Retratistas

E hoje, segundo li numa rede social qualquer – sem demagogias, foi no Facebook... –, é o Dia Mundial do Fotógrafo. Sei lá se é mais uma dessas datas furadas que alguém colocou no calendário comercial, como dias de Pais, Mães, Namorados, Criança e Papai Noel, mas é dia do fotógrafo e entre as coisas que tenho colecionado nas pistas de corridas estão os amigos retratistas.

À minha nada fiável percepção, há um sujeitinho que exprime bem, no nosso meio das corridas, o espírito dos fotógrafos. É aqui de Curitiba, mesmo, e aliás já o vi perambulando aqui pelo autódromo hoje. É o Tarso Marques Lima, com quem sempre brinco sobre fotos sem enquadramento ou foco.

Tarso é fotógrafo por diletantismo. Exceção a raras merrecas que por vezes amealha aqui ou ali, não vive de fotografar corridas. Tem emprego e trabalha com algo relacionado, acho, a comércio exterior, ou algo do gênero. Passa o fim de semana à beira da pista tirando fotos por paixão, pura paixão pela fotografia e pelas corridas, e sempre posta o resultado de seu trabalho no próprio site, o Green Flag. Nessa galeria aqui, por exemplo, estão as fotos que fez mês passado na passagem do Itaipava GT Brasil aqui por Curitiba – foi quando o Everton Rupel flagrou-o em ação, na foto aí abaixo.

Tarso não se aproxima, e imagino que nem tenha esta pretensão, da dose de talento que têm o Bruno Terena (que considero o melhor da nova geração) e a Fernanda Freixosa, ou tantos outros com quem convivo – e não vou ficar desfilando nomes aqui, até porque se for resgatar minimamente os históricos desse meio teria de abordar desde o início do trabalho do grande amigo Sérgio Sanderson, e esse ofício hoje apresenta muita, muita gente bastante talentosa no automobilismo. Fiquem à vontade, todos os que conhecem Tarso, para concordar ou não, mas é o sujeito que simboliza, por uma série de razões, o que o Dia do Fotógrafo poderia representar.