para opinar sobre tudo, como diria a Alessandra Alves. Lembro que escrevi sobre ter narrado a volta final de sua última vitória na F-1, uma TV na sala de imprensa mostrava o GP em Monza e eu me diverti, sem qualquer compromisso com isso, repassando aquele momento para o público que já acompanhava em Interlagos uma etapa do Itaipava GT Brasil. Lembro também que terminei o texto de dias atrás elencando algumas coisas que haviam faltado a Rubens em sua passagem pela Fórmula 1, a vitória no GP do Brasil incluída, e observei que essa ainda poderia ser compensada numa participação pontual na etapa da Indy no Anhembi. Ainda não havia vazado para a imprensa, quando escrevi aquilo, que ele iria testar o carro do irmão-camarada Tony Kanaan. Testou hoje, dia de sorrisos e veladas trocas de gentilezas na Flórida.

Há duas semanas Rubens perdeu o emprego. Lamentou com discrição, saudou o substituto e se mandou com seus moleques para a Disney. Está com a vida ganha, afinal. E hoje, perto dos quarentinhas, foi se esbaldar num carro da Fórmula Indy, e por lá deve ficar por um bom tempo, e depois talvez vá disputar corridas de longa duração, ou Nascar, ou GT, ou Stock Car, ou Truck, ou qualquer outra coisa, ou pode ser que vá para casa cuidar dos cães e contar histórias aos netos, e de modo ou outro vai ser assunto entre os que orbitam o automobilismo.

E não vai ser surpresa para ninguém se, agora fora do ambiente carregado que a F-1 parece impor aos que a frequentam, assumir maior habilidade para medir as palavras e evitar desgastes. Como também não vai surpreender viv’alma se, em via inversa, soltar o verbo de vez, falar o que lhe der na telha, doendo em quem doer. A mim, parece já ter adotado esse novo, hã, way of life.

É aí que eu pergunto: quem esse cara pensa que é?

(Nota: como ainda não aprendi a indicar os créditos no cantinho de cada foto, cito por aqui: a primeira eu subtraí do site da Indy sem muito escrúpulo, já que não estava na área de material copyright free; a segunda foi postada no Twitter do próprio Kanaan; a última veio também do Twitter, foi postada pelo Anderson Marsili, que é assessor de imprensa dos dois)

Luc Parade

O post de hoje mereceria uma hashtag como #ForçaWando. A partir de 1min39s do vídeo ouvimos "Safada", clássico dos clássicos, que coloca o Wando em qualquer Top-Night mundial, junto com Zé Augusto, Amadão e Zeca Pagodinho.


Porque um cara que canta as músicas que o Wando canta é imortal. E ponto final.

domingo, 29 de janeiro de 2012

O Milton no Hoje

Faz dias, ou meses, que estou para publicar aqui uma história sobre o Milton Serralheiro, uma traquitana que ele inventou e usou quando corria na Fórmula A. Para isso, até já fiz uma consulta ao Rodrigo Mattar, sobre um dado que anotei em algum lugar que não lembro, vou ter de perguntar de novo.

Enfim, não é só esse causo que está enroscado na minha correria. Algumas entrevistas que já combinei e não preparei, também. De qualquer modo, eu falava do Milton, que hoje ganhou destaque no jornal "Hoje", em matéria assinada pelo parceiro Fábio Donegá. Essa aí, só clicar para ampliar.

Convivi algum tempo com o Milton nas pistas, bastante tempo fora dela, mas o tempo de pista foi suficiente para me dar um feedback que eu deveria ter passado ao Fábio, se ele tivesse perguntado: a imprecisão das datas e outros dados. Praticamente todas as datas citadas no texto estão distorcidas, culpa da memória ruim do Milton, que não é uma boa fonte, e principalmente de ele nunca ter dado muita bola para informações tão precisas. Gosta, mesmo, é de contar bravatas.

Poderia, deveria, ter relatado ao Fábio a história do dia em que bateu num barranco e ficou sem cabeça, ou do garotinho de colo que o reconheceu na pista em Londrina pelo estilo da frenagem em determinada curva, quando mudou o layout do carro depois de anos.

Dessa do fogo no mato, honestamente, eu não lembro.

ATUALIZANDO EM 31 DE JANEIRO, ÀS 9h40:
Aí que o "Hoje" de hoje traz mais um pouco da sapiência inútil do Milton, que sempre sonhou ser dirigente de automobilismo para instituir regras que, em sua cabeça, funcionariam muito bem. Uma delas, que não está na matéria do Donegá, é fazer com que num grid que tenha, por exemplo, 26 carros, larguem 13 no sentido da pista e outros 13 na contramão...

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A criatura, 20 anos depois

Nilson Gomes Vieira é um papa da arquitetura no Paraná. Não sou eu quem vai contar a história dele para os que não a conhecem, minha competência não chegaria a tanto. O portfólio dele diz bem mais. Hoje, depois de anos, revi o Nilson, que desde algumas semanas atrás é nosso vizinho de porta aqui na galeria onde temos nossa agência jornalística.

Sujeito de bom papo, Nilson veio aqui para uma conversa despretensiosa com meu sócio. Política da boa vizinhança, sabe como é. Em dado momento, quando me incluíram na conversa, disse que já havia trabalhado pra ele. Ao semblante de estranheza, aquele de quem pensa “de onde conheço?”, refresquei-lhe a memória citando determinado período de 1992, quando cumpria meio período no escritório dele. “Você é o menino que trabalhava no jornal!”, ele reconheceu. Fiquei grato pelo “menino”.

