
A pista já existe tem uns cinco anos, obra e graça do piloto e empresário Eduardo Souza Ramos, merecedor absoluto de todos os cumprimentos que recebeu nos últimos dias pela iniciativa de construir uma pista de corridas literalmente no quintal de casa. Deve até ter se aborrecido, o Eduardo, foram milhares de apertos de mão e tapinhas nas costas como formas de reverência ao belo cenário que revelou para o esporte.
O Velo Città – na narração das corridas, eu pronunciava “velochitá”, acho que é assim que se diz – ocupa uma área de 20 alqueires na fazenda Paineiras, em Mogi Guaçu. A fazenda tem 480 alqueires, comporta e é rodeada por plantações de cana, laranjas, eucaliptos e mais um monte de coisas. Não anotei. Há ali, também, uma pista para prólogos de provas de rali, que não conheci.

Na semana passada, a trupe da Confederação Brasileira de Automobilismo havia estado por lá, vistoriando tudo para assinar a homologação do Velo Città. Que, uma vez disponibilizado para corridas oficiais, como as três de hoje, será - deveria ser, ao menos - tomado como referência pelos gestores dos outros 14 autódromos do Brasil. Que, na grande maioria dos casos, pouco poderão fazer para otimizar suas praças. Sou mais propenso a apostar que, dentro de dois ou três anos, mais alguma pista surja para o automobilismo brasileiro sob os conceitos praticados por Souza Ramos e sua equipe no Velo Città.
Que copiem e inovem, mesmo, os desportistas que dispõem de condições para tal e que topariam estampar no rosto, para si próprios, o sorriso de satisfação com que flagrei Eduardo várias vezes nos últimos dias. Imagino que tenha sido a satisfação de proporcionar ao automobilismo brasileiro algo que ele, o automobilismo, é incapaz de alcançar por si só.
1 comentários:
Que venham mais Velo Città's e Velopark's
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