sexta-feira, 27 de julho de 2012

Interlagos de ontem

SÃO PAULO - O Gomes trouxe ontem, no blog dele, um vídeo sensacional com a primeira volta do GP do Brasil de 1976. Tonto que sou, depois de assistir ao vídeo umas três ou quatro vezes, levei o laptop lá para fora, na estrutura do segundo piso atrás dos boxes, e enquanto via mais uma vez as imagens ia acompanhando no olhar o traçado antigo pelo novo Interlagos - que de novo não tem tanta coisa assim, já é uma novidade de 22 anos.

Anos atrás, 2008 ou 2009, pilotos da geração passada formaram um grupo liderado por Bob Sharp e Chiquinho Lameirão na tentativa de viabilizar a realização de corridas no traçado antigo de Interlagos, com seus 7.960 metros. Sharp, Lameirão e companhia bela dependiam de políticos daqui, parece que foi uma iniciativa natimorta.

Grosso modo, só o que falta é a curva do Sargento, que desovava os pilotos no Laranja, hoje Laranjinha. O Sargento é a curva que estaria bem no centro da foto aí acima, dá para ver a saída da curva passando à direita (esquerda, para quem olha) da instalação coberta por uma laje onde se montam camarotes, sob a qual repousa um estacionamento. De resto, a parte da pista de quase oito quilômetros por onde os pilotos não aceleram mais ainda está aí, servindo para deslocamento dos carros de serviço, ou como estacionamento, ou simplesmente para criar rachaduras.

Parte dela, a saída da antiga curva Três, atende-nos todos os anos no GP do Brasil. Quando digo "nós", refiro-me ao Porsche GT3 Brasil, que desde 2005 promove as corridas preliminares da Fórmula 1.

O colega aqui ao lado observa, enquanto escrevo, que eu pago um pau para a pista antiga de Interlagos, aquela que não conheci. Não compreendo o exato sentido da expressão "pagar pau", que já virou até nome de música sertaneja.

Acho que pago, mesmo.

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