CASCAVEL - Ando precisando de óculos. Quando cheguei ao estacionamento ontem à noite – sim, tenho trabalhado até a noite, tenho de rever isso – pra retirar o carro e tomar o caminho de casa, minha primeira reação foi a de ter deparado com um exemplar clássico do Porsche 911. Foi só olhar mais um pouco e ver que não, não era um 911. Remetia, em segunda análise, ao bom e velho SP2, outra impressão errada.
Era, sim, um Karmann Ghia TC, cuja existência eu desconhecia e que só me foi delatada pela perfeita afixação dos impecáveis decalques metálicos, que devem ter um nome menos pobre que esse.
Um grande carrinho, sem dúvida, parte do acervo de alguém que valoriza o bom passado da indústria automobilística, a julgar pelos adesivos de encontros de carros antigos colados ao vidro lateral. Na mesma vaga onde repousava o TC costuma estar uma camioneta, termo que o português admite como versão para caminhonete, da década de 50, que só não fotografei por deixar o celular conectado a internet o dia todo, o que come uma bateria lascada e deixa a câmera do aparelho sem força pra nada ao fim de cada expediente.
Li na internet, instigado pela inusitada descoberta, que o TC foi o último Karmann Ghia fabricado pela Volkswagen, uma versão um tanto luxuosa que bateu de frente, no mercado, com o Puma GTE, o Corcel GT, o SP1 e o SP2. Durou de 1970 a 1975, a fabricação do TC, que abrangeu cerca de 18.000 unidades. Uma delas repousa intacta aos efeitos da idade no estacionamento aqui ao lado.
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