Brasileiro de Endurance, a novela sem fim

A Confederação Brasileira de Automobilismo lança mais uma tentativa de resgatar uma competição nacional da categoria Endurance. Quem levantou a bola foi o Rodrigo Mattar, que é meu amigo apesar de torcer pelo Fluminense. Em seu blog, o A Mil por Hora, o colega carioca fala hoje da nova Copa das Federações, que vem a ser um torneio com quatro etapas organizadas pelas federações.

Os direitos de promoção do Campeonato Brasileiro de Endurance foram negociados pela CBA com a SRO Latin America, empresa promotora do Itaipava GT Brasil – que está cada vez melhor, cabe frisar. Depois da primeira etapa, em Tarumã, a SRO oficializou sua desistência de organizar o campeonato.

As mudanças no comando do Brasileiro de Endurance acompanharam a transição na CBA. Até 2008, último ano de Paulo Scaglione presidindo a entidade, era Toninho de Souza, seu diretor de Marketing, quem mantinha o campeonato. Chegou a abrir o Brasileiro do ano passado em janeiro, com o GP Cidade de São Paulo, o da foto aí acima, que teve vitória de Chico Longo, Daniel Serra e Chico Serra, com uma Ferrari Scuderia. Em março, quando Cleyton Pinteiro sucedeu Scaglione, Souza recebeu um ofício de Nestor Valduga, presidente do Conselho Técnico Desportivo Nacional da CBA, informando prazo de 24 horas para recolher a taxa anual de R$ 160 mil, condição para continuar organizando a competição.

Insatisfeito com a condução da questão, Souza tirou o time de campo, deixando a CBA à vontade para promover o campeonato. Meses depois, em agosto, alegando ter recebido apoio de pilotos e equipes para tal, Souza propôs à CBA uma negociação para voltar a promover o Brasileiro de Endurance em 2010, diante do devido pagamento da taxa. Ficou sem resposta até novembro.

Desembarquei hoje em São Paulo e, depois de ler o blog de Mattar, telefonei para Toninho de Souza. Sugeri um café em seu escritório para pôr a conversa em dia. Ficou para amanhã. Pareceu-me ocupado.