Àquela época, primeiro ano do segundo grau, uma denominação que não se usa mais, eu cursava Técnica em Edificações. Na teoria, era minha incursão no mundo da engenharia, onde me meti por aconselhamento de amigos pela habilidade que tinha com os traços. Na prática, se tivesse concluído os três anos de curso, dele sairia credenciado a trabalhar como mestre de obras e, com dedicação, uma boa base para uma faculdade de Engenharia. A vida me deu outros rumos, é sabido.

Foi lá no colégio Polivalente que meu total desinteresse por determinada palestra sobre biologia (pra que estudávamos biologia num curso direcionado à engenharia?) me levou a rabiscar alguns desenhos bobos numa folha em branco de uma apostila. O rapaz ao lado achou interessantes os meus desenhos e pediu para eu ligar no dia seguinte. Era Marcelo, filho do Nilson, acabo de saber que hoje vive da área de educação física em Curitiba. No dia seguinte telefonei e fui convidado para trabalhar na NGV Arquitetura. Desenhando castores.

Tinha de 14 para 15 anos e passei semanas no estúdio do Nilson despendendo manhãs a desenhar castores. Em todas as situações que eu pudesse imaginar, foi isso que Nilson me pediu. Desenhava castores pela manhã, comia um cheese-salada e ia para a redação do jornal, onde gastava o resto do dia até a hora de ir para o boteco. Adolescentes de 20 anos atrás tinham rotinas interessantes, é o que eu sempre digo.

Na visita de há pouco, lembramos dos castores. Do castor. Ganhou um nome, Castorino, e até hoje é utilizado pelo Nilson nos materiais impressos dele – correu ali na sala dele e trouxe-me um prospecto. Duas décadas depois, observem só, fui rever o Castorino. Há mais no impresso que ganhei, chegando em casa eu compartilho mais alguns por aqui.

Os dois filhos do meu sócio, que também dão expediente aqui na agência, cursam Arquitetura na faculdade. Os dois têm, ali do outro lado do corredor, um acervo riquíssimo para estudos.

Acho que o Nilson não vai ter muito sossego daqui por diante.

Mais que mil palavras

Mais um videozinho interessante sobre essa coisa chamada automobilismo. Indicação feita lá no Twitter pelo Leonardo Gomes. "Foi um finlandês louco que fez, em homenagem à namorada dele", informou o Léo. No fim da edição há o contato do tal finlandês maluco.


Esse serviu, dentre outras coisas, pra lembrar que Erja Hakkinen é um espetáculo de mulher.

A alma do negócio

Essa apareceu agora há pouco no Twitter, foi postada pelo @snel.

"Quando a comunicação digital FALHA MISERAVELMENTE", foi a definição dele para o print que tirou da página do Zero Hora na internet. Definição melhor, impossível.

Sertanejão na veia

Começando a sexta-feira ao som de Munhoz & Mariano.

Já falei aqui que final de semana é a meia-noite do domingo e o correto é fim de semana, há quem use um discutível fim-de-semana, mas vale a moda.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Rubens, Tony, a Indy

O Rubens Barrichello postou a foto no Twitter (e depois "despostou"...), o Tony Kanaan também, metade do mundo que acompanha automobilismo retuitou e todos os blogueiros e saiteiros (!) reproduziram. Então, para variar um pouco, vou com a corrente em vigor.

A foto aí é de ontem, ou de anteontem, não importa, na sede da KV Racing Technology, equipe de Fórmula Indy onde já corre seu amigo-de-fé-irmão-camarada Tony Kanaan. Ele está no cockpit fazendo o molde para o banco do carro, já que vai testar um Indy na Flórida no começo da próxima semana. Aí todo mundo que não tem nada mais útil pra fazer da vida já está debatendo sobre o que esse teste representa ou deixa de representar, e de concreto mesmo sabe-se que é um teste e nada mais que um teste.

Claro que a coisa toda foi costurada pelo Tony, talvez como retribuição pela oportunidade que teve, seis anos atrás em Jerez de La Frontera, de testar um Fórmula 1 da Honda, que era a equipe de Rubens, foi o treino da foto aí de baixo, ação pela qual nutre especial gratidão ao parceiro. Tenho a impressão de que mais um conhecido meu participou da viabilização da experiência inédita do agora ex-piloto de F-1 na Indy, isso também não vem ao caso.

A propósito, escrevi algumas linhas sobre Rubens dias atrás, estão no computador lá de casa, e a notícia que vazou ontem, de seu teste na KV, torna-as um pouco mais inúteis do que seriam por natureza. Talvez eu as poste aqui quando lá chegar, à noite.

ATUALIZANDO EM 26 DE JANEIRO, ÀS 14h12:
Informa a Andrea "Deaindy" (alguém sabe o sobrenome dela?), também via Twitter, que a foto do Rubens é de duas semanas atrás. Em se tratando de Indy, se ela falou, eu não contesto.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O globo em que vivemos

Assim, do nada, tomo a liberdade de reproduzir aqui um comentário feito há pouco pelo parceiro e guru Lito Cavalcanti lá no Twitter, em mais de 140 caracteres.

