Todo blogueiro de meia-pataca utiliza trocadilhos infames em seus posts, não sou exceção. Claro que não tenho nem motivos para falar do quebra-quebra do final do século 19 no sertão baiano, um episódio de cunhos político e religioso que dizimou um sem-número de pessoas e serviu para mostrar, na prática, que quem tem o poder nas mãos não está nem aí para os problemas sociais deste país que, em dias como hoje, não reluto em definir como uma porcaria completa. Sim, já existiam bestas no Brasil naquela época, e muito antes disso, também. Uma guerra que virou filme nacional em 1997, com direção de Sérgio Rezende e jogador da seleção brasileira de futebol atuando como figurante.
A guerra de canudos a que me refiro é outra, admite iniciais minúsculas. É a caça ao diploma, que termina hoje com a cerimônia de colação de grau. Que vai começar às cinco da tarde, um horário um tanto impraticável para pessoas que têm alguma ocupação, mas fiz esta observação ontem aqui em casa e minha esposa falou que nos filmes isso sempre acontece durante o dia. Enfim, estaremos no anfiteatro da Unipar, eu e mais trinta e tantos acadêmicos que compuseram a última turma do curso de Jornalismo, formandos de outro curso, acho que Estética, também vão receber seus canudos.
Sempre lidei com reconhecido azedume com os assuntos da universidade, como aqui no BLuc, mesmo, em posts como esse, esse ou esse. Cheira a injustiça da minha parte, tento admitir, poderia ter me esforçado para aproveitar de forma mais aprazível essa janela de quatro anos, que no meu caso foi de cinco, já que larguei mão da faculdade quando o Luc Jr. nasceu e voltei um ano depois. Tive mais de cem colegas de classe, tomei cerveja com poucos deles, foram poucas cervejas, também, essa é a conta que faço. Um colega que foi professor no quarto ano recomendou-me uma pós-graduação em Jornalismo Esportivo, já que é esta a área em que trabalho, tem outra instituição daqui oferecendo. Agradeci-lhe a indicação, mas não devo me matricular.
Essa é uma história minha que hoje chega ao fim com agradecimentos a fazer, arestas a aparar, atitudes a rever, bons momentos a recordar, também, é verdade. A vida acadêmica colocou pessoas na minha vida, também, e é sempre bom ter pessoas na nossa vida, boas e ruins. É isso que nos ensina a lidar com pessoas - conviver, confraternizar, compartilhar, debater, concordar ou discordar e seguir em frente, sempre.
Enfim, hoje termina a minha história com a universidade. No que diz respeito ao campo acadêmico, claro. Ainda tenho uma boa novela pela frente para ficar quites com a tesouraria. Diploma de jornalista onde faculdade pública não oferece o curso custa uma nota preta.
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