Bate-papo pela metade

Como sempre acontece quando venho a São Paulo, estou no quartel general do Pedro Rodrigo. Que é filho do Toninho de Souza, batalhador eterno do automobilismo e longe da condição de unanimidade nesse meio por vezes pútrido.

Aqui, consultando minhas mensagens, noto o press-release enviado por alguém cujo endereço eletrônico leva a crer que se apresente como Zezito - suponho que possa ser o amigo Zezito Linhares -, anunciando a realização dos Mil Quilômetros de Brasília, iniciativa da Federação de Automobilismo do Distrito Federal. Mostro-o a Pedro, que já o havia lido nesse link aqui, no blog inútil do Nei Tessari – o post reproduz o release, para o caso de você ter interesse em lê-lo.

Episódio corriqueiro, o do e-mail, e que acontece só seis dias depois da malfadada realização das 300 Milhas de Interlagos, competição que acabou acontecendo, sim, com 14 carros no grid, bem aquém do que se havia imaginado, projetado e anunciado, por motivos que não se comprovam e nem se compreendem. As 300 Milhas levavam, ou levaram, as assinaturas de Pedro e Toninho, não sei se nesta ordem.

Peço a opinião de Pedro sobre a realização da corrida brasiliense. Para minha surpresa, Pedro assente sem pestanejar. Diz-me que o caminho ideal é exatamente esse, o de fomento ao endurance para carros de fabricação nacional. E vai além, comentando que, mesmo sem ter qualquer envolvimento com a realização dos Mil Quilômetros de Brasília, ajudaria em tudo que estivesse ao seu alcance, para arrematar com um “eu não quero ser mais um dos babacas”.

Admito ter insistido bastante a Pedro para justificar a declaração. Tranquilo como quase sempre, pede-me para esquecer o assunto. E vai até sua geladeira apanhar uma garrafinha de It! Laranja.

Pelo menos traz um refrigerante para mim, também.