“Para, para, para!”.
Parar o quê, se estou só escrevendo meu modesto press-release e tomando meu café em São Paulo, um dia antes da viagem ao Rio?
É uma ordem estranha, sobretudo quando vem de um policial militar que desce correndo, arma em punho, da viatura parada bruscamente em frente à minha casa – em se tratando de São Paulo, já expliquei por aqui o lance da “minha casa”.
Pararam duas viaturas, uma em cada extremo da pequena rua no bairro Interlagos. Depois chegou mais uma, logo eram quatro. Pedro, Natália e Zoraide, meus anfitriões, saíram para tratar da vida, estamos aqui eu e os cães. E presenciamos, eu e os cães (como latem!, chega a irritar), a prisão dos dois marginais que tratavam de limpar a casa do vizinho do lado.
São organizados, os ladrões. Estacionaram em frente à casa do vizinho um Palio, que dali sairia abarrotado com tudo o que o furto pudesse render. Não contavam com o atendimento ágil da Policia Militar.
Armas não me assustam, é um erro de postura perigoso, e claro que me meti lá no meio da confusão. Só tive participação direta quando ouvi do policial a recomendação de não fotografar os ladrões, que chegaram num Palio de lateral amassada e estão indo embora agora no compartimento de carga de um Palio Adventure, bem mais novinho e com direito a motorista particular.
Ao longo da vida a gente vai experimentando sensações. E a de parabenizar um policial por um trabalho bem feito, acabo de tirar a prova, é muito boa.
ATUALIZANDO EM 5 DE SETEMBRO, ÀS 12h42:
O vizinho que mora sozinho na casa invadida acaba de chegar, trazido por um amigo. Uma equipe da PM ainda está ali, fazendo vistorias, laudos ou sei-lá-o-quê no dito Palio verde.
3 comentários:
Luciano Monteiro, o repórter!
Isso ae, responsabilidade social acima de tudo. Mesmo vc sendo do esporte, se arriscou com o jornalismo policial. E mandou bem!
O segundo comentario no seu post de hoje no Bluc é o melhor! kkkkkkk
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