Tem coisa de três meses e meio que meu carro foi roubado debaixo da janela. Ok, furtado, ninguém foi feito refém, ninguém levou arma na cara, ninguém foi agredido, o que é o único saldo positivo do infortúnio bagunçou o fim do ano lá em casa.
Como em qualquer outro tipo de situação, é natural que desde então o roubo de carros, ou furto, tenha se tornado assunto bem mais recorrente nos meus contatos. Maioria esmagadora dos relatos, testemunhos, bravatas e afins apontam para o Paraguai. O Brasil é um pais tão de merda – pra aplicar aqui um termo que eu uso bastante lá no Twitter, país de merda – que não serve nem pra ter um vizinho de mapa-múndi decente. Tem a Argentina, que se preza um pouco, mas ninguém ouve falar de carros roubados, furtados, que tenham ido parar na Argentina.
Neguinho rouba seu carro aqui, ou furta, valendo-se da impunidade que há décadas apresenta-se quase como um regime de governo, cruza a ponte sem qualquer sobressalto e, uma vez do lado de lá, é dono legítimo do bem. Você pode encontrar o carro, ir lá com o delegado, o padre, o papa, o Vanderlei Luxemburgo, a puta que o pariu, que não tem conversa. Pode apresentar o certificado que for, foto, carnê, o raio que o parta, não adianta. Perdeu, playboy.
Não dá pra entender, de fato.
Faço questão de o mais rápido possível ter de voltar aqui e me retratar. Por enquanto, só pergunto: ô, Dilma Rousseff, quando é que você vai ter peito pra costurar um controle de fronteira condizente com o país que você acha que está fazendo dar certo? Quando é que você e sua trupe, que têm feito alarde achando ter elevado o Brasil acima de reais potências, vão acabar com essa putaria de gente de bem encontrar no Paraguai seus carros roubados, ou furtados, e nada poder fazer porque a lei do cão de lá se sobrepõe à de cá? Sabia que com isso você diminuiria também a farra do golpe do seguro, prezada presidenta? É interesse seu acabar com algum tipo de golpe nessa porra de Brasil?
Respondo por mim mesmo, já que a probabilidade de minhas linhas alcançarem o laptop da presidenta é quase nula. Nunca. Dilma e sua trupe, nessa questão fronteiriça onde o Paraguai acaba ganhando de goleada do Brasil, são tão bundas-moles quanto foram Lula, Itamar, FHC, Collor, Sarney... Chega, não tenho decorada a lista que poderia chegar ao marechal.
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