segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A ressaca do Brasileiro

Os fatos marcantes do dia seguinte, para mim, costumam ser uma boa ressaca. Vamos, pois, à nossa ressaca particular do Campeonato Brasileiro de Marcas & Pilotos:

* Satisfeito por ter devolvido ao cenário nacional o autódromo que leva o nome de seu pai, Miguel Beux reiterava a todos ao final da programação de ontem que o Brasileiro não saiu a seu contento. Ele queria mais carros, mais espectadores, mais tudo... Estava como que ligado em 200 volts. E, claro, o que mais o deixou satisfeito foi ter levado seu Avallone à pista.

* Em pista, apenas três pilotos lideraram corridas no Brasileiro. Marco Romanini, que ficou com o título, comandou toda a primeira corrida, que teve 21 voltas, as 12 últimas da segunda prova e as 13 primeiras da terceira, antes de entrar no box para trocar um pneu furado. Adriano Reisdorfer comandou as nove últimas voltas da terceira etapa, da qual saiu como vencedor, e as seis primeiras da corrida decisiva, com safety car na pista e sob chuva forte. Luiz Fernando Pielak (foto) liderou as 10 primeiras voltas da segunda prova e as oito últimas a etapa final. Nesta, integrou a lista dos punidos com acréscimo de tempo e ficou em sétimo na classificação.

* O dilúvio de ontem no autódromo de Cascavel, momentos antes da prova final do Brasileiro, motivou muitas coisas estranhas. Os dois torcedores que foram premiados com bicicletas pelos números de seus ingressos, por exemplo, deixaram o autódromo antes de retirar seus prêmios. As duas mountain bikes estão no Automóvel Clube de Cascavel. Se não fosse o pé-d'água, eu talvez viesse embora pedalando.

* Quem mais viveu altos e baixos nesse campeonato foi Ingmar Biberg - ou @biberg, para a galera do Twitter. Fez corrida de recuperação ontem, depois abandonou outra etapa com quebra, hoje chegou a capotar o carro no Mergulho depois de largar em 15º e fazer a segunda curva da corrida em quinto, voltou à pista sob o dilúvio. No fim, foi ao pódio em quinto. Comemoração e alívio. Uma meia dúzia, eu nessa lista, entendemos seus motivos. Guinho não é unanimidade, mas é gente séria. Frequenta meu caderninho de capa dura.

* A chuva forte trouxe prejuízos também à transmissão das corridas pela televisão. Houve problemas com o sinal da imagem e foi esta questão técnica que impediu a exibição ao vivo da bateria final pelo Bandsports, que teve de readequar sua programação. Tudo indica que as corridas serão mostradas ainda nesta semana. O fato de não terem ido ao vivo deve-se unicamente ao estrago que a chuva causou e não traduz motivo para cacetadas no Automóvel Clube de Cascavel ou na CBA.





* Adriano Reisdorfer mostrou-se bem preparado para as disputas em pista, mas não para a guerra do champanhe no pódio. No tradicional momento "troféus ao alto para a foto", ele já estava com sua garrafa na mão, tentou corrigir, pegou o troféu, levantou, levou um jato de champanhe na cara e derrubou o troféu, que se espatifou. Cleyton Pinteiro, presidente da CBA, avisou que os troféus dados ontem são simbólicos e prometeu uma ocasião em Cascavel para entrega dos prêmios aos campeões. Cleyton prometeu muita coisa durante sua passagem por Cascavel. Já, já, uma blogadinha sobre isso.





* Cleyton Pinteiro, aliás, cumprimentou Marcão Romanini, o pai do piloto, e frisou: “O seu menino é o primeiro campeão brasileiro da minha gestão na presidência da CBA”. Esqueceu-se, àquele momento, do título já conquistado por Cláudio Ricci e Rafael Derani na GT3. Talvez, tenha considerado apenas campeonatos já encerrados.

* Papo que ouvi à noite na loja de conveniência do posto de combustíveis na Carlos Gomes:

- Opa! Foi no autódromo?
- Eaê! Fui, sim.
- Deu muita gente?
- Deu... Deu umas 18 pessoas.
- Ah, cê tá brincando!
- Claro, claro, é brincadeira. Não deu tudo isso, não...

1 comentários:

Bruno A. disse...

tá certo que os horários das corridas de domingo foram negociados de acordo com a disponibilidade da TV... Mas convenhamos, esperava-se quem no autódromo para assistir uma corrida às 12hs de um domingo??
Em contrapartida, achei os valores dos ingressos ótimos, mas só isso não basta mais hoje. Já virou uma questão de resgatar o interesse do torcedor cascavelense pelo esporte. Trabalho pro Automóvel Clube.