quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O Boto do Reno

Recebo, depois de recorrer à editora com alguns anos de atraso, “O Boto do Reno - as histórias de um repórter de Fórmula 1 pelo mundo”, livro que o jornalista Flavio Gomes lançou em 2005, quando eu ainda era piolho de jornal. Um recorte temporal facilmente identificável, já que habitei uma redação de jornal por quase 18 anos, mais da metade da vida.

Não vem ao caso. O “Boto” reúne textos que Gomes escreveu em suas andanças – ou voanças – mundo afora atrás do Mundial de F-1, que cobriu para um catatau de jornais, rádios, TVs e o cambau de bico. Devo ter lido maioria deles, já que O Paraná, o diário para o qual trabalhei durante quase uma maioridade, integrava a rede de jornais atendidas pelo baixinho jornalista. Lê-los-ei novamente, pois.

Gomes escreve com picardia. Sempre escreveu, há alguma dose de ironia até mesmo em seus textos informativos. Têm a cara dele, cabe a cada um concluir se isso é defeito ou qualidade – imagino o resultado de uma enquete eventual a respeito. Não é daqueles jornalistas amados ou odiados, como define o clichê. Via de regra, é só odiado, pelas posturas que assume. Costuma se lixar para o que pensam os outros e deixa isso muito claro, sobretudo em tempos de interatividade integral por conta dos mecanismos viabilizados pela internet.

Uma leitura bem-humorada, acima de tudo, foi o que me atraiu no “Boto”. Sou vagabundo para ler. Na faculdade, ensinaram que o bom jornalista deve ler ao menos um livro por mês. Alguns que conheço leem um por semana. Li uns três ou quatro na vida toda. Mas recomendo o “Boto”. Não me perguntem onde tem pra vender. Mais prático é tratar a encomenda por e-mail com a Alessandra Alves, da editora Letra Delta. O endereço é alessandra@letradelta.com.br.

"O Boto do Reno"? Que diabos tem isso a ver com F-1 e viagens? Está respondido em alguma das trezentas e tantas páginas. O “Boto” tem aplicações práticas, inclusive. Li um texto, só, e já aprendi a descascar batatas para as maioneses dominicais.

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