segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Cascavel: o bonde da história (2)

Ontem, para quem não sabe, aconteceu uma corrida histórica no Autódromo Internacional de Cascavel. Foi a última etapa do Campeonato Metropolitano de Marcas & Pilotos. Dela, só sei que o grid teve 19 carros nas três subdivisões, e que o Beto São Judas cruzou a linha de chegada em marcha à ré depois de um acidente com um piloto novato em plena reta final da segunda bateria – o mesmo que Clemente Lunardi fez no Rio de Janeiro na oitava corrida do Porsche GT3 Cup de 2010, naquele caso para ser terceiro colocado.

Enfim, foi uma corrida histórica. Especificamente por ter marcado o encerramento das atividades no Autódromo Internacional de Cascavel, há alguns anos batizado com o nome de seu fundador Zilmar Beux, antes do fechamento para a reforma que a prefeitura de Cascavel deverá empreender já a partir deste mês de outubro, para devolver a cidade ao calendário nacional. Há, desde já, um esforço para que Cascavel possa receber já em 2012, se o mundo não acabar, os grandes eventos nacionais, e nesse contexto fala-se com maior contundência da segunda etapa da temporada da Fórmula Truck, no mês de abril, embora disso não haja qualquer confirmação oficial.

Todos duvidaram da tão propalada reforma. Eu, inclusive, conforme registrei aqui mesmo, no blog, nesse texto de mais de dois anos atrás. Uma vez vindo a efeito – e acredito que será feita, mesmo –, essa reforma poderá ser também o embrião para a retomada de um dos eventos que jamais deveriam ter ficado fora do calendário: a Cascavel de Ouro. A propósito disso, tratei de resgatar lá na Gazeta do Paraná um exemplar da edição de 26 de novembro de 2006, que destaca uma matéria que fiz sobre o resgate da história da corrida mais importante da história daqui.

Falar sobre a matéria que fiz é quase um eufemismo. Melhor seria falar sobre a matéria que escrevi, já que foi essa a minha única contribuição, tê-la escrito. Todo o levantamento, a pesquisa, a conferência dos subsídios levantados e a compilação de números e dados foram executados pelo Jaci Pian.

À época, cinco anos atrás, Jaci e Clóvis Grelak, meu sócio aqui na agência, desempenhavam um trabalho louvável de resgate da história do automobilismo de Cascavel. Trabalho que tinha também uma contribuição da Aragana Santucci e que resultava em uma página mensal, na Gazeta, sempre contando particularidades da rica história do automobilismo cascavelense, enaltecendo eventos, personagens e curiosidades. Não sei por que cargas d’água ainda não transformaram esse material em livro.

Há cinco anos eu era do time do O Paraná, concorrente direto da Gazeta, e por isso não me envolvia com esse garimpo, o que era uma pena. No caso do resgate da Cascavel de Ouro, acabei socorrendo o Jaci com o texto final – o Clóvis, que sempre fazia isso, estava fora de combate, acho que viajando, tinha ido a Caruaru, ou a Buenos Aires, ou a Campo Grande, a gente nunca lembra direito dessas coisas. Minha modesta contribuição rompeu com veemência o limite da ética, mas foi por uma boa causa. Por motivos óbvios não assinei a matéria no jornal concorrente.

Enfim, tratei de resgatar o material que resgatou a história da mais bela corrida de todos os tempos. Vou reproduzi-lo aqui no blog, ainda hoje.

Chamada de capa para a matéria que escrevi com a apuração de Jaci Pian, na Gazeta do Paranáde 26/11/2006: foi o resgate de corridas perdidas na história

ATUALIZANDO EM 10 DE OUTUBRO, ÀS 14h26:
Para quem chegou a este
post através de uma pesquisa qualquer ou por indicação, o resgate prometido da história da Cascavel de Ouro, em três partes, está aqui, aqui e aqui. Que seja uma boa leitura.

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