E vai-se 2009. Sem deixar muitas saudades sob vários aspectos, um ano a ser lembrado por boas dádivas em uma série de outros. Como foram e serão todos os outros anos, diga-se.
2009 foi um ano de muitas perdas. No âmbito do automobilismo cá de Cascavel, não poderia deixar de lembrar, despedimo-nos de ícones como Delci Damian (foto) e Saul Caús. Gente que faz falta, gente que nos causa essa sensação enquanto ainda está entre nós. O esporte do Rio Grande do Sul perdeu Robson Walther a poucos dias do Natal. Um garoto de 28 anos que havia se acidentado semanas antes nos treinos para as 12 Horas de Tarumã. Não o conheci, acho, mas a morte de um piloto é coisa que sensibiliza qualquer um que faça parte desse mundinho chamado automobilismo. É coisa que, involuntariamente, transpomos para os nossos círculos de convivência. Em vez de Robson, poderia ter sido um piloto das categorias com as quais convivo mais. Tragédias como a de Robson são daquelas coisas que nos põem a pensar até que ponto o automobilismo vale a pena, mas a vida segue, o risco está implícito e é de conhecimento de todos que dele tomam parte.
2009 foi um ano de renascimento, também, principalmente pela vitória de Vanderley Soares, o intrépido fotógrafo que todos conhecem pelo apelido Zoião, contra o mal cardíaco que o manteve no leito hospitalar por longos 62 dias. Para quem ainda não sabe, Zoião saiu do hospital novo em folha, viajou para o Rio Grande do Sul para se restabelecer do drama e por lá, logo depois do Natal, casou-se com Ana Maria. Muitos amigos acompanharam aqui pelo BLuc todos os passos da situação de Zoião.
2009 foi o ano em que, quem diria, passei a ter um blog, algo para que achei que nunca teria paciência. Vá lá que o pontapé foi dado pelo Pedro Rodrigo, parceiro dos bons, que criou o espaço, pôs no ar, me ligou e falou “se vira para atualizar”. Claro que ainda não dou a isso aqui a atenção que deveria dar, ainda não me vejo como alguém que tenha tanto a dizer a ponto de manter um blog. Mas o BLuc está aí, expondo pontos de vista que em determinadas situações pode fazer alguma diferença para alguém. E reunindo amigos, o que é mais importante.
2009 foi o ano em que realizei uma vontade antiga, a de assumir uma noitada de música ao vivo. Foi no palco do Pantanero Bar que surgiu para valer a dupla Luc & Juli, eu com minha esposa, em shows de duas quintas-feiras em outubro e novembro. Bem diferente das “canjas”, das participações em karaokês. Compartilhei essa expectativa com os amigos nesse post aqui. Responsabilidade e motivação, algo muito gostoso. Música é o meu esporte predileto, para desespero de muitos meu estilo é o sertanejo. Mesmo estilo que Luc & Juli vão levar para o palco montado em meio a uma festa de rèveillon hoje, na Fazenda Morada do Boi. Sim, faremos o “show da virada”, o primeiro de muitos que deverão vir em 2010. Modéstia à parte, já que não tenho nenhuma, damos conta do recado.
2009, no campo profissional, foi o ano de que mais deverei ter boas lembranças. Lembro que desde que saí de casa para defender os meus trocados, curiosamente, foi o primeiro ano em que não estive no jornal O Paraná, onde tudo começou. Foi lá da redação do “Jornal de Fato” que comecei a me intrometer nas agendas de gente do ramo. Estive lá ontem tomando um café por conta da casa, inclusive. E foi o ano em que, finalmente, concluí a faculdade de Jornalismo. Tenho direito a cela especial se der um tiro na cara de alguém e, na declaração lavrada em cartório, não vou mais constar com repórter, agora o tabelião pode cravar "jornalista". Ah, terei acesso a algumas credenciais de trabalho daqui por diante, também.
2009 foi o ano em que passei 23 fins de semana fora de casa, viajando para locuções no automobilismo. Voltei a fazer parte do time da GT3 Brasil, fiz provas longas como Mil Quilômetros e 500 Quilômetros de Interlagos, fiz pelo terceiro ano consecutivo as 500 Milhas de Londrina, pelo quarto ano seguido a etapa brasileira do FIA WTCC e, pela primeira vez, as 500 Milhas de Kart da Granja Viana. Quase por acaso, acabei passando a integrar uma família muito bacana, a do Porsche GT3 Cup Challenge. Agenda corrida, trabalho aprazível, novos e diferentes desafios surgindo para o novo ano. Não há do que reclamar, eu deveria sim era agradecer ainda mais ao Capitão lá de cima.
2009. Neste ano também dei boas derrapadas ao microfone, como não? No Porsche Cup em Jacarepaguá, no calor de uma disputa em pista, disparei um “abrido”, em vez de “aberto”. Ridículo. Na GT3 em Interlagos, chamei Kaká Ambrosio de Cacá Bueno. Nas 500 Milhas de Kart da Granja Viana, chamei para o briefing obrigatório os pilotos das 500 Milhas de Londrina – prova em que atuaria na semana seguinte.
2009, o ano que foi. Há mais coisas a lembrar, avaliar, citar, celebrar. Coisas que, penso, não cabem compartilhar aqui com os amigos. Chegamos à bandeirada final de um ano que, espero, tenha sido de boas lembranças para todos. E, por que não dizer?, feliz ano velho.
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