Chego tarde a Interlagos. Mais que um defeito, é quase marca registrada minha chegar atrasado a qualquer lugar. Na maioria das vezes, justifico alegando que foi a patroa quem demorou para escolher o par de sapatos que combinaria com os brincos, mas Juli está a léguas daqui e não tenho desculpa alguma a dar.
Fato é que, ao pisar no autódromo, fui recepcionado pelo ronco dos motores dos Fórmula 1, o que denotava já passarmos das dez da manhã. Nada mal, já que o Porsche Cup, a quem devo alguma satisfação durante o fim de semana, só estará na pista ao meio-dia.
Faz um calor dos diabos aqui em São Paulo. Arrisquei a vir sem trazer jaqueta, uma decisão perigosa em se tratando daqui. Pode chover a qualquer momento, como ocorreu ontem, como deve ocorrer hoje, amanhã, domingo. Mas sempre tenho capas de chuva descartáveis na mochila, o que traz certo alívio.
Integro o time do Porsche Cup, que como é sabido terá duas corridas na programação preliminar do GP do Brasil, estou aqui para emprestar a voz às duas, há quem me avalize para isso. Cada louco com sua culpa, pois.
Sou parte desse belo time, embora, na chegada ao hospitality center da categoria, tenha notado que sou a única ausência na foto de todos os profissionais do evento, que mereceu um banner de, sei lá, oito ou dez metros quadrados. Também não vi o Luiz Pandini na foto. É possível que tenha sido encoberto por alguém de estatura normal. Enfim, da próxima vez que a Silvana e a Regina pedirem para eu chamar todo o time a um mesmo lugar pelo sistema de som, faço isso enquanto também vou para lá.
Agora, se me dão licença, vou dar mais uma olhada no treino da F-1. Até agora, só o que consegui notar é que o carro da Virgin é, disparado, trezentas vezes mais bonito do que a televisão deixa transparecer.
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