quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Alfredo Guaraná vai voltar a pilotar

Eis que Alfredo Guaraná Menezes ensaia uma volta às pistas. Como piloto, mesmo, e não apenas dirigindo equipe em alguma categoria, como fez de 2006 a 2008 na Stock Car Light – que, por não ter patrocínio, podia continuar sendo tratada como Light, e não pelo nome da empresa promotora.

Guaraná manifestou ao BLuc suas intenções de disputar “umas quatro ou cinco corridas” da Pick-up Racing em 2010. “Tenho a equipe, tenho o ferramental, tenho o carro, tenho tudo aqui. Aí pensei, por que não correr?, e devo correr”, disse. “Ainda tenho uns três anos de sobrevida para pilotar”, emendou o piloto de 57 anos.

Diante da novidade e dos motivos expostos, perguntei a Guaraná por que razão ele não estaria na pista, então, na corrida da semana que vem, que vai fechar a temporada em Interlagos. Ele até agora não respondeu, mas percebi que balançou bastante diante da possibilidade. Acho que tirar o macacão do armário ainda em 2009 nem lhe tinha passado pela cabeça.

A bem da verdade, o termo “volta às pistas” serve só para criar falso suspense. Alfredo Guaraná já anunciou um retorno em 2007, iria pilotar um dos carros de sua A. Guaraná Sports na penúltima etapa da Stock Light em Jacarepaguá. Não correu, não lembro bem o motivo, parece-me que apareceu alguém disposto a alugar o carro e Guaraná, que nesta década já participou de Mil Milhas Brasileiras, abriu mão de sua participação.

Guaraná fez sucesso no automobilismo brasileiro, sobretudo, nos anos 70, quando foi bicampeão nacional da Fórmula Super Vê e disputou as 24 Horas de Le Mans. Foi contemporâneo de pista de Pedro Victor de Lamare, Marivaldo Fernandes, José Pedro Chateaubriand, Chiquinho Lameirão, Jan Balder, Antonio Carlos Avallone, Mário Amaral, Pedro Muffato, Nelson Piquet, tantos outros deste calibre. É um daqueles caras que têm uma história digna de ser contada.


Guaraná em ação na Fórmula Super Vê e na Stock Car, na década de 70

1 comentários:

Américo Teixeira Jr. disse...

Tenho uma história para contar sobre Alfredo Guaraná Menezes. Eu era estagiário na Pirelli (acho que em 1980) e acompanhei, por pura camaradagem dos engenheiros Marco Antonio Souza e Roberto Galafassi, o primeiro teste realizado em Interlagos com o Pirelli Corsa, pneu de corrida que começava a ser produzido no Brasil. O piloto responsável pela maratona era Guaraná. Detalhe: por algum motivo, que confesso não me recordar, coube a mim ser o guardião do capacete do Guaraná, que ficou sob a minha guarda. O capacete apareceu na minha mesa e fiquei incumbido de entregar a peça em mãos para o grande campeão. Fiz o prometido e, de lá para cá, lá se vão quase 30 anos de amizade.

Abração ao Luc pela pauta sobre esse grande piloto e gente muito boa.

Américo Teixeira Jr.