sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Especial: Stock Car na era dos pontos corridos

Nas seis últimas temporadas, a disputa da oitava etapa do calendário tinha um significado especial. Era a corrida que definia os integrantes do Playoff, depois rebatizado Superfinal, fase em que os só os dez primeiros colocados na tabela da Stock Car tinham chances de conquista do título brasileiro. Praticado entre 2006 e 2011, sob clara influência da Nascar, o formato de disputa do título consagrou os quatro títulos de Cacá Bueno, em 2006, 2007, 2009 e 2011, além das taças de Ricardo Maurício (2008) e Max Wilson (2010).

Na temporada de 2012 a Stock Car retomou o sistema de pontos corridos. O sistema de bonificação por resultados também foi alterado, permitindo marcação de pontos aos 20 primeiros colocados em cada etapa. Apesar de praticamente dois terços do grid terem direito a pontos, Maurício é o único piloto a ter pontuado em todas as sete etapas já disputadas. Daniel Serra, Nonô Figueiredo e David Muffato chegaram também com pontos contabilizados em todas as corridas à etapa de agosto em Salvador, onde ficaram fora do grupo dos 20 primeiros.

O proveito total das oportunidades de pontuar permite a Maurício, da Eurofarma-RC, desembarcar em Cascavel como vice-líder do campeonato. Tendo como melhores resultados o segundo lugar na etapa do Velopark e os terceiros lugares nas corridas em Interlagos e Jacarepaguá, ele soma cinco pontos a menos que o líder Cacá Bueno. O carioca da Red Bull Racing credencia-se à disputa por seu quinto título pelas três vitórias que conquistou em 2012, nas etapas de Interlagos, Velopark e Londrina, além do segundo lugar nas ruas de Ribeirão Preto.

As sete corridas já disputadas tiveram quatro vencedores. O primeiro degrau do pódio também acolheu Valdeno Brito, da Shell Racing, em Curitiba; Daniel Serra, parceiro de Bueno na Red Bull Racing, em Ribeirão Preto; e Allam Khodair, da Vogel, nas duas últimas corridas, em Jacarepaguá e Salvador. As vitórias de Khodair, que está na foto aí ao lado comemorando o triunfo na Bahia e também figura na disputa pelo título do Campeonato Brasileiro de GT, onde compete com um Lamborghini – deixam-no apenas em 11º na pontuação, fruto, além da distribuição equilibrada, das três corridas consecutivas em que ficou sem pontuar.

Faltam cinco corridas para o término do campeonato. Depois de Cascavel, a Stock Car passará por Tarumã (RS), Curitiba (PR), Brasília (SP) e Interlagos (SP), onde dividirá programação com a rodada dupla final do Porsche GT3 Cup Challenge Brasil – a união das duas categorias num único evento é inédita. São 132 pontos em jogo, já que a última etapa valerá o dobro do habitual. Matematicamente, todos os inscritos têm chances de conquista de um título que a maioria das apostas reserva a quem estiver entre os cinco primeiros na tabela depois da etapa de Cascavel.


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