Se você beber duas taças de vinho, corre o risco de ser preso nas blitzes da Lei Seca. Para fumar um cigarro é preciso sair de onde você está com seus amigos e se expor ao mau tempo, aos assaltos e à violência hoje tão comuns em nossas cidades. A partir de hoje, para fazer compras nos supermercados de São Paulo, vamos ter de pagar pelas sacolas plásticas. Será que por serem pagas elas são menos agressivas ao meio ambiente ou seria apenas uma questão de meter um pouco mais a mão nos nossos bolsos? Tudo bem, se é por um mundo melhor, vamos lá. Mas para coibir a corrupção dos governos, dos ministérios, do poder legislativo, a pusilanimidade do poder judiciário, que a cada dia se distancia mais da verdadeira justiça; os abusos da polícia, os desmandos de qualquer pequena autoridade, não se faz nada? O rigor da lei só se aplica a nós, os contribuintes? Até quando, Brasil? Até quando, brasileiros? Até quando, presidenta? Chega desse Brasil intolerante com os contribuintes e conivente com seus apadrinhados. Chega!!!

Vivemos mesmo num mundinho de merda. Num país de merda, sobretudo.

"Emoção e velocidade"

Maioria de vocês já devem ter visto esse vídeo que o Duhílio de Menezes me mandou pelo Facebook. "É por isso que eu amo automobilismo", ou algo assim, foi o que ele escreveu lá. Que seja.


Gente do calibre de Clark, Rindt, Fangio, Villeneuve - o que prestou -, Andretti, Mansell, Stewart, Prost, um enredo honesto. Fosse minha a produção, que é muito boa, haverá menos Senna.

Ainda assim, muito bacana.

Timão, 2012: o começo da saga

2012 começa com ares de rotina, mais um título do Corinthians. Ufa!, já fazia mais de um mês que não tínhamos festa de título, essas coisas às vezes preocupam. Agora o hiato vai ser um pouco maior, não há mais a Gaviões da Fiel no Carnaval paulista. Não gosto de carnaval, mesmo.

Um 2 a 1 de virada na final da Copa São Paulo, deixando tristinhos nossos adversários preferidos, os pós-de-arroz, que estão em extinção. Só uns cinco ou seis sobrevivem na fauna futebolística, aponta algum estudo.

Oito jogos, oito vitórias. Ao Fluminense, quatro finais consecutivas, quatro vice-campeonatos. Tadinhos. Para ilustrar, aleatoriamente, estão aí duas fotos produzidas pelo Fernando Donasci e publicadas nessa galeria aqui, do UOL.

Aqui é Timão, mano.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sertanejão na veia

A dupla acabou, o que é uma pena, mas cada um sabe de si. E acabou a dupla sertaneja, não a amizade entre Flávio e Thiago, ou Flávio Aquino & Gabriel, e é isso que vale. O que se leva da vida, afinal, é o convívio que se tem, ouvi isso dia desses e achei deveras verossímil.

A dupla acabou, mas a história ficou. Flávio Aquino toca a carreira solo, Thiago Diel assumiu o sobrenome verdadeiro e hoje se apresenta com nova formação de dupla, Franco & Diel. Um dos últimos momentos de Flávio Aquino & Gabriel foi "Criminosa incrível". Uma obra-prima, como dizem.


Orgulho danado de ter essa molecada na lista de amigos, algo que tem se tornado um negócio meio escasso.

Alemães novinhos em folha

As "bemas" chegaram, proclamaria meu impagável parceiro de ofício Edgard Mello Filho, a quem estou devendo um jantar já há algum tempo.

Não é novidade alguma, já que a assessoria de imprensa da categoria já distribuiu fotos e texto para todo mundo, mas vale a pena respingar aqui também. A temporada 2012 do Campeonato Brasileiro de Gran-Turismo - o novo nome, apesar de já especulado, ainda não foi anunciado oficialmente - vai ter a inédita presença de carros da BMW no grid.

Tricampeã da competição, a equipe de Antonio Hermann, que já atuou com o Porsche 996 e o Ford GT, será a representante da marca alemã. Hermann e o chefe de equipe Washington Bezerra afinaram todos os detalhes com a BMW Motorsport em Munique.

O modelo Z4, esse da foto aí acima, terá duas unidades na categoria GT3. Também haverá duas BMW M3, como a da foto aí ao lado, na categoria GT4. Os carros chegam ao Brasil no mês que vem e os pilotos, segundo Hermann, serão anunciados em breve. A equipe fechou o campeonato de 2011 tendo um dos carros pilotados por Valdeno Brito e Matheus Stumpf - que conquistaram o bicampeonato - e o outro por Aluízio Coelho e Juliano Moro.

E a equipe do Hermann é uma das cinco do automobilismo do mundo - é, do mundo! - que terão o apoio da BMW Motorsport. É para poucos.

Global cascavelense

Murilo Armacollo vai figurar bastante a partir de hoje à noite nos trending topics do Twitter, nos comentários ao telefone, nos palpites candidatos a teorias sempre absolutas sobre o que cada um faz e deixa de fazer da vida. É ele, Murilo, quem interpreta o personagem transexual que vai dar novo rumo à minissérie “O brado retumbante”, da Globo.

E por que cargas d’água estou eu, num blog que nada tem a ver com programas de tevê, falando disso? Só para fazer constar que Murilo, embora resida em São Paulo, onde estuda e pratica teatro, é um talento aqui de Cascavel. Seus familiares moram em Toledo, ou Marechal Cândido Rondon, cidades vizinhas, cada um tem uma versão diferente quanto a isso.

