Hoje é um dia em que, atipicamente, estou preparado para não atender o telefone caso a chamada vier de um dos dois números da lista negra. Quando o “Tema da vitória” emanou do bolso da bermuda, imaginei que leria um dos dois no display. Engano meu, felizmente.
Era o número do Zoião. Do Zoião? Perfeitamente, do Zoião. Do outro lado da linha, o próprio, falando do hospital. Animado, brincalhão e bem disposto. Nem parece que há 10 dias passou por todo o trauma de duas cirurgias cardíacas, que tentei descrever aqui, aqui e aqui.
“Luc, eu tô bão demais, lôco”, gabou-se, fazendo transparecer o sucesso do processo de recuperação. Contou que sua permanência no leito hospitalar deve se estender até a metade da próxima semana – permanece sob observação dos médicos para que a infecção que originou todo o problema possa ser monitorada e completamente debelada. Clóvis Grelak, que mantém contato permanente com a equipe médica que o atende, revela-me que a alta hospitalar pode, ou deve, ser assinada muito antes disso.
Zoião ligou para pedir um favor. Que nada mais é que minha obrigação. Pediu-me para encaminhar os agradecimentos dele aos que o apoiaram. Citou alguns, Bruno Vicaria, Luca Bassani, Fernanda Freixosa, Aldo Pastore, “a galera da Master TV”, repetiu o já usual “cara, nem vou tentar falar todo mundo porque é uma galera grande, vou cansar se falar de todo mundo e acabou esquecendo alguém”.
Apesar da descontração, Zoião se traiu. Deu brecha para um princípio de emotividade. “Cara, eu sozinho não ia segurar essa barra aqui, e foi a força de todos os meus amigos, os da corrida, da sala de imprensa, foi a oração deles que me segurou aqui. Avisa eles que eu logo vou lá agradecer de um por um”, disse, textualmente.
Pelo que me pediu para transmitir aos colegas, Zoião parecia até ter assistido a esse vídeo aqui, que Lauro Zanoni, da revista Diference, produziu no último fim de semana, durante a etapa brasiliense da Stock Car. Pilotos e colegas de cobertura jornalística de Zoião participaram da gravação. A mensagem de todos é uma só: “volta logo, Zoião”.
Vai voltar.
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