Domingo tem corrida da Stock Car em Brasília, penúltima do ano, penúltima do Playoff, que agora é Superfinal. É corrida que pode até definir o tetracampeonato de Cacá Bueno, embora a aposta maior, inclusive dele próprio, é de que o campeão de 2011 saia no dia 6 de novembro, no Velopark.
O BLuc, que mantém convênio com DataLuc, faz, como sempre, as contas que escancaram ou delimitam as chances de título de cada superfinalista (?). Os três primeiros colocados no campeonato vêm dominando a categoria há seis temporadas - Cacá Bueno foi campeão em 2006, 2007 e 2009, tendo suas conquistas intercaladas pelo título de Ricardo Maurício em 2008. Max Wilson, que chegou à Stock Car em 2009, foi campeão no ano passado.
Sem mais delongas, vamos aos números do instituto chutístico.
1º) CACÁ BUENO, 255 pontos
O carioca da Red Bull-A. Mattheis liquida a fatura sem contas se ganhar a corrida da semana que vem em Brasília e Wilson não for o segundo. O tetracampeonato virá com dois segundos lugares se as duas vitórias não forem nem de Wilson e nem de Maurício. Um terceiro lugar será suficiente para o quarto título se o melhor resultado de Wilson for um segundo lugar (desde que não se repita nas duas corridas) e Maurício não vencer nenhuma corrida. Qualquer resultado aquém do terceiro lugar servirá imediatamente como descarte. De 10 corridas já disputadas em 2011, foi vencedor de três.
2º) MAX WILSON, 248 pontos
Ganhando as duas, acaba com a festa. Com dois segundos lugares, leva o segundo título consecutivo, desde que não haja vitórias de Cacá. Dois terceiros lugares lhe podem ser suficientes, se o melhor resultado de Cacá for um quinto lugar e a campanha de Maurício se resumir a um segundo e um quarto lugar, ou a uma vitória e uma corrida fora do pódio – nesta hipótese, Camilo não pode ganhar as duas corridas e Popó tem de ficar limitado a dois segundos lugares, ou a uma vitória e uma corrida fora do pódio. Dois quartos lugares podem ser suficientes a Wilson, desde que terminando à frente de Maurício, seu companheiro na Eurofarma-RC Competições, e com Cacá tendo um oitavo lugar como melhor resultado.
3º) RICARDO MAURÍCIO, 246 pontos
Dispensa a calculadora e chega ao segundo título se ganhar as duas corridas que tem pela frente. Ou mesmo com uma vitória e um segundo lugar, se não houver mais nenhuma vitória de Cacá. Esta combinação permitiria até mesmo uma vitória de Wilson, desde que o outro resultado do atual campeão não o levasse ao pódio. Dois segundos lugares seriam suficientes a Ricardinho, também sem que houvesse vitórias de Cacá ou de Wilson – Popó e Camilo poderiam vencer uma, no máximo. Sua matemática é bem parecida com a do parceiro Wilson, o que pode sugerir, de acordo com o resultado em Brasília, a conveniência de um trabalho em equipe na etapa final de daqui a duas semanas no Velopark.
4º) POPÓ BUENO, 233 pontos
Tem falado bastante no eventual primeiro título na Stock. Para chegar lá, o piloto da CompraFacil.com/A. Mattheis depende, na hipótese mais viável, de vencer em Brasília e no Velopark, desde que o irmão mais velho, líder do campeonato, não seja segundo em nenhuma das duas. Com dois segundos lugares, Paulo Eduardo fica na dependência do melhor resultado de Cacá ser um oitavo lugar, de Max ser no máximo quarto em uma corrida e quinto em outra e de Maurício e Camilo não estarem mais entre os dois primeiros colocados. Dois terceiros lugares, por exemplo, praticamente inviabilizam o título inédito de Popó – um 15º lugar de Cacá, neste caso, já o tiraria de combate.
5º) THIAGO CAMILO, 225 pontos
Vive uma inesperada condição de franco-atirador, depois de fechar a fase de classificação, compreendida pelas oito primeiras corridas, como líder isolado, com três vitórias - uma delas foi comemorada na Corrida do Milhão. Se ganhar as duas que faltam, a única combinação necessária ao primeiro título do piloto paulista da RCM-Ipiranga será Cacá e Max não repetirem segundos lugares. Uma vitória e um segundo lugar também resolvem a vida de Thiago, desde que não haja uma vitória de Maurício ou de Wilson. Cacá, neste caso, teria de ficar fora do pódio nas duas corridas.
