sábado, 17 de outubro de 2009

O caminho para cá

Minha esposa recomendou que eu começasse a fazer exercícios. Em pura atenção ao pedido dela, comecei hoje. Foram 58 minutos de "pernada" do lugar onde estou, que fica aqui mesmo em Interlagos, até o portão Z do autódromo, que me dá acesso ao QG do Porsche GT3 Cup. Ontem vim de táxi. Hoje, não consegui nenhum disponível, o único taxista que parou sem passageiro alegou "eu tô indo pro outro lado". Bem, decidi que seria uma manhã para castigar a sola.

Apesar do movimento fraco nos arredores do autódromo - fraco, mesmo, conforme atestado por todo mundo que acompanha o GP de F-1 todos os anos -, algumas passagens inusitadas. Mesmo com o tempo pouco convidativo, testemunhei duas barracas de acampamento montadas na calçada. Segundo o moreninho que ganhou uns cobres pra tomar conta das duas, foram montadas ontem à noite e serão suíte para alguns rapazes que só vão entrar no autódromo amanhã. Daqui a pouquinho eles já chegam, disse o menino, até me pagaram adiantado.

Nunca espinafro ninguém antes das nove da manhã, até porque nunca estou acordado a esta hora. A paciência de Jó do horário atípico me permitiu até responder uma pesquisa da SP Turismo. Numa escala de 1 a 7, atribuí 1 a 2 para vários quesitos. Elegi o autódromo como símbolo maior de São Paulo, o menino do formulário achou que eu estava tirando sarro dele. Acho que estava, mesmo.


Mas a grande conquista da manhã foi solucionar um dos mistérios que me atormentavam a vida: o camelo do Mister Sheik. A cada vez que venho a São Paulo, fico encafifado com o tanto que passeia o tal camelo. Hoje, o bichinho estava devidamente posicionado na garagem em frente ao boteco árabe, auxiliando no gerenciamento do tráfego e de olho na porta do boteco, atento a um eventual chamado do patrão. É ali que se esconde o meu amigo camelo quando não está a postos em frente ao boteco.

Bem, vamos ao trabalho. Antes, um pouquinho de descanso. Uma hora de caminhada, para um vagabundo sedentário, é quase fatal.

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