Muffato, na década de 70, ficou conhecido como “o prefeito mais veloz do Brasil”, diante do fato de conciliar a atuação nas pistas com a função política, para a qual foi eleito com 10.800 votos em 1972 pelo antigo MDB, derrotando outros quatro candidatos, num colégio eleitoral formado por 18.200 eleitores. Quatro anos antes, de 1969 a 1972, fora vereador na cidade, tendo iniciado sua campanha uma semana antes da eleição. Paralelamente, ganhou projeção por ter inaugurado, como prefeito, o traçado asfaltado do Autódromo Internacional de Cascavel, em 22 de abril de 1973.
Embora tivesse participação direta no advento do autódromo, Muffato sempre fez questão de frisar que a obra era fruto do esforço de um grupo de abnegados e que todos os méritos deveriam ser endereçados a Zilmar Beux, homem a quem atribui o sucesso na iniciativa de se fazer uma pista de corridas na cidade. “Se Cascavel tem um autódromo, deve isso ao Zilmar. Ele passou dois meses sem sair de dentro da área que aquele grupo comprou para construir um autódromo, dormia sentado em retroescavadeiras, queria ver aquilo pronto”, conta o piloto. Beux morreu em dezembro de 2005.
Foi justamente na pista de Cascavel, em 1996, que Muffato sofreu seu mais grave acidente de sua carreira no automobilismo. Durante uma corrida de Fórmula 3, foi tirado da pista pelo também paranaense Sérgio Paese Filho, seu companheiro de equipe – foi a única vez em que Muffato atuou na categoria pela Amir Nasr Racing – e as conseqüências da forte batida no barranco à beira da pista o deixaram entre a vida e a morte por quase três semanas na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Reabilitado depois de alguns meses, desistiu da vida de piloto e retomou seu convívio com o automobilismo como comentarista das provas da F-3 nas transmissões da ESPN Internacional.
Zilmar Beux (de óculos) e Pedro Muffato (à direita) na inauguração do autódromo de Cascavel
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