Não bastasse a zorra que é a fiscalização do trânsito de Cascavel, surge-nos um novo problema.
Fiscalização do trânsito, em tempo, é figura de linguagem. Só o que há por aqui é verificação de uso ou não de cartão do EstaR. Estacionou sem cartão, levou multa. Se cruzar o sinal vermelho na cara do agente da Cettrans e atropelar um idoso na faixa de pedestre, não há providência alguma.
Voltando ao assunto, a praga da hora é a atuação dos flanelinhas. A notificação dada pela Cettrans para a blasfêmia de estacionar o carro em área do EstaR sem cartão consiste na colocação de um talão preso pelo limpador de parabrisa e pela fixação de um pequeno adesivo no vidro da porta do motorista.
Como motorista notificado, via de regra, não dá gorjeta aos flanelinhas, eles têm tratado simplesmente de remover os adesivos e os talões do parabrisa. Motorista chega, ilude-se que não foi notificado por não ter usado o cartão do EstaR e, invariavelmente, despende algumas moedas ao flanelinha. Dias depois, é surpreendido em sua caixa de correio com a multa de cinquenta e poucos reais do Detran e a punição com pontuação na carteira de habilitação.
Alguma providência teria de ser tomada. Varrer os flanelinhas da face da Terra? Como diria um colega cá do escritório, "é muito empenho". Esperar que as notificações sejam enviadas por correio ao endereço do motorista? Difícil, isso implicaria custo e exigiria prazo maior para pagamento da taxa de regularização - esperar pelo dinheiro alheio é algo que, seguramente, não vai agradar aos nossos homens públicos.
Por enquanto, a única providência prática plausível é tomar uma gelada no fim de tarde para ajudar a raiva a passar. Ah, claro, desde que devidamente acompanhado pelo motorista da vez.
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