Seguindo um hábito condenado pelo meu sócio Clóvis Grelak, parceiro de copo, eu já havia guardado do happy hour, para algo como um Orkut da vida, fotos minhas com Will Power, Sébastien Bourdais e Vitor Meira - vejam só, logo o Vitão, para quem trabalho há sete anos e com quem nunca tinha tirado uma foto.
Clóvis tratava de manter nossa mesa no concorrido drink hall, nome que inventei agora, do Holiday Inn, hotel anexo ao pavilhão do Anhembi, onde domingo vai rolar a corrida da Indy. Foi quando vi o cidadão. E, tal qual Armando Volta, fiquei na dúvida, "é ele, não é ele, é ele, não é ele...".
Na dúvida, e para manter o texto do mesmo personagem, abordei-o-o.
"Não é você o cara que o Castroneves catou pelos colarinhos em Edmonton?", perguntei. Antes mesmo que respondesse que sim, o sorriso com que reagiu não deixou dúvidas. Era Charles Burns, chefe da segurança da IndyCar, o primeiro que apareceu no caminho de Helio Castroneves depois do brasileiro ter confiscada - sem critérios sólidos, a meu ver - a vitória na etapa de Edmonton do ano passado. Quem não lembra do caso que vá pesquisar.
Naquele dia, o da corrida no Canadá, virei fã de Burns, e isso já comentei com um quaquilhão de pessoas. Sobretudo pelo modo como reagiu à abordagem de Helio - apenas baixou os braços e sorriu. Preparo puro. Fez-me lembrar, naquela ocasião de julho passado, Nando, baixista do Roupa Nova, história que conto por aqui em outra ocasião.
Hoje, fiz questão de tirar uma foto com Charlie. A de praxe vai lá pro Orkut. Mas, claro, vinguei Helio e catei-o pelos colarinhos, também. Ele, tal qual fez há nove meses em Edmonton, apenas riu. "Achei que os brasileiros me odiassem daquele dia para cá", admitiu.
É. Charles Burns não conhece os brasileiros.
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