Mais um ano chega ao fim. Bom? Ruim? Todo fim de ano é igual, não dá para negar, contabilizam-se sucessos e fracassos, conquistas e perdas, prós e contras, títulos e rebaixamentos e mais uma infinidade de pares antônimos que se possam listas. Não há quem não o faça e eu, tal qual no ano passado, tomo a liberdade de passar meu ano a limpo aqui no BLuc – que, devo admitir, teve queda brusca de ritmo, já que essa aqui é a 173ª postagem de todo o ano, contra as 166 de 2009, quando o blog entrou no ar já no mês de setembro.
Em 2010, o trabalho musical de Luc & Juli tomou forma. Subimos ao palco, a patroa e eu, para o primeiro show com banda. Até que as modas agradaram. E tomamos as apresentações nos bares aqui da região como escola para os projetos que pretendemos levar adiante. A agenda musical de 2011 vai começar na quinta-feira que vem, mais uma vez na Batucada Pantanera do Pantanero Bar, que foi onde tudo começou, de certo modo, e onde nos apresentamos quatro semanas atrás.
E eu, que ao lado da Juli lido tanto com música sertaneja, vi e ouvi na execução pitoresca de um clássico desse gênero uma evidência de como somos, todos nós, inaptos a lidar com os percalços da vida. E neste ano pude rever, longe de casa, o trabalho dos amigos cantores que foram tentar a vida noutros rincões, embora ainda possa ouvir as músicas deles quando bem entender, na melhor de todas as interpretações.
2010 foi também ano de futebol, e pela primeira vez, acho, tive um amigo batendo um bolão na Copa do Mundo. Copa que parou um país, que gerou manifestações estranhas e lágrimas tão menos admiráveis que as de outros tempos.
2010 foi o ano em que atingi minha maioridade profissional, quase ao mesmo tempo em que rompi a linha de chegada universitária. Falta-me resgatar o diploma, o que é questão de tempo. E, não por mais que a gentileza dos amigos Érica e Diego, acabei virando notícia, também, no SporTV e na Gazeta do Paraná.
Em 2010 vivi menos fins de semana longe de casa. Foram só 18, todos para narrar corridas, um trabalho com que tenho me identificado cada vez mais. Um dos 18 foi justamente o Dia dos Pais. Noutro, narrei pela primeira vez fora do Brasil. Foi na Argentina. E Buenos Aires me causou impressões iniciais que suponho terem sido enganosas, e a volta de lá foi atípica, angustiante. Talvez tenha pensado que fosse morrer. Por outro lado, conheci o carro que deu início à história na qual tento me incluir de alguma forma e tive uma aula sobre eventos no autódromo de Interlagos, já quase a minha casa, com um simpaticíssimo anônimo.
Sou bom com datas, não dá para negar, embora com os dispositivos de ora uma boa memória não seja requisito indispensável em ocasiões como essa. Muito barulho fez-se em 2010 em torno do cinquentenário de Senna, lembrado com crônicas memoráveis e com a inimaginável criatividade que os tempos de hoje permitem. Senna, aos 50, ganhou um filme de presente, a que ainda não assisti. Não foi difícil lembrar, também, os 10 anos da primeira vitória de Barrichello, menos ainda dos 10 anos sem meu pai por perto. Gilnei e Valdecir estiveram entre os amigos que se foram em 2010. Até para isso os amigos são bons, para se poder sentir saudades. A propósito dos amigos, dois deles, Flávio Trindade e Rodrigo França, ganharam espaço na minha estante no ano que termina daqui a pouco.
Pois é, e em 2010 tive uma participação marcante nas corridas. Pilotando, mesmo. Nada de grandes conquistas, o máximo que fiz foi dar um totó em Barrichello, mas o castigo não tardou, fiquei sem um par de tênis. De quebra, no mesmo dia, acabei conhecendo Cauby, encontro casual em Congonhas.
Em 2010, mais uma vez, demos muita risada ao embarcar um amigo num carro novo. Algo que vai acontecer de novo já nos primeiros momentos do ano que chega. E que chegue, 2011, carregado de bons motivos. Talvez não tanto quanto os que listei, levado pelo ano político de desfecho preocupante, como metas para quando for presidente deste país.
Enfim, que 2011 ganhe o voto de todos nós.
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