Não há paparazzi aqui em Interlagos. Há no máximo os bons fotógrafos de sempre, já bem habituados ao mundo da velocidade. Mas, se o contexto do evento sugerisse a presença de paparazzi, eles seguramente estariam apinhados em frente ao box de Eric Granado.
Eric, um fedelho de 13 anos, tem motivos de sobra para se apresentar tão sorridente quanto na foto aí do lado, que me foi gentilmente cedida pela Sílvia Linhares, do Retrovisor On Line. Desponta como maior promessa da motovelocidade brasileira. Está por aqui para a disputa da primeira etapa do TNT Superbike, que integra a programação do GT Brasil. Não pilota uma moto com motor de 1.000 cilindradas, como os demais. Está na pista com uma relativamente modesta 125cc, adequada às limitações da pouca idade e moto com que vai atuar nas categorias espanholas onde tem sido destaque absoluto desde 2007.
Nos treinos livres de ontem, Eric surpreendeu. Foi apenas sete segundos mais lento que Bruno Corano, o mais rápido dos inscritos na Superbike. Sete segundos, numa pista de corridas, é uma eternidade, é certo. Mas, apresentada a diferença dos equipamentos, o hiato vira farelo.
Há pouco, no primeiro dos três treinos classificatórios, Eric e sua 125cc ficaram a 6s4 de Doca di Grandi, o mais rápido da manhã. Tem surpreendido. Claro que o menino não vai tomar parte do grid da Superbike, que no evento do fim de semana reúne mais de 50 motos. Tem apenas, e com todas as chancelas das autoridades desportivas, aproveitado a programação para os treinos de sua preparação.
Mesmo para os macacos velhos do automobilismo, o ambiente da motovelocidade desperta bom fascínio. O mestre Lito Cavalcanti, expert no assunto há milênios, não esconde o encanto diante do contato com o TNT Superbike - surpreendentemente uma novidade em seu currículo. E, credenciado pela vasta experiência no esporte a motor, decreta: Eric e Toninho Chiari, outro menino-prodígio das duas rodas, são o grato futuro da motovelocidade brasileira.
Garotada rápida e talentosa, essa.
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