6º) LUCIANO BURTI, 223 pontos
Vencedor da etapa de Campo Grande, o piloto da Itaipava Racing foi décimo em Santa Cruz do Sul e sétimo em Londrina. Para ser campeão, basta-lhe vencer em Brasília e no Velopark, desde que Cacá não esteja entre os cinco primeiros em nenhuma delas. Wilson teria de se limitar a uma vitória e uma corrida fora do grupo dos cinco primeiros, ou a um terceiro e um quarto lugar. Neste caso, Maurício até poderia vencer uma corrida, desde que não fosse ao pódio na outra. Com uma vitória e um segundo lugar, Burti dependeria de Cacá ter o décimo lugar como melhor resultado, de Wilson não ficar nenhuma vez entre os quatro primeiros, de Maurício ir ao pódio uma vez só – e em terceiro – e de Popó e Camilo, caso conquistem uma vitória, ficarem no máximo em sexto lugar na outra corrida.
7º) ALLAM KHODAIR, MARCOS GOMES e ÁTILA ABREU, 216 pontos
Empatados, os três seguem exatamente a mesma matemática para considerar a retoma chance de título. Allam, da Blaü-Vogel Motorsport, tem como melhor resultado na Superfinal o sexto lugar em Londrina – em Santa Cruz do Sul, abandonou. Marquinhos, da Medley-Full Time, teve confiscados os pontos do segundo lugar na etapa gaúcha e ficou em nono na pista paranaense. Átila, piloto da AMG Motorsport que já foi parceiro de Sebastian Vettel no automobilismo europeu, zerou na primeira corrida da fase decisiva e foi desclassificado na segunda, por conta de seu envolvimento em um acidente. Para qualquer um dos três poder pensar em título, vencer as duas corridas que restam é quesito praticamente obrigatório. Ainda assim, seria necessário que o melhor resultado de Cacá nas duas corridas seja um sexto lugar. Max e Maurício podem até abiscoitar um terceiro lugar, cada, desde que seus outros resultados sejam no máximo um sexto e um quarto lugar, respectivamente. Uma vitória e um segundo lugar também podem ser suficientes para o trio que divide o sétimo lugar. Para este caso, o melhor resultado de Cacá teria de ser o 11º lugar, Wilson não poderia conquistar nada melhor que um quinto lugar (mesmo que nas duas corridas), Maurício teria de ficar fora dos dois pódios. Popó Bueno poderia até ter uma vitória, desde que fosse no máximo sexto na outra corrida. Thiago Camilo teria de ficar limitado a uma vitória e um sexto lugar, ou a um segundo e um quarto. E Luciano Burti estaria limitado a uma vitória e um terceiro lugar. Átila, por somar duas vitórias na fase de classificação, poderia ser campeão no critério de desempate, com a matemática permitindo oscilações nas posições limitadas de Popó, Thiago e Luciano.
10º) DANIEL SERRA, 215 pontos
Sua chance de título exige, além das duas vitórias, que Cacá, seu parceiro na Red Bull-A. Mattheis, fique fora da lista dos seis primeiros colocados nas duas, com Wilson sendo no máximo sétimo e Maurício não passando da quinta posição em uma delas. Se ganhar uma e for segundo em outra, Serrinha dependerá de 12º lugar e uma prova zerada de Cacá, sem que Wilson seja um dos quatro primeiros colocados em qualquer uma das etapas, sem que haja vitória de Maurício, com Popó ficando uma vez fora do grupo dos cinco primeiros e Camilo uma vez fora da lista dos seis primeiros.
Além dos irrefutáveis números aqui apresentados, resultado de centenas de páginas rascunhadas (deu pau na central de computadores do DataLuc...), a outra estimativa publicada acerca da decisão do título da Stock Car foi feita pelo Nei Tessari - que, sem neurônios suficientes para lidar com números, fez esse cálculo aqui, sem pé nem cabeça, em seu blog Bobo da Corte.
Os cálculos são um tanto inúteis, sob determinado ponto de vista. Mas o post está muito bem servido de imagens, obra e graça do Duda Bairros, fotógrafo da Stock Car.
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