Carlos Eduardo Santos Galvão Bueno Filho é o nome dele. Cacá Bueno, o "nome artístico". E tricampeão brasileiro de Stock Car.
Título que conquistou hoje em Tarumã numa corrida atípica, como têm sido atípicas várias das corridas da Stock Car. Uma corrida em que "tudo conspirou a favor do título do Cacá", como constatou durante a transmissão o narrador da emissora-mãe Luís Roberto.
Destaque da categoria desde 1996, chamou atenção em 1997 vencendo uma corrida na classificação geral mesmo sendo piloto da classe B, da qual saiu como campeão. Em 2000, quando a Stock iniciou seu namoro com a Globo, o piloto levou na testa o carimbo de "protegido" por ser filho de Galvão Bueno. Algo que perdura até os dias de hoje, com reforço da atenção especial que tem nas transmissões.
Cacá não é unanimidade, está longe disso. O tratamento vip da vênus platinada pode fomentar sua indisposição com o público da Stock, uma coexistência que já teve delicados momentos específicos, como a vaia da torcida após a vitória em Interlagos ou o dedo médio em riste para frequentadores do paddock em Brasília. Mas, como já devo ter rascunhado por aqui, não é a Globo que faz Cacá um campeão.
Cacá é um grande piloto, um dos melhores da fase atual da Stock Car. E soma sua competência a fatores alheios ao seu controle, como os problemas enfrentados na corrida de hoje por Ricardo Maurício e Thiago Camilo, pilotos que tentavam tomar-lhe o título. Cacá tem a sorte necessária aos grandes campeões. E neste ano aliou suas virtudes à competente equipe de Andreas Mattheis e William Lube. Timaço de primeira.
Cacá empreendeu uma comemoração pouco efusiva pelo título de hoje. Em 2006 e 2007, extravasou. Hoje, só comemorou. No final, com seus adversários já fora de combate, cedeu ao irmão mais novo Popó o terceiro lugar na corrida - foi o segundo pódio de Paulo Eduardo, também terceiro na etapa de Buenos Aires em 2007. Ah, claro, e Luciano Burti chegou à primeira vitória na categoria. Daniel Serra, companheiro de equipe de Cacá, foi o segundo.
Os demais eventos estatísticos sucumbiram nesta manhã de 22 de novembro à importância do tricampeonato de Cacá Bueno. Que vai continuar correndo na Stock Car, sua permanência é um trunfo da categoria em seu trabalho para continuar a ser grande. Outras séries do automobilismo estão ganhando espaço, a Stock Car sente alguns efeitos negativos, da crise financeira, inclusive.
Cacá é um ícone do que se convencionou chamar nova geração do automobilismo brasileiro. Aos 33 anos, iguala-se a Ângelo Giombelli e Chico Serra em número de títulos conquistados na Stock Car. É tricampeão, já pode pensar em alcançar o tetracampeonato de Paulão Gomes. Não deve ter o duodecacampeonato de Ingo Hoffmann em vista.
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