À chegada em casa, percebo que estou entrincheirado. Quase literalmente.
Retiro a placa que interdita o portão de entrada, estaciono o carro e pergunto ao operário que cava uma valeta se é pedir muito querer saber o que está acontecendo ali. Cortês, ele me explica a necessidade de manutenção na rede de abastecimento, algumas casas da vizinhança estão sem água e uma ligação tem de ser feita a partir dos tubos que minha grama – já candidata a mato – cobre. Também ficamos com pouca água por aqui dias atrás, a Juli até imaginou que eu não tivesse quitado a fatura da Sanepar. A fama de caloteiro, que não tenho, chegou aos ouvidos dela.
Dou-me por satisfeito com a explicação e recolho-me aos meus sacros aposentos, para bem aproveitar a paz que a tarde escolar do Luc Jr. confere ao lar. Sossego que dura pouco, até começar a tremer tudo. Como a tradição sísmica de Cascavel é quase nula, corro lá fora temeroso quanto ao que possa encontrar. E um, hã, veículo um tanto maior que os de hábito está arrebentando a calçada do passeio. O sistema é bruto, diria um parceiro cantor.
Construtora CIM é a empresa que faz o trabalho, com um “a serviço da Sanepar” adesivado no carro. Disparei dois ou três telefonemas e auscultei (manjam “auscultar”?) que estão acontecendo reparos assim em vários pontos da cidade, e que algum tempo depois a própria companhia, ou uma terceirizada dela, trata de consertar o que tenha sido danificado.
Que seja, pois. Assim, meu único trabalho vai ser explicar pra Juli, quando ela voltar de viagem, os porquês da bagunça feita lá fora. Aqui dentro, conforme ela determinou, Luc Jr. e eu estamos tratando de deixar tudo nos trinques.
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