Ninguém entendeu muito bem como terminou a corrida de agora há pouco em Brasília. Giuliano Losacco esteve no pódio, de onde saiu com cara de poucos amigos, e Cacá Bueno nem perto do pódio estava quando foi chamado pelo sistema de som.
A penúltima etapa da Stock Car começou com safety car na pista e chuva. Na sétima volta, a constatação de que não havia condições para a corrida no aguaceiro de Brasília – como Bueno e Thiago Camilo, que dividiam a primeira fila, já haviam alertado depois de serem chamados à sala da Just... Ops!, dos comissários instantes antes da largada – e a interrupção com bandeira vermelha.
Minutos depois, enquanto a pequena fatia do público telespectador que queria ver corrida acompanhava um VT de um jogo de futsal, a corrida recomeçou. Teve, na pista, vitória de Valdeno Brito, uma estratégia irretocável do paraibano, que soube esperar o momento certo de calçar seu carro com pneus para pista seca. Allam Khodair, parece, terminou em segundo. Losacco, parece, ficou em terceiro. Só na pista, não no resultado final, porque saiu do pódio de cara amarrada, e Bueno, que nem perto do pódio estava, foi chamado às pressas para ocupar o degrau do terceiro colocado, e admitiu não saber que deveria estar ali.
A cronometragem oficial deixou muita gente a pé na corrida. Pelo Twitter, o Jorge Guirado informou que a cronometragem havia caído e era feita manualmente. Todo mundo que freqüenta pistas tem história para contar dos tempos da cronometragem manual, mas nisso vão-se anos, muitos anos.
Somaram os tempos das, digamos, duas baterias da etapa de Brasília para se chegar ao resultado final, foi essa a conclusão. A minha, pelo menos. É meio-dia com quarenta minutos, até agora nada de resultado oficial na página da cronometragem – que ainda mostra a classificação parcial da corrida.
Tudo indica que a disputa pelo título tenha ficado restrita aos três últimos campeões – Bueno, Ricardo Maurício, que parece ter terminado em quinto, e Max Wilson, que fazia uma corridaça depois de largar em vigésimo, mas ficou sem gasolina a poucos instantes da bandeira quadriculada. Não pontuou.
Vamos considerar o resultado que foi anunciado na transmissão pela TV. Bueno foi a 271 pontos. Maurício, com os pontos de um alegado quinto lugar, vai a 258, agora na vice-líder. Wilson cai para terceiro, continua com 248 e terá, na decisão de daqui a duas semanas no Velopark, a vantagem de não precisar descartar pontos – cada piloto tem de desprezar o resultado de uma das quatro corridas da “Superfinal”.
Sites, muitos, e jornais, os poucos que dão espaço ao automobilismo, vão usar e abusar do trocadilho com "corrida maluca" em seus títulos de hoje. Mas essa foi, mesmo.
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