A página da minissérie no site da Globo fala mais do trabalho de Murilo na preparação para sua estreia na tevê. A foto aí, que fui buscar na internet, é do site EGO, foi produzida por Marcos Serra Lima.

Aliás, o Blogspot não tem uma ferramenta que permita indicar esses créditos ali no cantinho da foto?

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Crash!

Tenho sido de uma morbidez quase assustadora de uns tempos para cá. Agora à noite, por exemplo, flagrei-me vendo na internet vídeos de acidentes em corridas de automóveis.

De clique em clique, cheguei a esse aqui, que traz fotos e imagens de acidentes fatais na Fórmula 1 desde muito antes de ser Fórmula 1.


E tem a segunda parte, também, com muita coisa que a maioria do pessoal que passa os olhos aqui pelo BLuc vai lembrar de ter visto ao vivo, ou quase.


Nessas horas eu começo a pensar que o automobilismo não tem lá muito sentido. Mas só começo, depois paro.

Tela veloz

Dia desses falei aqui das 500 Milhas de Londrina, prova automobilística pela qual alimento um carinho especial.

Pois o incansável Beto Borghesi, um dos organizadores do evento, mandou por e-mail, agora há pouco, uma notícia bacana para quem curte o que o automobilismo brasileiro tem de bom - e não é pouca coisa -, e que vai interessar a muita gente: as 500 Milhas de Londrina de 2011, disputadas há pouco mais de um mês, estarão na televisão.

Um programa de 60 minutos foi preparado e será exibido pelo Speed Channel. Serão seis apresentações: nesta quinta, dia 26, a partir das 21h; na sexta, 27, com exibições às 10h e às 16h; no sábado, 20, novamente às 10h; no domingo, 29, às 23h; e na terça, 31, às 9h.

O Beto não informou, mas é bem provável qure a narração da corrida seja dele próprio. É polivalente, o meu parceiro londrinense.

Coloquem em suas agendas e prestigiem. As 500 Milhas de Londrina têm uma alma em dose que só quem gosta de verdade do automobilismo vai saber mensurar.

Sertanejão na veia


Fred & Gustavo, dupla da nova safra, como dizem. Com "Lendas e mistérios", uma das histórias mais bonitas que uma música foi capaz de contar nos últimos séculos.

Poderia ter entrado como "Luc Parade", mas foi gravada e divulgada como sertanejo universitário. Que assim seja.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Mundo sobre rodas

Era dia de chuva, não lembro se segunda ou terça-feira, eu já estava atrasado para o almoço com a galera aqui de casa, mas não podia evitar a parada não prevista quando vi essa joinha parada num posto de gasolina – que também vende etanol, óleo diesel, lubrificantes, chicletes, pão-de-queijo, pilhas e refrigerantes.

E lá fui eu, uma mão segurando o celular e acionando a tecla virtual que tira fotos, a outra protegendo o aparelho da chuva, menos fraca do que eu havia suposto. Mas valeu a pena. Não lembro de ter visto outro Simca Chambord na vida já não tão curta, embora já tenha feito test-drive no banco traseiro de um Simca Esplanada. No caso, só deitei no banco do carro, que apelidei de sofá à primeira vista numa brincadeira que não deixou a dona muito contente. Era, a Esplanada, da Lorena Manarin, parceira antiga do jornal, já deve ter vendido o carro há muito tempo.

Voltando ao Chambord, li agora na Wikipédia que foi o primeiro carro de luxo fabricado no Brasil, e também era o carro do patrulheiro Carlos, aquele do “Vigilante Rodoviário”. Recorro a esses sites porque, como já disse e repeti, não tenho qualquer intimidade com esse negócio de carros antigos, apenas acho-os bonitos pra cacete.

Lá no posto, debaixo de chuva, perguntei ao frentista, um conhecido de outros carnavais, se sabia de quem era o carro. Sabia, claro, e me falou, e conheço o dono. Não conheço, mas sei quem é, ele não me conhece, e casualmente encontrei-o ontem no estacionamento do Airton Macanhão, onde dividimos a lista de mensalistas.

É um carrinho ano 63, conforme delata a própria placa. Seu dono, empresário aqui da cidade e desde o ano passado um quase vizinho de porta, tem na garagem outros exemplares bastante interessantes, de outras marcas e épocas. Eu, tendo hipoteticamente à disposição a mesma frota, deixaria todos os outros carros em casa e iria de Simca Chambord para qualquer canto.

Talvez até seguiria a sugestão que me foi dada pelo risonho proprietário do carro quando, digamos, pedi licença para publicar as fotos já armazenadas.

Caçula das pistas

Parece que vão bem, obrigado, os preparativos de Thiago Marques e sua trupe para o primeiro campeonato da Sprint Race. A nova categoria trará à pista os carros concebidos alguns anos atrás para o campeonato da Super Clio, que virou fumaça depois de uma temporada completa.

Reflexo da idade, nem lembro quem foi o campeão daquela Super Clio. Lembro, sim, que Rafael Sperafico era o líder do campeonato e desistiu da disputa pelo título para fazer uma pequena cirurgia, e não teve tempo para liderar mais nada.

