domingo, 6 de maio de 2012

Beto, o cara

CARUARU - Mais um fim de semana de missão cumprida, aquela coisa toda. Fim de etapa da Fórmula Truck, Wellington Cirino mandou como quis nos treinos e na corrida em Caruaru, foi um resultado incontestável, e que não veio ao autódromo e nem assistiu à corrida pela Band pode ver nesse relato aqui tudo que houve hoje.

Mas o cara do dia, na minha inútil avaliação, foi o Beto Monteiro. Primeiro, pela ótima corrida que vez, largando em nono e terminando em terceiro com um caminhão que visivelmente não oferecia condição para tanto. Segundo, e principalmente, por conta de seu gesto depois da bandeirada final.

Luiz Alberto, que é um verdadeiro ídolo do automobilismo local, estacionou o Iveco número 88 à beira da pista, em meio a duas das várias arquibancadas lotadas da reta oposta do circuito. Saiu do cockpit, ou da cabine, como queiram, e saudou sua torcida. Que retribuiu com uma ovação estrondosa, ouvimos aqui do BusPress a reação dos pernambucanos.

"O mínimo que eu poderia fazer é agradecer ao público por ter comparecido, por ter proporcionado tudo isso que a gente viu hoje aqui. O pernambucano sempre corresponde, foi um momento muito gostoso", narrou o piloto, agora há pouco, já de bermudas e chinelos, numa pausa na conversa que tinha com Camilinho Christófaro e integrantes da equipe sobre os próximos passos do trabalho. Eu sempre interrompo as conversas dos outros, é um defeito grave.

Não foi um ato inédito, na verdade. Em 2004, quando venceu a etapa de Caruaru pela Ford, Beto fez coisa parecida. À época, ele corria pela Ford, como companheiro de equipe de Djalma Fogaça. "Eu e Djalma conversávamos pelo rádio durante a corrida, eu era primeiro e ele segundo. Na última volta, ele me pediu pra tirar o pé pra gente cruzar a linha de chegada juntos. Depois que confirmamos a dobradinha, o Djalma me falou 'cara, dá uma diminuída lá na arquibancada, faz sua média com seu povo', e eu falei 'Djalma, você não está entendendo, agora é comigo'. Eu tinha levado a bandeira de Pernambuco debaixo do banco do caminhão. Desci do caminhão, subi no teto da cabine e abri a bandeira. Cara, você não tem noção do que foi aquilo. A torcida pulava, gritava, todos nós ficamos emocionados. E foi gostoso ter um motivo, um resultado, pra poder fazer isso de novo", falou.

Parece que não há esse registro no YouTube. O Beto disse que tem essas imagens em casa, em VHS. Prometeu, sei lá se vai cumprir, tentar transferir para um formato que possibilite a postagem na internet.

Lá em cima, na foto feita pelo amedrontante Zé Mário Dias, o momento de horas atrás em que o Beto parou pra fazer seu comercial com os pernambucanos. Aí abaixo, na foto do Orlei Silva, uma das cinco ou seis, não contei, arquibancadas lá da reta oposta. Todas estavam lotadas, bem como as que existem no trecho misto do circuito, antes da reta dos boxes.

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