Podem me taxar de campeão dos lugares-comuns. De fato o sou, meu carente senso de percepção não me permite acesso a nada que você seguramente já não tenha concluído.
Chegando hoje cedo ao aeroporto, ainda em Cascavel, dei de cara com o jatão aí, da Polícia Federal. Vim a saber ainda lá, folheando o jornal enquanto tomava um café à espera do meu transporte, bem mais modesto, que o avião da PF ali estava por ter levado à cidade, no início da madrugada, dez bandidos envolvidos com a onda de terror que toma conta do Rio de Janeiro.
De Cascavel, a nova vizinhança embarcou nas vans que a levaria às acomodações da Penitenciária Federal de Catanduvas, a 60 km dali. E pelo que li na nota de capa do jornal Hoje, nosso moderno veículo ali repousava enquanto se aguardava a chegada ilustre do traficante Marcinho VP para conduzi-lo confortavelmente a Porto Velho - agora há pouco, lendo o Último Segundo, vi que o não menos ilustre Elias Maluco aproveitou a carona para o Norte.
Levam uma vida de regalias, nossos bandidos. Enquanto nos hospitais públicos da minha cidade, e da sua também, seguramente, cidadãos de bem padecem com a falta de leitos, de médicos, de ambulâncias, de medicamentos, de alguém que de fato se preocupe com seu sofrimento nas esferas onde essa dignidade deveria ser viabilizada por decreto.
É uma merda, esse nosso país.
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