Falei algumas vezes com Thiago nas últimas semanas. A primeira coisa que quis saber dele foi se os carros da Sprint Race não seriam quinquilharias que ficaram em garagens e galpões por cinco anos e que estariam sendo postas na pista agora. Não são, segundo ele. Como os carros foram e são fabricados pela empresa da família dele - e disso eu não sabia -, é o projeto, em termos técnicos, que está sendo trazido à pista, claro que resgatando o que se pôde aproveitar daquela primeira empreitada.

A Sprint Race chegou a ser anunciada em 2011, em evento badalado, e tal. Virou em nada. Thiago Marques estava entre os cabeças do que se anunciou. "Acabei entrando em um esquema que era uma furada. Agora sou eu quem estou à frente do negócio", avisa. Ao que me consta, ele pretende conciliar a condução da categoria com a participação no Brasileiro de Marcas - passou vários dos últimos dias, inclusive, na sede da Moro, em Porto Alegre.

O carro foi esteticamente repaginado e já não tem cara de Clio. São 16 unidades construídas, os pilotos estão confirmando participação, e já são muitos, segundo relata o nem sempre inútil blog do Nei Tessari. O mês de fevereiro, adiantou-me o Thiago, será inteiro de testes. Sessões específicas para testarem câmbio, depois pneus, depois motor, passos escalonados. Serão 20 corridas distribuídas em 10 rodadas duplas, com exibição nalgum canal de televisão, ainda não se sabe qual. Informações precisas sobre o carro, sobre o evento, sobre tudo a respeito estão no site da categoria.

A observação que todo mundo faz é justamente sobre o carro, um carro de corrida de verdade, pela definição que já ouvi de muitos. Tenho impressão de que isso vai ser bem interessante.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Pintando o sete

Um dia depois da televisão reprisar à exaustão o acidente fatal de Ayrton Senna, eis que surge no Twitter esse, hã, exercício de arte assinado por Oleg Konin. Foi o moderféstico Léo Garcia que postou, dizendo que o desenho representa o desejo de toda uma nação, e não sei mais o quê.

A imagem é curiosa. E, sob o ponto de vista artístico, muitíssimo bem executada. Nada que me faça chorar.

Esse link traz mais pinturas do lituano Konin, várias delas abordando a Fórmula 1 e o próprio Senna. Essa aqui expõe um pouco mais de polêmica.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Rochel

E essa é a Rochel, banda que desde novembro ou dezembro do ano passado, acho que novembro, tem a Juli como vocalista.

A sessão de fotos pro cartaz aí ao lado e outros materiais de divulgação foi feita noite dessas, no clima de descontração que essa rapaziada mantém sem muito esforço.

Identificando os integrantes, portanto: Everton & Alex, dupla que não fica devendo nada em qualidade a nomes que vendem dezenas ou centenas de milhares de cópias – já avalizei isso várias vezes aqui no blog –, e a Juli. Depois, as dançarinas Juliana e Amanda, o Lucas Coutinho, gordinho quase elegante que reveza teclados, acordeão e passos de dança que aprendeu nas melhores domingueiras da cidade, o minibatera Júnior Durante e o baixista Magrão, cujo nome é um dos três maiores mistérios da humanidade.

Essa turma aí, como dizem, tira um som da melhor qualidade.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Fica pra próxima

Havia chegado, enfim, o dia do primeiro show de Luc & Juli para os amigos de São Paulo. Eu tinha anunciado aqui mesmo, no blog. E seria no ambiente das corridas, na programação das 24 Horas de Interlagos, e tudo mais.

Sem piada, dezenas de amigos mostraram euforia com a apresentação que faríamos em Interlagos no dia 25. Faríamos. Adiaram o evento, logo toda a programação de suporte à corrida também cai por terra.

Mas não passa desse ano um show da nossa dupla na cidade onde nasci, devo isso a muita gente. O mundo também não passa desse ano, afinal.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Zeca no UFC

A sugestão foi dada pelo alainprôstico Bruno Terena no Twitter, há instantes, enquanto todos aguardamos as lutas do UFC na Globo.

Zeca Bordoada, personagem do bom Guilherme Karan no extinto "TV Pirata", deveria ser o narrador dos combates na televisão, é o que pede o naso-retratista, que segundo dizem por aí já parou de mijar em flores.



Tirar o "TV Pirata" do ar foi um dos maiores pecados da Globo, aliás.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Pilotos-propaganda: Barrichello, o retorno

Ano passado lancei uma seriezinha aqui no blog que não iria longe. Menos por eu ser um péssimo blogueiro, mais por não haver tanto material disponível. O Bruno Vicaria se viraria bem melhor com essa ideia no espaço dele no TotalRace.

Salvo falha de memória, e a memória ainda vai bem, obrigado, foram quatro pilotos-propaganda: Nelson Piquet, Emerson Fittipaldi, Ayrton Senna e Rubens Barrichello. É só clicar nos nomes dos pilotos aí pra ver os comerciais de TV que cada um, hã, estrelou.

Enfim, achei que tinha abafado com a pesquisa dos comerciais de que Rubens participou, esses que você pôde ver clicando no nome dele no parágrafo anterior. Até que apareceu a Keli Saverio, que parece ser mais fã do piloto que ele próprio, e indicou mais uma carrada de links, todos aqui distribuídos. Agradecimentos à Keli pelo material, que ela me enviou há vários meses e que até hoje eu não tinha encontrado tempo para editar aqui. Então, lá vai.

Nesse aqui, Rubens dá um pitaco nas ações antitabagismo do governo de São Paulo.



