sábado, 18 de junho de 2011

O Hildebrando deles

Não que eu seja o cara ocupado do mundo, talvez o mais enrolado. Fato é que hoje consegui, no que mereceu um "por incrível que pareça" público, prestigiar os amigos que se encontraram na Granja Viana para uma corrida de kart, Copa São Paulo é o nome do negócio, categoria Pró-500. Entre os pilotos e sapos de plantão, Caê Coelho, Danilo Gaidarji com a Regi, Fabrício Vasconcelos, Léo Garcia, Marçal Melo, Pedro Queirolo, Paulo Tohmé, Pedro Rodrigo com a Natália, Rodrigo Duarte, Rogério Tranjan com a Cris, Ronei Rech, Torrão Ciotti e Vanuê Faria, que me perdoem os eventualmente não citados, puro esquecimento.

Papo legal, faltou a cervejinha que acabou ficando para o happy hour de amanhã – e ai de mim se furar com a rapaziada pela enésima vez... –, e muita risada. Sobretudo ao final dos 80 minutos da corrida, que teve 25 duplas na pista.

Nas voltas finais, busquei na referência visual quem eram os dois primeiros colocados. O líder era o kart azul número 45, não sei quem era o piloto. O segundo era o kart verde número 14, soube durante a premiação da classe Light no pódio, que era pilotado por Bruno Grigatti, a quem nunca vi mais gordo. Acabou, para desespero próprio, protagonizando o principal momento da corrida.

Bruno, por alguns minutos, conquistou minha torcida. Vinha sendo mais rápido que o “Azul 45”, assim vou chamá-lo para utilizar o termo empregado na locução de arena por meu colega Ademir Capelo. Estava chegando, teríamos disputa direta pela liderança nos últimos momentos. E tivemos.

A duas ou três voltas da bandeirada final, o Azul 45, e já dispenso as aspas para ele, saiu da pista. Foi tirado pelo verde, acusou, a meu lado, o Léo Garcia. Honestamente, não vi isso. Só vi Azul 45 fora da pista e o Verde 14, era assim que eu o conhecia até então, liderava. Até que veio a última volta.

Bruno Grigatti, já tomo a liberdade de tratá-lo pelo nome que levantei momentos depois, apontou na reta de chegada. Ficou em pé no kart, começou a dar socos festivos no ar. Era uma vitória, afinal. Seria. Ainda faltava uma volta. Bruno, por quem eu havia torcido tanto por vários minutos, errou nas contas.

A comemoração pelo que pensava ser a consagração na pista permitiu a Bruno cumprir lento a volta de desaceleração. Cumpriu-a literalmente. Tirou o pé, nem fez questão de se manter no traçado selecionado para o evento de hoje. Encurtou o caminho por algo como um anel externo da pista, o que imagino ser permitido para quem está na volta da vitória, e tomou lento o caminho dos boxes. Foi lá, na entrada dos boxes, que um bandeirinha avisou a Bruno que a corrida não havia acabado.

A foto lá de cima, distribuída aos quatro ventos tuíticos pelo Fabrício Vasconcelos, mostra Grigatti completando a corrida enquanto secava as lágrimas de decepção pelo erro que havia acabado de cometer. Dei um corte na foto, em que Fabrício destacou o piloto, e que também mostra a reação de parte da torcida presente. Houve reações festivas e hostis, intuí que Grigatti não é exatamente campeão de popularidade.

Parênteses sobre a foto. A mão enfaixada que aparece no lado direito é a do Sérgio Rodrigues, que tem alguma função importante na aviação. Semanas atrás, ele foi dar tchau pra hélice de um ultraleve e acabou dando tchau foi pra metade da mão. Fecha parênteses.

Enfim, Grigatti e seu parceiro acabaram desclassificados da corrida, parece que pelo corte de traçado na volta de festa que era na verdade a última volta da corrida. A vitória ficou com a dupla do Preto-e-Branco 71, para manter a lógica de nomes falsos, mas esse acabou punido em tempo por um toque logo após a largada no kart de Pedro Queirolo – assustei-me de verdade com a posição perigosa em que seu kart ficou parado na contramão, de frente para todo mundo; Queirolo, e até aquela altura eu nem sabia que se tratava dele, largava da primeira fila. Acabou vencendo a dupla do Preto-e-Vermelho 100.

Nada disso importou. A imagem do dia foi a da comemoração equivocada de Grigatti, que desceu a reta com estilo, em pé no kart. Foi pena. Eu, afinal, nem o conheço, e por motivos óbvios nada tenho contra ele. Mas parece que a rapaziada que corre na Granja Viana tem.

3 comentários:

Rodrigo Duarte disse...

De fato, não tenho o "verde #14" na minha lista de pilotos preferidos. Não o conheço. Não sei se é piloto ou dupla. Mas a história que começou numa das primeiras etapas da Copa SP desse ano, quando o kart TNT #13 da dupla P. Queirolo / W. Freire estava na ponta, com o verde #14 em P2, mas separados por alguns retardatários.
Pelo regulamento, lá pro meio da prova tem uma bandeira amarela pra juntar todo mundo. E, nesse dia, nessa bandeira amarela, o espertão #14 saiu ultrapassando todos os retardatários até ficar atrás do #13. Esqueceram de avisar que são proibidas ultrapassagens em bandeira amarela. Tomou stop-and-go, foi aplaudido (sarcasticamente, claro) pela torcida, a quem respondeu dando o dedo.
Esse verde #14 ainda precisa amadurecer muito antes de se achar tão bom.

Marcelo Ramaciotti disse...

Esse cara é um escroto. Pilota muito, mas é burro. Se fosse inteligente, estaria liderando o campeonato, com mais de uma vitória. Mas não, ele criou vários inimigos, incluindo-me, e não aparece nem entre os 10 na tabela.
Enfim, um dia ele aprende. Ou não. Hoje ele fez com que o Léo Garcia saísse do kartódromo com o pé enfaixado. Espero que não mate ninguém.

De Luca disse...

E pela primeira vez não corri, cedendo meu kart para o Danilo GAYdjardi, e perco esse espetáculo!!!! SE FUDEU GRIGATTI.................. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK