MEXILHOEIRA GRANDE – Experiência pra lembrar até o fim da vida agora há pouco aqui no Algarve. No intervalo entre uma e outra corrida do Porsche GT3 Brasil, desci ali aos boxes pra dar uma pescoçada na atividade promocional desenvolvida pela organização do evento em parceria com a AGS F1, com carros de Fórmula 1 de dois lugares.
A Ana Munarolo e a Silvana Pires me viram e não tiveram dúvida: entra lá, mandaram. Entrei, claro. No banco da frente, o Patrick de Fleur, piloto instrutor do F1 Driving Experience. Que, como dizem, desceu o cacete na pista. E serviu, se não para outros fins, para me dar uma noção de quão desafiador é o traçado do Algarve. Olhando aqui de fora a gente até supõe isso, mas não chega a ter noção. Um sobe-desce-sobe de novo dos diabos.
Não dá pra descrever a sensação, muita velocidade e um puta motorzão roncando nas costas, e por isso nem vou tentar. A posição no cockpit de trás não é lá das muito confortáveis, joelhos curvados, os pés a poucos centímetros da bunda. A não mais que um palmo da viseira do capacete, duas alças verticais paralelas, de óbvia dedução, ou você segura ali ou vai saber como se sente um joão-bobo.
Entre as duas alças, uma sutil tecla vermelha. Algo como um botão-puta-merda. Se você está com medo, aperta aquilo e o piloto tira o pé. O Fábio Seixas teve experiência parecida meses atrás, em Abu Dhabi, e há relatos de que tenha enfiado o dedo no botão poucos segundos depois da saída de boxes. O próprio relato dele em seu blog naquele dia deixou claro o alto grau de frescura. É um santista, o Fábio, enfim.
Que o pescoço dói, dói, nisso concordo com o Seixas. A reclamar, só o fato da pista ter menos de cinco quilômetros. Queria, quero, experimentar isso no traçado antigo de Nürburgring, ainda dá?
Desculpem a falta de tato, os palavrões aqui excedem até a minha média para ocasiões menos formais que o blog, mas não há um jeito gentil de descrever isso de forma mais honesta. É fato é que a experiência foi do caralho. Minha cara ao sair do carro mostra, acho.
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