quinta-feira, 15 de março de 2012

Bacalhau com batatas (3)

ESTORIL - Apesar da diferença ser pequena, de três horas, o fuso horário é sempre um item a se considerar quando se tem de deixar o Brasil para pisar nalgum sítio que se preze. É o caso cá de Portugal.

Amanhecemos a quarta-feira em Madri, eu e mais quatro ou cinco integrantes do estafe do Porsche GT3 Cup Challenge Brasil. Desta vez o rango servido a bordo não castigou o sistema digestivo de ninguém, mas chegamos atrasados, e bem atrasados - parte pela chuva de granizo que atrasou a decolagem na tarde de terça-feira em Guarulhos, parte pelo cidadão que passou mal assim que a partida foi autorizada e teve de deixar a aeronave, custando-nos mais intermináveis minutos até que localizassem sua bagagem para também removerem-na de lá.

Fato é que chegamos a Madri cinco minutos antes do voo que nos traria a Lisboa. Embarque inviável, claro. Menos mal, a Iberia já sabia do atraso e providenciou a emissão de novos passes para todos os que perderiam o voo das 9h. Ficamos para o das 11h45, com um voucher para um lanche em qualquer das bodegas do terminal. Barajas, aliás, ocupa uma área que eu imaginava ser a área de toda a Espanha, e ponho meu bilau a corte se não tiver caminhado mais de seis quilômetros dentro daquele aeroporto.

Entre espera, novo voo, desembarque, a marcação cerrada dos lusos alfandegários a toda nossa trupe e a chegada a Estoril - apesar do pé pesado do tiozinho que me trouxe até aqui, um taxista tagarelo chamado Luis Henrique -, chegamos ao autódromo perto das três da tarde daqui. O dia de trabalho rendeu pouco, nem tinha muito a render. O Atlantis, nosso hotel desta vez, fica praticamente dentro do autódromo, é portão com portão. Jantamos numa turma de seis ou sete e, às nove e quinze, pedi licença aos companheiros para recolher minha carcaça.

Estava de fato arrebentado. Falei rapidamente com a Juli e o Luc Jr. por telefone e, ainda antes das nove e meia, dormia o sono dos deuses. Caceta, eram seis e meia da tarde pelo meu relógio biológico! Bem, estiquei o sono até as oito da manhã, acordei novo em folha e, zás!, diferença de fuso não é mais problema. Houvesse um companheiro de quarto, teria feito uma foto igual essa aí, que o Vanderley Soares tirou em Viamão oito anos atrás, e que uso como imagem de perfil no Facebook. Hoje deve rolar uma cervejinha com o Luca e o Thomaz, uma cervejinha cai bem em qualquer hora, em qualquer país, é o que digo.

A água sai limpa das torneiras e, segundo ouvi dos que chegaram dias antes, há lugares servindo o jantar depois das nove. Estoril melhorou muito do ano passado pra cá, nota-se.

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