Enquanto segue especulando a corrente dos que apostam no fim imediato da categoria como consequência do grid pouco numeroso que tem marcado as provas do campeonato de 2009, os cabeças da GT3 Brasil chamam para a semana que vem, na quarta-feira em São Paulo, um evento para o anúncio do que muda em 2010.
O contato direto que tenho com a categoria, da qual sou locutor de arena ao lado do Kaká Ambrósio, me permitiu prévio acesso a algumas dessas novidades. Foram-me antecipadas por Kiko Barros, diretor da promotora SRO Latin America, em encontro nosso durante um evento do Porsche Club no autódromo de Curitiba.
Os minutos de bate-papo com Kiko reforçaram a impressão que tive no ano passado, meu primeiro na categoria, de que cada etapa do projeto de consolidação é planejada com solidez. Solidez ferida pelos efeitos da crise econômica, que afastou vários concorrentes da disputa em 2009.
Algumas etapas do campeonato atual tiveram seu grid formado por oito carros da GT3 e outras quatro ou cinco unidades importadas para a implantação, no Brasil, do Ferrari Challenge, especulada para substituir o Trofeo Maserati em 2010. O Ferrari Challenge, em verdade, não vai acontecer. Estes carros receberão as devidas modificações para tornarem-se modelos Ferrari Scuderia, como o que conduziu Chico Longo e Daniel Serra à vitória na corrida do último domingo no Rio.
No comunicado que distribuiu à imprensa anunciando o evento de quarta que vem num restaurante paulistano, a GT3 promete a apresentação de “inovações que têm potencial para revolucionar o automobilismo de Gran Turismo nacional”, antecipando que as novidades vão abrir as portas a mais modelos de grandes marcas da indústria mundial e considerando que estas poderão triplicar o grid já na primeira corrida de 2010.
Tais novidades consistem, na verdade, na implantação da categoria GT4. Com custos de importação e de competição bem mais baixos que os exigidos pela GT3, a nova subdivisão admitirá máquinas como Aston Martin N24, Corvette C6, Ford Mustang FR500C, Ginetta G50, Lotus 2-Eleven, Opel GT, Porsche Cayman, Nissan 350Z, Gillet Vertigo e BMW Z4, entre algumas outras. E as duas categorias comporão o mesmo grid.
A duração das provas, conforme antecipou Kiko Barros, cairá de 60 para 50 minutos. O que vem de encontro a outra mudança: a opção dos pilotos de poderem disputar as corridas sozinhos – hoje, é obrigatória a formação de duplas. Há pilotos que pedem essa opção no regulamento e não parece haver pilotos contrários a ela.
“O regulamento da GT3 é homogêneo em todo mundo, mas a realidade do Brasil não é a mesma da Europa, onde vários países participam de um mesmo campeonato. Por isso, é de bom tom adotarmos as mudanças para tornar a categoria mais viável à realidade daqui”, comentou Barros, acrescentando que “todas as mudanças foram estudadas cuidadosamente”.
Voltando ao comunicado da GT3 à imprensa, chamou-me atenção esta charada: “O encontro marcará ainda o anúncio de uma grande novidade para 2009, que vai atrair milhares de fãs ao Autódromo de Interlagos na última etapa do ano.” Curiosidade é grande. Acho que aguento até quarta-feira.
1 comentários:
"Repostei" no meu blog. Também estou muito ansiosa, algumas novidades soube pelos bastidores, mas é segredo até amanhã...te vejo por lá...
abraços
Silvia
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