quinta-feira, 3 de março de 2011

Espírito-de-porco (1)

Muito se discute e se tenta fazer por um trânsito menos violento. Só o que não se consegue é dar fim a espíritos-de-porco como o motoqueiro que fotografei momentos atrás, quando ia para casa almoçar.

O motoqueiro em questão - observando-se sempre a diferenciação com que trato motociclistas e motoqueiros -, em primeiro momento, me ultrapassou pela direita, algo que pelas bandas de cá e mais comum que deputado longe de Brasília numa sexta-feira. Avançou o sinal, inclusive, alguns instantes antes da luz verde, outra prática tão recorrente quanto impune da galera das duas rodas.

Alguns metros adiante, e isso a foto mostra com precisão, tomou veladamente a contramão da Rua Pio XII para transpor a fila de carros. O semáforo ainda permitia o tráfego pela Cuiabá, a rua transversão, e se alguém que viesse no sentido único da Cuiabá fizesse uma conversão à esquerda acertaria o infeliz em cheio. E teria sérios aborrecimentos, não há dúvida. Não consegui o terceiro flagrante, do motoqueiro tomando a Cuiabá ainda sob o semáforo vermelho

E antes que você me acuse por transgredir as leis de trânsito, já me defendo: o Código Nacional estabelece punição a quem fala ao celular enquanto dirige; não encontrei nada lá sobre motorista que fotografa ao volante.

Por aqui, afinal, sai-se bem de uma pendenga quem melhor lida com os furos da lei, não é isso?

2 comentários:

Carlos disse...

Caro Luciano.
A intenção foi boa, mas você cometeu duas infrações previstas pelo Código Nacional de Trânsito.
O artigo 169 diz que é infração "Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança".
Obviamente sua atenção estava voltada para o motociclista e não para o que ocorria à sua volta no tráfego.
Segunda infração, prevista pelo artigo 252 que diz: "Dirigir o veículo com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo ou acionar equipamentos e acessórios do veículo".
Claramente em desacordo com esse artigo pois ao fotografar o referido motociclista, seja utilizando um celular ou uma câmera fotográfica, pois você teve que empunhar o equipamento conduzindo o seu veículo com apenas uma mão.

Carlos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.