sexta-feira, 23 de novembro de 2012

E a Spyder Race, como fica?

SÃO PAULO - Quando comecei a desenhar a GT Party, sabia que teria de viabilizar alguns carros de corrida para expô-los em frente ao Ministterio Club no dia da festa - será sexta-feira que vem. O primeiro com quem falei, durante um café da manhã em Curitiba, na etapa do mês passado do Porsche GT3 Cup, foi o Henrique Assunção, que corre de Porsche e também na Spyder Race. De pronto, ele disponibilizou seu protótipo Spyder número 75, era só combinar como tirá-lo do autódromo e devolvê-lo lá.

Mas o carro não estará no local da festa. Nem a categoria estará na cidade do evento. A Spyder Race, por ora, acabou. A categoria, que compôs os cinco primeiros eventos do Brasileiro de Gran Turismo em 2012, já não esteve em Campo Grande, no último fim de semana, embora seu site ainda indique o evento de 17 e 18 de novembro na capital de Mato Grosso do Sul como próxima etapa. O reloginho do counter com a contagem regressiva para o próximo evento está zerado.

Agora há pouco, o Raijan Mascarello, que disputa o Brasileiro de GT na categoria GT Premium e também é vice-líder da Spyder Race, jogou a toalha. Em uma postagem de seu perfil no Facebook, afirmou que "não teremos mais corridas em 2013" e lamentou o fato do campeonato acabar "sem completarmos as provas necessárias para válidar (o campeonato) junto à CBA".

Alguém aventou comigo há dias, honestamente não lembro quem foi, a possibilidade da Spyder Race completar seu campeonato com rodada dupla no fim de semana anterior ao Natal, dias 22 e 23 de dezembro, com rodada dupla integrando a programação da etapa final do Paulista de Automobilismo em Interlagos. As indefinições quanto ao presente e ao futuro da categoria concomitam (putz!) com o processo de adoção de novas carenagens, que confeririam visual mais atrativo aos protótipos, e com a negociação de um novo pacote para fornecimento de motores visando à próxima temporada. Ninguém confirma se haverá próxima temporada. Ninguém sabe se a atual chega ao fim. Justamente no ano em que a categoria ensaiou até uma entrada na televisão, casualmente narrada por mim, como mostra o vídeo a seguir.

Convertida em Campeonato Brasileiro em 2010, primeira temporada completa da atual gestão da CBA - foi o ano em que o Porsche GT3 Brasil, já consolidado como evento, também ganhou o selo oficial de competição nacional -, a Spyder tem liderança do paulista Fernando Fortes, que está um ponto à frente de Mascarello, o placar é de 117 a 116. Há também a classe Light, que tem o paranaense Jansen Bueno, filho de Diumar Bueno, como primeiro colocado, 20 pontos à frente de Jefferson Leandrini.

A Top Series acabou antes de completar sua primeira temporada, a CBA chamou para si a missão de fechar o campeonato e, como paliativo (o termo está na moda), incluiu duas corridas já agendadas por promotores estaduais, uma no Rio Grande do Sul, que já aconteceu - até agora não sei onde foi, nem quando, nem quem ganhou -, outra na semana que vem, a anual e já consolidada 500 Milhas de Londrina. O Brasileiro de Rali, como informou o Américo Teixeira Júnior em seu Diário Motorsport, também acabou antes de terminar, se é que me entendem.

A coisa não está fácil.

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