Tem outro, com um certo tom de zoação. Rubens, que ainda aguarda Papai Noel trazer uma carta lá da Williams, interpreta o bom velhinho e diz que o serviço dos Correios é mais rápido que ele próprio. Parênteses: essa história de "bom velhinho" é algo como licença poética; acho a figura de Papai Noel de uma filhadaputice sem tamanho. Fecho parênteses.



O áudio tem pouca qualidade, mas se o sujeito da mesa ao seu lado fizer um pouquinho de silêncio você consegue ouvir. Em 1995, tempos de Jordan-Peugeot, Rubens também vestiu a marca. Será que ele tinha mesmo um carro desse? Já ouvi que eram seis. Enfim.



Também teve uma campanha de Rubens para a Net, operadora de TV a cabo. Nos últimos dias choveu no Twitter reclamações do serviço de internet da Net, parece-me que são a mesma coisa, não sei ao certo. E não, "choveu reclamações" não está errado.



E como Rubens reconheceu dias atrás que a amizade de Michael Schumacher lhe faz falta, vai aqui um filmete dos dois, quando parceiros na Ferrari, promovendo a Tic Tac - aliás, até hoje não sei se os Tic Tac são balas, pastilhas ou o quê. Gosto daquelas sabor laranja.



Michael e Rubens também aparecem juntos nesses comerciais da Vodafone:





Esse aqui, também para a Vodafone, pode sugerir várias piadas prontas, sobretudo para a torcida brasileira. Talvez o próprio Rubens possa nos fazer algum comentário a respeito, que tal?



Quem viu Rubens no comercial dos tênis Dynatech, que mostrei no primeiro post da série, talvez não o imaginasse fazendo propaganda de sapatos, e falando em italiano. Está aqui:



Os anúncios de Rubens são numerosos, como vemos. Agora é esperar o anúncio que ele próprio tem esperado com certa ansiedade. E que, palpite meu, deve sair na terça-feira, dia 17.

A alma do negócio

Hoje não é uma daquelas sacadas criativas que fomenta a série belúquica. Ainda que inadvertidamente, no entanto, não deixou de ser uma propaganda eficiente.

A Juli chegou há pouco do supermercado com algumas poucas sacolas, tudo que o parco conteúdo da porquinha de louça permitiu que comprasse. Observou que o queijo estava muito barato.

Estava, de fato. Fomos perceber agora, durante o café da tarde. Fomos rasgar a parte de cima da etiqueta adesiva, para não escancarar o nome do mercado, e acabamos danificando a parte onde daria para ler "apresuntado".

Seria mais fácil usar algum recurso de edição de fotos. Sou novo, ainda.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Compensação tuítica

Passei uns dias num rincão onde o grau de dificuldade é exatamente o mesmo para encontrar sinal no pente de internet móvel ou pepitas de ouro. Aleatoriamente, a operadora despejava uma remessa de tweets no celular, foi o que me permitiu acompanhar mal e porcamente o que a tuitosfera (não) estava pensando.

Foi a abstinência que faltava para atestar meu vício tuítico, para o qual ainda acredito haver cura. Sobretudo pelo grande número de mensagens que recebi manifestando preocupação com meu sumiço taimeláinico. Alguns tweets, que vou passar a chamar de tuítes, foram devidamente armazenados no meu caderninho de rascunhos e são reproduzidos aqui, para deleite daqueles que nada fazem a cada dia antes de ler minhas breves e valorosas pensatas.

Segue aí, pois, o que eu teria tuitado desde o dia em que saí de combate. A partir da indispensável leitura o ano de vocês pode começar. Ah, sim, e prometo nunca mais escrever “taimeláinico”.

3 de janeiro
Lugarzinho bonito e civilizado, até. E, pelo visto, ainda não descoberto nem por TIM, nem por Claro, nem por Vivo. Tem uma tevê, ao menos.

Começamos bem, com dois carros atolados na lama. Para evitar a fadiga, trabalhos abertos.











Teodora anda atacando de azul na novela. A cor dela é o rosa. As mulheres têm de se ater às suas cores, ora.

4 de janeiro
O Luc Júnior também começou bem. Caiu da rede e ganhou um puta galo na testa.











A prefeitura teve uma ideia de jêneo, e graças a ela todas as casas dessa região ficam sem água umas 16h por dia. Prefeito deve ser do PT.

Faltou um violão por aqui. Vamos dar um jeito nisso. Sempre damos um jeito em tudo.

Triste o noticiário da chuva em Minas. E por que a Patrícia Poeta (suspiro!) usa o escudo do Corinthians como pingente?

5 de janeiro
Vai começar o desafio. 12 pessoas que nunca se viram convivendo num ambiente, hã, hostil. É, amigo, vai ter amistoso da seleção brasileira.

O prefeito daqui é tucano, bisbilhotei hoje. E tem bom índice de aprovação. Tanto faz, o lance da água foi idiota do mesmo jeito.

E os ministros da Dilma, hein? O último que sair que puxe a descarga.

Luc Jr. se destaca por ser um carinha que se adapta a qualquer situação, é o que sempre digo.











Parece que “Os Normais - 2” não agradou. Eu gostei, ri bastante. Sou meio fora de mão.

6 de janeiro
A continuar assim, vou eleger todas as duplas sertanejas como a melhor de todos os tempos. Mas não vamos mudar o repertório.

Por falar em música sertaneja, acabamos de definir o repertório pro show de @Luc_e_Juli no dia 25 em Interlagos. Ficou bom, acho eu.

Tomara que barro não danifique a pintura. Ainda não lavei o carro.

Sempre quis fazer um carro de corrida com essas peças, nunca consegui. Os moleques conseguiram.











E o Luc Júnior, do alto de seus cinco anos, vai fazendo fila nos marmanjos que o desafiam no dominó. Eu nem me atrevo a enfrentar o hominho.

7 de janeiro
Inversão de papéis por aqui. Hoje fui eu a levar a Juli para o embarque – viajou a trabalho, volta amanhã. Ossos do ofício, e tal.

A passagem por Joinville, que é alvo de um quase bullying tuítico, rendeu muitas novas piadas sobre cidades ruins. Maioria cabem a Cascavel.

Hoje vi que levando o notebook lá pro meio do quintal o pente da Claro dá algum sinal. Muito empenho. Fico sem internet, mesmo. Faz bem.

Sabe o cara que vai pra longe de casa fazer o que nunca fez na vida? Esse sou eu, jogando bocha num sábado à noite. #tiozinho











8 de janeiro
Pedrão lembrou que a gente existe.

A cara do brother Nilceu Santos à bandeirada não disfarçou a decepção pelo terceiro lugar na Copa América de Ciclismo. Que foi muito bom.

O migué caiu, @BarackObama. Osama Bin Laden, que vende cachorros-quentes a alguns quilômetros, estava ontem no bar da bocha. E cheio da grana.











Vou aderir à tática pregada pelo @teojose: a partir do dia em que chegar em casa, só vou comer alface. Talvez me recupere em uns três anos.

9 de janeiro
A partir de hoje, atuo na assessoria de imprensa da Fórmula Truck. Desafio bacana, ambiente idem, e assim vamos em frente.

A Juli voltou com nosso violão. Desenferrujar é bom. Daqui a alguns dias, afinal, teremos o primeiro show em São Paulo. Ou os primeiros.

Que seria do mundo sem filas?, é o que me pergunto sempre.











Dia de notícias tristes. Pedrão, amigo desde quando tínhamos 6 anos, foi encontrado morto em seu apartamento. 12 facadas. O mundo é foda.

10 de janeiro
Dia de inventar alguma moda por aqui. É aniversário da @juli__monteiro.

Parece que o bicho está pegando com as taxas do autódromo de Interlagos, não consigo acompanhar direito. Bem, não é problema meu.

O show de babaquice começou e por três meses vai entreter meu amado-idolatrado-salve-salve país de merda. Espia lá.

E o dia termina com um bolinho, e tal. A Juli não deixou fotografar, só se tirasse as velinhas. Ficou sem a foto.

11 de janeiro
Pra que sair de casa se não for pra arrumar uma confusão, né?











Consegui rasgar o dedo em dois lugares. Anular direito, ou anelar direito, nunca sei. Logo sara.

Agora que me ocorreu: alguém lembrou de pedir aos parentes pra irem lá em casa colocar ração pro gato?

Hoje, fatalmente, vou perder o episódio da série sobre a Dercy. Por uma boa causa, ao menos. Menos mal que logo vai estar no YouTube.

12 de janeiro
Olhamos para o céu e concluímos: é hora de voltar. Além do mais vai ter show do Armandinho por esses dias. Melhor não corrermos o risco.

Caramba, esqueci de fotografar a pilha de latinhas de cerveja. Vão render um bom caraminguá ao tio da coleta seletiva. Boa viagem pra nós.

N.E.: A formatação de texto e fotos ficou horrível, eu sei; o Blogger mudou os comandos para esse tipo de coisa e tentar deixar os posts com uma cara mais ou menos ficou uma nhaca. Preciso reaprender a mexer com isso aqui.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Meu primeiro amigo

Estava lembrando aqui, Pedrão, que coisa boba foi o começo da nossa amizade. Classe inicial do primário, era 1984. Éramos quase 40 fedelhos naquela sala de aula no Jardim Maria Luíza, lembra?, e fomos logo nós dois a criar uma empatia.

Pois é, Pedrão. Analisando assim, posso dizer que você foi meu primeiro amigo. E era uma puta coincidência a gente morar perto um do outro, íamos pra escola juntos e juntos voltávamos pra casa, eu sempre parando duas quadras antes de você, mas quase sempre trocava a mochila por algumas bolitas no armário de brinquedos e lá íamos nós pra sua casa jogar às brincas, lembra disso?

Eu só não gostava de jogar com o Zé, que era mais velho e ganhava todas as partidas, mas o Zé era gente boa. Você teve o irmão mais velho que eu não tive. Anos depois, você sabe disso, o Zé virou meu parceiro nas atividades do grupo Mensageiros, e também parceiro de festa. Você e eu já tínhamos perdido contato.

Mas isso foi bem depois. Você e eu fizemos todo o primário juntos, foi uma convivência legal. Era legal nossos pais, os meus e os seus, terem se valido disso para criar, também eles, uma amizade legal. Fomos nós os responsáveis por isso, até hoje sua mãe frequenta a casa da minha, e a minha frequenta a casa da sua, e trocam coisas e convivem bem. Olha só que coisa legal a gente fez.

