BRASÍLIA - Na correria de ontem não sobrou tempo nem pra um pitaquinho qualquer sobre qualquer coisa que tivesse a ver com as corridas. Agora, enquanto tenho tempo de sobra pra dar uma olhada no material do fim de semana, chamaram atenção algumas fotos que tirei ontem no autódromo daqui.
Aí acima temos as, hã, torres do autódromo. Uma diferente da outra, todas seguindo a mesma, outro hã, linha arquitetônica. Exatamente as mesmas de que o general Médici deve ter se orgulhado 40 anos atrás. Tá, levaram umas três demãos de tinta de lá pra cá, nada mais que isso.
As portas dos boxes também não configuram um exemplo latente de infra-estrutura. Lacrar portas metálicas com tire up é coisa que remete ao PMSQ, o Padrão Milton Serralheiro de Qualidade. O que vemos são instalações precárias, banheiros que não funcionam e guard-rails sem efeito, que inclusive levaram ao impedimento do pleno trabalho dos fotógrafos por questões de segurança, embora o pessoal da manutenção faça o que pode, e com alguma boa vontade, para manter em ordem o pouco que há por lá. A grama ao redor de toda a pista, por exemplo, está bem aparadinha, o que não acontece no de Jacarepaguá, pra onde vou daqui a pouco se a Gol não consumar mais um de seus contumazes atrasos. As cadeiras e arquibancadas, tão idosas quanto as torres que não são trigêmeas, permanecem lá, altivas, como que a contar histórias sem fazerem questão de disfarçar as marquinhas do tempo.
O autódromo de Brasília tem uma puta pista de corrida, e falo do traçado misto, conheci-o ontem numa carona rápida, bem rápida, mesmo, que tomei com o Betinho Gresse, que é líder da Copa Montana e também estava a serviço do Audi DTCC. O asfalto não é um lixo, mas uma lixa. E que não esperam acomodações ou grandes facilidades. Há espaço, bastante espaço, que o pessoal da categoria aproveitou muito bem para montar seus lounges e buffets, proveito que as outras categorias que correm em Brasília, Stock Car, Fórmula Truck e mais alguma outra que ora não me ocorre, também devem ter.
Meu primeiro critério para optar pelo adesivo "vou" ou pelo "não vou", quando o assunto são esses meus locais de trabalho, são as pistas de corridas que estão perdidas lá no meio deles. A daqui, por interessante que é, merecia um autódromo em volta.
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