Como nem tudo que reluz é ouro – quase nada, na verdade –, surgem os primeiros atritos acerca do Campeonato Brasileiro de Marcas & Pilotos.
A bronca vem de pilotos que disputam seus regionais com modelos da Renault e da Ford, visto que o regulamento técnico da competição, esse aqui, especifica apenas normas para modelos das marcas Volkswagen, Peugeot, Chevrolet e Fiat.
Ingmar Biberg pilota um Renault Clio, modelo ignorado pelas regras. Ele narra uma tentativa de negociação com Rubens Gatti, presidente da Federação Paranaense de Automobilismo e porta-voz prático da CBA para os assuntos relacionados ao campeonato que Cascavel vai sediar daqui a duas semanas. A resposta dada por Gatti ao Automóvel Clube cascavelense, segundo relata Biberg, foi a de que o regulamento está feito e cabe aos pilotos enquadrarem-se nele.
Postura estranha, cabe frisar, dado o perfil conciliador que sempre foi marca de Gatti como dirigente.
Os pilotos ainda tentam. Para citar só os casos verificados em Cascavel, o regulamento técnico do Brasileiro, tal como foi apresentado, exclui da festa, além do Clio de Biberg o Ford Ka de Luiz Fernando Pielak (os dois lideram o pelotão da foto acima) e outro Ford Ka, de Diego Barroso (quinto do pelotão). O Ford Fiesta que a equipe de Edson Ferrari prepara para o toledano Lademir Marcante, ex-campeão da categoria, também não tem vez.
O artigo 1 do mesmo regulamento reza que "poderão participar do Campeonato Brasileiro de Marcas, veículos de passeio de 2 ou 4 portas, com capacidade volumetrica do motor de até 1600 cm³, sendo o mesmo instalado na parte dianteira do veiculo, tendo somente duas rodas motrizes, fabricados no Mercosul a partir de 1995, comercializados normalmente, com pelo menos 1000 unidades produzidas em 12 meses consecutivos". Caso do Renault Clio, do Ford Ka e do Ford Fiesta, portanto.
É uma situação que merece olhos especiais por parte do Conselho Técnico Desportivo Nacional da CBA. O CTDN é presidido pelo gaúcho Nestor Valduga, um dos responsáveis pela volta do Brasileiro ao calendário, com quem esses pilotos devem tentar contato ainda hoje.
Embora haja quem aposte em até mais de 40 inscritos, os quatro carros esquecidos pelo regulamento, caso se confirmem as mais pessimistas previsões, podem representar até 20% do grid do Brasileiro.
7 comentários:
O difícil vai ser fazer um regulamento para cada carro em específico.
Seria muito mais inteligente não especificar nenhum carro.
A equalização de rendimento de marcas e modelos diferentes exige especificações para cada carro. O correto, a meu ver - e na ótica dos pilotos - seria haver especificações para todas as marcas de carros que compõem os campeonatos regionais e estaduais. Trabalhoso? Sem dúvida. Mas penso que haja dirigentes nos organismos competentes especificamente para atender às necessidades. Fomentar o automobilismo não é também, afinal, dar oportunidade a todos que se dispõem a tomar parte de um campeonato?
Abraço, Rafael.
blz! eles fasem o campeonato do jeito deles somente favorecendo eles,os pilotos e equipes sao apenas fantoches!!!!!!!
isso sem contar que o regulamento é diferente de todos os regionais e quem quer andar tem que refazer o carro inteiro e que ainda temos regionais em andamento...
ah... uma outra noticia importante que recebi hoje: Final do campeonato brasileiro de Endurance
confirmada para Tarumã nos dias 14 e 15 de novembro... teremos dois eventos nacionais, promovidos e organizados pela cba, disputados no mesmo final de semana...
se querem saber entao sente!!!! no mesmo dia q a CBA junto c/ a FPRA fasem o brasileiro de marcas em ccvl ela tam bem faz a final do seu proprio campeonato de speed e marcas na cidade de Londrina.com a participaçao e a supervisao da propria FPRA q devia se chamar(FPRHAHAHAHAHAHAHAHA)
O sr. Rubens Gatti está mais preocupado com a mídia que vai rolar em Cascavel, do que com a coincidência de data com o regional de marcas e speed em Londrina. Muitos carros de marcas que iriam fazer a final do Campeonato Metropolitano de Londrina irão para Cascavel, esvaziando o evento em Londrina. Lamentável, sr. Rubens Gatti, porque não fizeram um calendário mais organizado para o Brasileiro?
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