Até o segundo ano éramos você e eu indo pra escola, maioria das vezes a pé, poucas delas tomando carona na Kombi velha do meu pai. E quando mudamos, meus pais e eu, do Jardim Dona Juraci pro Parque São Paulo, lembra? Ficamos um tempo sem dividir o trajeto casa-escola, mas foi bem pouco tempo, lembro que logo vocês também baixaram lá pro Parque, sua casa nova bem em frente à nossa mercearia. Mundo pequeno. E no terceiro já éramos três, sua irmã mais nova entrou no primário, e lá íamos os três rindo e contando bravatas até que a sala de aula chegava. E na volta, eram mais e mais histórias. A gente arrumava bastante assunto, e se contentava com qualquer coisa, era divertido.

Aí concluímos o primário, e fomos pro ginásio, não lembro se você perdeu o prazo para a matrícula ou se tinha ido para outro colégio, mas lembro bem que logo você voltou pro colégio do Parque São Paulo, e não tinha mais vaga no turno da manhã, e lá fui eu cheio de autoridade falar com o diretor para abrir pra você a vaga de um ex-colega, desistente, e não houve acordo. Perdemos a convivência naquele 1988, mas no ano seguinte a gente foi junto pra fila da matrícula, pra não haver erro. Bom que nessa idade não havia malícia, senão seríamos chamados de viados.

E demos azar no sexto ano, conseguimos o mesmo turno, mas fomos parar em salas diferentes, eu na C e você na A, e gastávamos os minutos do intervalo de recreio mexendo com as meninas da quinta série, a Karen e as amigas dela, e elas não davam a mínima bola pra você ou pra mim, e estava tudo ótimo. É, a gente estava começando a olhar de um jeito diferente pras menininhas, e morria ali qualquer risco de sermos chamados de viados, enfim.

E a primeira vez que pisei na redação do jornal, lembra? Era julho de 1988, e quem é que estaria lá comigo se não fosse você? Fomos os dois visitar o estúdio do chargista, e eu voltei lá muitas vezes, e já contei isso pra galera que me lê por aqui, eu estava encantando com aquilo, com aquele ambiente que não te chamou tanta atenção. Sabia, Pedrão, que foi por causa daquela tarde em que a gente se enfiou num ônibus pra ir conhecer uma redação de jornal, e mal tínhamos feito 11 anos, que virei jornalista e narrador de corridas? É disso que vivo hoje.

Pois é, Pedrão. Passado o ginásio, a gente perdeu contato. Eu via você vez ou outra lá mesmo, trabalhando no jornal, não sei bem qual era seu contato no predinho ali ao lado, mas era ali que eu via você estacionar rapidamente aos fins de tarde, não sei se pra pegar documentos, ou buscar a namorada, ou o quê. Na verdade, ficamos anos sem contato, algo imperdoável, um erro a que nossas mães não se permitiram, acho que elas não passam uma semana sequer sem se falar. É bonita a amizade delas, e você e eu podemos nos orgulhar, digo de novo, fomos nós que proporcionamos isso a elas.

Até que voltei a encontrar você lá no Pantanero, no boteco onde toco umas modas sertanejas com a minha esposa. Lembro de ter visto você curtindo nosso repertório por lá, algumas noites. Da última vez, inclusive, cumprimentei você rápido e tirei o time. Se eu ficasse ali por perto da sua mesa arrumaria encrenca em casa. Pedrão, de onde saiu aquele time de mulheres bonitas que estava com você na mesa? Quatro ou cinco? Você daria conta do recado? Rapaz...

Então, Pedrão, essas dúvidas bobas daquela noite lá no bar, infelizmente, vão comigo pro caixão. Que merda, Pedrão. Eu aqui, longe, e recebo a notícia de que mataram você. Porra, mataram o meu primeiro amigo. A facadas, uma crueldade que dói em mim. Escrevo pra você e os olhos marejam, vou parar por aqui. Desculpa aí, Pedrão. Sou emotivo até com coisas bobas, que dizer de saber que fizeram isso com você.

O mundo é uma merda, Pedrão. Tomara que aí seja melhor. Quando eu chegar você me conta, meu brother.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Acordes do Ano Novo

Antes que pintem a Juli de cafona, o figurino aí da foto é um dos que ela veste para cantar músicas dos anos 60 nos shows da Banda Rochel. É a banda que acompanha os shows da dupla Everton & Alex, artistas de quem já falei várias vezes aqui, e desde o mês passado a Juli também está no time dos meninos.

Pois ontem foi ao som da Rochel que fizemos nossa festa, ali em Anahy. Festa patrocinada pela prefeitura, praça pública, a cidade inteira lá participando - quase literalmente -, um calor de rachar. Ouvi dizer que noutros lugares choveu, e tal, lamento muito pelos que não estavam em Anahy, mas ao contrário.

Palpite meu, que acompanho com algum conhecimento de causa esse negócio de música aqui e acolá: vai ser um ano interessante para o Everton e o Alex e a rapaziada toda que trabalha com eles, esse de 2012.

Aula à inglesa

Começou o Rali Dakar, que de Dakar não tem nada, e já morreu um participante. Esporte de risco, fatalidade, tudo aquilo que sempre se martela.

Coincidentemente, em se tratando de ralis, fui procurar hoje no Facebook um contato do parceiro Pedro Pimenta, que havia postado lá um vídeo do Colin McRae em ação no Rali da Grã-Bretanha de 2001. Faço meu o comentário do Pimenta: esse é para os que acham que guiam alguma coisa.


McRae, para quem não lembra, morreu em 2007 num acidente de helicóptero.