terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A epopeia de Rubens

Aí que o Rubens Barrichello convocou uma entrevista coletiva para o fim da manhã de quinta-feira, em São Paulo. Não vou conseguir acompanhar, mesmo com as facilidades da nossa época, vou estar a caminho de Foz do Iguaçu pra de lá começar a minha jornada de corridas da nova temporada.

Todos sabem, é o que concluo, o que será anunciado na coletiva: seu acordo com a KV Racing Technology para disputar a temporada da Fórmula Indy, que começa daqui a quase quatro semanas na Flórida. Desde que foi surpreendido com a perda da vaga na Fórmula 1, há 43 dias, Rubens tratou de respirar fundo e aproveitar o que lhe surgisse à frente. A oportunidade de testes em Sebring e Sonoma com o novo carro da Indy foi costurada por seu amigo-de-fé-irmão-camarada Tony Kanaan, a história já foi contada, recontada e requentada um zilhão de vezes. Não sei se há mais testes agendados.

Rubens vai anunciar que corre o campeonato todo pela KV, é o que se sabe. Dá pra confiar? Apesar da certeza absoluta que qualquer cone de pista tem a respeito, tenho lá as minhas ressalvas. Beirando os 40, com a vida ganha, a família e a fama pra curtir, em que pese sua inegável paixão pelo automobilismo, não descarto que nosso ilustre corintiano tenha reservado uma surpresa para abrir – ou acabar com – o apetite de todos momentos antes do almoço de quinta. Caraminholas da minha cabeça, que fico alimentando por minha conta e risco com base em detalhes que só devem chamar a minha atenção e de mais ninguém.

Costumo ser sempre contra a corrente em vigor e, diante disso, arrisco meu pitaco pra não dividir o prêmio do bolão com mais ninguém: na coletiva de daqui a 50 horas, Rubens vai descrever a experiência que teve em seus testes com o carro do Tony, definindo-a como um dos momentos mais divertidos de sua carreira, frisar o clima bonachão da categoria, a receptividade de Jimmy Vasser e seus asseclas, falar das boas impressões que teve do carro, e que o mundo da Indy é bem diferente do da Fórmula 1, sem recitar méritos ou deméritos.

Mais, vai revelar que tinha, sim, um contrato em mãos pronto para ser assinado, reiterar que está à disposição da equipe para alguma eventualidade do futuro – tendência total à SP Indy 300, no fim de abril –, deixar no ar a possibilidade de correr as 500 Milhas de Indianápolis pela primeira vez e confirmar que não, não vai participar do campeonato. Foi bom enquanto durou, e tudo mais, mas fica pra próxima.

Às vezes acerto alguns palpites. Esse é um, sujeito aos teoremas do copo meio vazio e meio cheio. Anotem-no, pois.

1 comentários:

Rodrigo disse...

Rubens Corre pela KV em 2012, anote ai!