sábado, 14 de julho de 2012

Renan

CASCAVEL - Acordei hoje com um telefonema que trazia notícia ruim. Morreu o piloto Renan Alves, um ano e três dias depois de seu terrível acidente em Interlagos. A notícia da morte já foi dada por quem de direito – o Grande Prêmio, por exemplo, publicou essas linhas aqui. O banner aí de cima foi publicado no Facebook.

Não acompanhei de perto o drama de Renan nesse último ano de vida, esse último e causticante ano de vida que começou naquele 10 de julho em Interlagos, uma pancada na curva Um do traçado antigo, um acidente que até hoje representa um mistério a qualquer um que tente entendê-lo. Renan, quando recobrou a consciência, poderia ter dado indicativos do que houve, mas havia perdido a memória.

Quaisquer palavras que se propaguem via redes sociais, e muitas serão atiradas, atenderão as praxes do momento, mas poucos foram os que de fato viveram as dificuldades do piloto e de sua família, que acompanharam o tratamento e a tímida reabilitação movida ao tratamento viabilizado em Araraquara. Entre as exceções, os que arregaçaram as mangas para ajudar no que fosse possível, está o Cachorrão, que no ano passado organizou a primeira de várias campanhas para levantar recursos ao tratamento de Renan. Lembro que estava na sala de imprensa de algum autódromo, talvez o de Curitiba, quando me emocionei com o vídeo que ele divulgou.

Nunca cheguei a conversar com Renan, é uma daquelas coisas em que fico pensando numa hora como essa. Perde-se muito tempo com quem não vale a pena, não se reservam minutos a pessoas cheias de predicados, e é assim que quem conheceu Renan o descreve.

Na vida a gente erra e acerta, afinal.

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